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14 de dezembro de 2017

Dirceu convoca 'dia da revolta' no julgamento de Lula

O ex-ministro José Dirceu convocou a militância do PT a comparecer a Porto Alegre para o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) pelo caso do tríplex do Guarujá, marcado para o dia 24 de janeiro. Em nota publicada na ontem no site do diretório municipal do partido em Ribeirão Preto, Dirceu pede que as pessoas se mobilizem em defesa de Lula. “A hora é de ação não de palavras, transformar a fúria e revolta, a indignação e mesmo o ódio em energia, para a luta e o combate. Denunciar, desmascarar e combater a fraude jurídica e o golpe político as ruas para ir às urnas e derrotar os inimigos da democracia da soberania do povo trabalhador e do Brasil", disse o ex-ministro, chamando a data do julgamento de "dia da revolta".  Como se recorda, a data foi marcada a pedido do desembargador Leandro Paulsen, revisor do voto do relator João Pedro Gebran Neto, que informou à Secretaria da 8ª Turma que já terminou seu trabalho. A decisão do TRF-4 pode influenciar nas eleições de 2018, uma vez que ele é o pré-candidato do PT à Presidência da República. Zé Dirceu, por outro lado, teve a pena aumentada em dez anos pelo Tribunal em setembro por corrupção passiva, pertinência a organização criminosa e lavagem de dinheiro na “Operação Lava-Jato”. A princípio, o juiz Sergio Moro havia determinado sua prisão por 20 anos e 10 meses no processo em que é acusado de receber propina do esquema de corrupção da Petrobras por meio de contratos da Engevix. O ex-ministro deixou a cadeia em maio, depois de um ano e nove meses preso em Curitiba, após sua defesa recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele aguardasse em liberdade o julgamento do recurso na segunda instância. O pronunciamento do ex-chefe da Casa Civil demonstra que mais uma vez a Justiça é desrespeitada, pois um cidadão condenado e preso não deveria fazer convocação para que pessoas façam manifestações objetivando influenciar nas decisões de um tribunal.

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