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9 de fevereiro de 2017

Senadores e deputados começam o ano cuidando dos seus próprios interesses

Os senadores e deputados federais parecem não acreditar que a paciência do povo pode estar chegando ao fim. Se não for isso, é porque estão mesmo pouco se importando com o que a população esteja pensando sobre eles. É o que deduzimos com o que eles estão fazendo no início dos trabalhos do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. Quando vemos o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) sendo eleito líder do partido, ao qual é filiado o presidente Michel Temer, notamos a agremiação está a fim de cuidar dos interesses dos seus integrantes. É só observar os nomes indicados para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Edison Lobão (PMDB-MA), que comandará a sabatina que será feita com o indicado pelo presidente Michel Temer para completar a composição do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Como sabemos, Lobão é um dos investigados na Operação Lava-Jato;

Na Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na calada da noite, como é de seu costume, tenta agilizar a aprovação de um projeto onde aparece um dispositivo que impede o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de cassar o registro de partidos políticos e até os isenta de punição se tiverem suas contas de campanha rejeitadas. Querem retirar a autoridade de um tribunal para que possam até não ser punidos se utilizarem recursos de "Caixa 2". O deputado Rodrigo Maia, diante dos protestos gerais, acabou por retirar de pauta o famigerado projeto. Com a enxurrada de delações da Odebrecht, senadores e deputados estão se esforçando para criar todo tipo de embaraço à Operação Lava-Jato, trazendo de volta outro projeto danoso, aquele que trata do que chamam de "abuso de autoridade". Tudo isso é danoso e uma afronta à sociedade, que não pode ficar calada com tais manobras. Temos que gritar contra essas falcatruas parlamentares.

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