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2 de maio de 2017

STF decide hoje pedido de soltura de Zé Dirceu. Lava-Jato faz nova denúncia contra ele

O ex-ministro José Dirceu (PT) foi denunciado pela terceira vez na Operação Lava-Jato, segundo informações divulgadas hoje pelo Ministério Público Federal (MPF). Para a força-tarefa, Dirceu recebeu R$ 2,4 milhões desviados de contratos da Petrobras elas empreiteiras Engevix e UTC. A nova denúncia foi divulgada no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar o pedido de habeas corpus do ex-ministro. Segundo o procurador Deltan Dallagnol, a nova acusação vem em um momento "oportuno", quando se discute no STF a necessidade da prisão de Dirceu. "Evidentemente, esta acusação já estava sendo amadurecida. É uma acusação que estava para ser oferecida e, em razão da análise de um habeas corpus, teve uma precipitação no objetivo de oferecer novos fatos ao STF", disse Dallagnol;

A defesa de Dirceu afirmou estranhar a ação da força-tarefa. "Isso me faz pensar que estão utilizando o direito de denunciar para fazer valer sua vontade", declarou o advogado Roberto Podval. Condenado a penas que somam mais de 32 anos de prisão nas outras duas denúncias, Dirceu está detido em Curitiba desde 2015. Ele foi ministro-chefe da Casa Civil do primeiro mandato do ex-presidente Lula, entre 2003 e 2005. Ele também cumpriu penas após ser condenado pelo escândalo do “Mensalão do PT”. "A liberdade do réu acarreta sérios riscos para a sociedade em razão da gravidade dos crimes, da reiteração delitiva e da influência do réu no ambiente político-partidário. Dirceu já foi condenado por dezenas de atos de corrupção e lavagem entre 2007 e 2013, somando mais de R$ 17 milhões. Muitos crimes foram realizados durante o próprio julgamento do mensalão, o que é um acinte à Justiça", afirmou Deltan Dallagnol.

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