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10 de abril de 2017

Má gestão no setor público atinge vítimas de catástrofes como as de 2011 no RJ

Se há casos que não faltam são os relativos à má gestão do poder público, independentemente da situação da economia do país. Mesmo quando tudo está sob controle, a incompetência administrativa de governos ou estatais mantém a população desassistida. E o pior é quase sempre acontece com a parte mais pobre. Os casos mais típicos são: a incapacidade de organismos públicos atenderem com eficiência a vítimas de catástrofes, como inundações e desabamentos, e, o segundo, a virtual estagnação do saneamento básico, quando executado e operado por empresas públicas, com poucas exceções. A economia ainda não estava em estado de recessão, em quando, em janeiro 2011, uma violenta enxurrada caiu sobre a Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, em especial nos municípios de Petrópolis, Teresópolis e Friburgo. Naquele que foi considerado como o mais grave acidente desse tipo no país;
Como prova dessa ineficiência, o bairro Lagoinha, em Petrópolis, as quedas de barreiras mataram duas pessoas e obrigaram 272 famílias a abandonarem o local. Dessas, apenas 39 conseguiram o dinheiro prometido para adquirir novas casas. Das restantes, algumas foram obrigadas a voltar a morar na casa condenada. Há o sistema do “aluguel social”, que quando não atrasa, não é atualizado. Hoje, com a crise fiscal, é bem provável que não esteja sendo pago. Outra evidência da incapacidade administrativa de governos é o atraso em obras de construção de novos imóveis para substituir os destruídos ou inviabilizados, o mesmo ocorrendo na execução de projetos de contenção de encostas, isso quando não se somam a tudo esquemas de corrupção montados por políticos e empreiteiras, como na catástrofe da Serra Fluminense. Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) analisou 98 contratos de obras no Rio de Janeiro, Espírito Santo e em Santa Catarina, estados em que há grande incidência de desastres chamados de naturais. Dos contratos, apenas 18% estavam dentro dos prazos. Não basta só serem vítimas de desastres naturais, porque também o poder público se encarrega de aumentar o sofrimento de humildes pessoas. Tem muita gente merecendo ir para atrás das grades.

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