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15 de maio de 2017

A sentença de Moro sobre o tríplex de Lila que não é dele deve acontecer em junho

Após as emoções pelo Dia das Mães, o mundo político volta à sua rotina de novidades diárias e mais algumas preocupações por parte dos que estão implicados em falcatruas. O juiz Sergio Moro recusou hoje o pedido da defesa do ex-presidente Lula e do Ministério Público Federal (MPF) para ouvir novas testemunhas, além de estabelecer prazos para alegações finais do MPF, Petrobras e advogados de defesa. A decisão é relacionada ao processo em que Lula prestou depoimento na semana passada, sobre suposta ligação com o apartamento tríplex da OAS Empreendimentos. Moro considerou as novas diligências “desnecessárias". Os advogados de Lula haviam solicitado a oitiva de pelo menos oito novas testemunhas, das quais a maioria teria sido citada em depoimentos anteriores. Moro fixou os prazos para as alegações finais das partes envolvidas. Ele passará a correr um dia após o último interrogatório, que está previsto para o dia 24 de maio. No dia 25 começa o prazo de sete dias para o MPF, que vai até 2 de junho. A partir do dia 5, a Petrobras terá dois dias úteis para enviar as alegações finais da estatal. As defesas dos réus terão nove dias úteis, a partir do dia 7 de junho. Após as alegações finais das partes, o processo entrará na fase de sentença;

Após o depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro na última quarta-feira, os investigadores estudam a possibilidade de abrir inquérito por suposta obstrução de Justiça. É provável que as suspeitas resultem na abertura de um novo inquérito contra o ex-presidente, em Curitiba, e em mais uma denúncia, desta vez, a de obstrução à justiça. A força-tarefa da Lava-Jato analisa agora se há elementos comprovando que Lula quis obstruir o trabalho da Justiça ao longo dos três anos de investigações, com episódios de suposta destruição de provas e intimidação de testemunhas e autoridades do processo. A suspeita ganhou força após Lula confirmar ao juiz Sérgio Moro ter participado de reuniões com outros investigados na operação, como o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, e o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque. Os dois, por sua vez, já tinham afirmado em depoimento que Lula teria pedido para que provas do esquema de corrupção da Petrobrás fossem destruídas. Era tudo o que Lula menos queria. Não estava em seus planos encarar Sérgio Moro outra vez, e menos ainda uma sentença que possa acabar com sua carreira política.

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