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2 de fevereiro de 2017

Não é necessário 'esculachar' o ladrão quando ele for levado para a cadeia

As recentes prisões do ex-governador Sérgio Cabral e do empresário Eike Baptista têm provocado discussões principalmente sobre a raspagem de seus cabelos, com ampla divulgação de suas imagens pela mídia. Alguns argumentam que com tanta roubalheira no país nos mais variados níveis alguém esteja preocupado com o corte de cabelo nos presídios, algo que consideram humilhante. Aos que pensam dessa forma acusam de darem mais importância à peruca de Eike do que o prejuízo que proporcionou a milhares de brasileiros por causa das "contribuições" dadas por ele a Sérgio Cabral. A maior preocupação deveria ser em relação ao alto índice de violência no Brasil, as facções que decapitam rivais nos presídios, o desemprego que não para de aumentar. As organizações ligadas aos Direitos Humanos são acusadas de defenderem bandidos e pouco se preocuparem com os cidadãos;

Muito por conta da Operação Lava-Jato, o cidadão de bem observa que muitos corruptos e corruptores estão indo para a cadeia. No entanto, essa questão de algemas e raspagem de cabeças necessita ser reavaliada, em relação aos investigados e até aos já condenados. Por pior que o indivíduo seja, ele é um ser humano. Há quem diga que com todos os presos com aparência semelhante as fugas sejam mais fáceis. Sabemos que o objetivo da Justiça é aplicar a lei e punir quem a desobedeça, mas as práticas de hoje muitas vezes não se justificam. Uma justificativa para a raspagem de cabeça e de barbas é para evitar que o prisioneiro contraia piolhos. Como assim? Cabe às autoridades manter as prisões em condições de higiene adequadas. Admite-se que os excessos de cabelos sejam aparados, e só. Para a alegria do povão, bastam as imagens de gente como Cabral e Eike sendo presos. Já é motivo para se festejar.

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