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15 de dezembro de 2017

Violência da torcida do Flamengo é reflexo da sociedade

As cenas de vandalismo que aconteceram no jogo de quarta-feira no Maracanã entre Flamengo e Independiente decidindo a Copa Sul-Americana, quando milhares de torcedores do clube rubro-negro – será que são mesmo torcedores? – serviram para demonstrar como anda a nossa sociedade e não deixa de ser um reflexo do comportamento dos líderes políticos revelados em especial através da “Operação Lava-Jato”, com milhares eles sendo condenados por falcatruas, em especial as que envolvem desvios de dinheiro público com recebimento de propinas dadas por empresários que prestaram serviços contratados pelos órgãos de governos, tanto o Federal como vários estaduais e municipais. A causa maior está na Educação abandonada, hospitais que não atendem à população, policiais despreparados e sem condições de trabalho adequadas, somando-se a isso um transporte caótico, levando o povo a sofrer com tantos transtornos, que culminam com a violência. Totalmente estressadas, as pessoas se agridem gratuitamente. Parece que as únicas coisas organizadas no Brasil são o tráfico de drogas e o crime em geral, também praticado pelos políticos;

É inconcebível que “torcedores” do Flamengo que foram presos na véspera da decisão em frente ao hotel onde a delegação argentina estava hospedada tenham sido soltos. Como são organizados, usaram as redes sociais para se mobilizarem e partir para o vandalismo, atacando torcedores do Independiente, incluindo-se aí mulheres, crianças e idosos, culminando com a invasão do Maracanã por 8 mil “torcedores” que ainda vandalizaram o estádio, veículos de transporte público e particulares, além de agredirem e assaltarem até torcedores do próprio clube. Houve quem sugerisse que a Polícia tivesse uma espécie de spray que marcasse os baderneiros por mais de 24 horas, com o que eles não poderiam comparecer ao Maracanã na quarta-feira. Se o vandalismo tivesse acontecido na Inglaterra, Alemanha ou França, por exemplo, onde a segurança da sociedade é garantida com vigor, certamente teríamos cerca 500 “torcedores” do Flamengo. Já passou a hora de serem extintas estas famigeradas torcidas organizadas, a maioria delas estimuladas e patrocinadas por dirigentes dos clubes, como pôde ser observado com uma operação que levou dezenas de dirigentes a prestar depoimentos sobre isso. Da mesma forma que o Vasco da Gama foi punido quando “torcedores” provocaram conflitos em São Januário, a melhor punição para a baderna de quarta-feira é a proibição ao Flamengo de jogar no Maracanã por um determinado número de partidas.

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