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7 de dezembro de 2017

General Rômulo Bini faz críticas ao Supremo

O general Rômulo Bini é mais uma voz do meio militar a se manifestar sobre a atual conjunta e cenário político do país, em relação a 2018. Tais palavras foram ditas por um dos mais respeitados generais do Exército Brasileiro. Trata-se de um ex-chefe de Estado-Maior do Ministério da Defesa, que se encontra agora na reserva. O militar se manifestou recentemente a respeito da atual conjuntura política nacional, com vistas à próxima disputa eleitoral no pleito de 2018 e também sobre o cenário “conturbado” de crise enfrentada pelo país. Sobre as eleições do ano que vem, o general Bini também reclamou da demora da Justiça em definir a situação do ex-presidente Lula. Ele afirmou que o Brasil precisa encontrar soluções para os enormes impasses que vivemos, para que nenhuma ilegalidade esteja acima do interesse do povo brasileiro. “As forças vivas da Nação, movidas pelos homens de bem, incluindo as Forças Armadas, não podem permitir que condutas irresponsáveis e antipatrióticas se tornem costumeiras em nossa vida pública, por atingirem frontalmente os princípios éticos e morais que conduzem um regime democrático e que resultarão num arremedo de democracia”, declarou;


Outro exemplo foi o incompreensível pedido de vista de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) após sete votos favoráveis a pôr fim à imunidade parlamentar, um enorme anseio da sociedade. Para o militar, o pedido não visa um conhecimento maior da causa, mas sim um prazo ampliado que possibilite o Congresso Nacional concluir a votação de emenda constitucional do mesmo tema. “Se considerarmos que duas centenas de congressistas são processados no STF, a queda da imunidade provavelmente não passará – e nem todos os brasileiros serão iguais perante a lei. Será uma contraposição entre o Judiciário e o Legislativo, advindo certamente outra crise entre eles. Tais exemplos demonstram que no mais alto nível da República o sistema de pesos e contrapesos não funciona como deveria e prima pelo desequilíbrio, sendo, por isso mesmo, comprometido e não confiável, justamente por predominarem os conchavos, os interesses individuais e de grupos, a troca de vantagens e de benesses à sombra de um Congresso subornável e de uma Justiça ‘partidária’. As medidas cautelares, o pedido de vista do ministro e a atitude comprometida, tríade degradante para muitos brasileiros, reforçam o descrédito dos nossos três Poderes perante a sociedade”, concluiu o general Bini.

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