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18 de abril de 2017

O eleitor brasileiro não poderá repetir em 2018 o mesmo erro cometido em 1989

Após 21 anos de regime militar, com a promulgação da nova Constituição Federal, que Ulisses Guimarães intitulou de “Cidadã”, teve início um novo Brasil, e as eleições de 1989 marcariam a primeira demonstração de que estávamos vivendo num país democrático. Então o eleitorado brasileiro, talvez desacostumado com a prática de eleger para a Presidência da República um cidadão que cuidasse dos interesses do povo, caiu no conto do vigário e elegeu o candidato que fora mais bem apresentado pelo marketing eleitoral. Assim é que Fernando Collor saiu vitorioso, mas pouco tempo depois se viu que a embalagem era bonita, mas o conteúdo era podre. E então, Collor, primeiro presidente da República eleito no novo regime democrático acabou sendo também o primeiro a ter seu mandato cassado pelo Congresso Nacional, por crime de corrupção. Depois dele, tivemos também a cassação de Dilma Rousseff, pelo mesmo motivo. Bom seria se tivéssemos uma nova Constituição, mais enxuta – a atual já tem nada menos que 98 emendas, além de centenas de outras em tramitação –, para que em 2018 o povo, alertado pelos episódios atuais, fizesse uma escolha melhor, agora que é muito bem informado sobre as falcatruas praticas pelos políticos, algo que não ocorria em 1989. É certo que está difícil achar hoje algum politico que possa dirigir os destinos da nação. Os nomes que até há pouco eram chamados de presidenciáveis estão queimados depois de tantas delações. Só o fato de estarem sendo investigados já seria um motivo de restrições, pois sendo eleitos poderiam entrar em pouco tempo na lista dos de mandato cassado. Cabe à opinião pública procurar uma agulha no meio do palheiro, tanto no Executivo, no Legislativo e também no Judiciário. O que não se pode é errar outra vez, como tem acontecido desde 1989.

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