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14 de dezembro de 2016

Depois de indiciado, Renan Calheiros ataca outra vez a Operação Lava-Jato

“O Ministério Público infelizmente passou a fazer política, só política, e quando você faz política você perde a condição, definitivamente, de ser fiscal da lei”, disse ontem o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL),  que também fez críticas ao vazamento de delações premiadas na Operação Lava-Jato. acrescentando que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, colocou na força-tarefa da Lava-Jato três membros do Ministério Público rejeitados em sabatina pelo Senado Federal para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Isso já demonstra o que Janot está pretendendo fazer com o Senado”. disse Renan. Para ele, as conduções coercitivas, as buscas e apreensões, o pedido de prisão, a prisão da polícia, a usurpação de competência, tudo é decorrente do fato do procurador-geral da República ter colocado como membros da força-tarefa três pessoas rejeitadas pelos senadores. Para ele, tudo isso é pura vingança. No entanto, os três membros do Ministério Público citados por Renan não integram oficialmente a força-tarefa da Lava-Jato;

Respaldado na força que o Supremo Tribunal Federal (STF) lhe deu, Renan Calheiros fez ameaças ao juiz Sérgio Moro e aos procuradores da Lava-Jato. Ele tem apoio de aliados do PMDB que foram citados na delação premiada do diretor executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho, e está articulando votar o projeto da Lei de Abuso de Autoridade, o que fará até amanhã, quando o Legislativo entrará em recesso. O ex-presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PR), também criticou o vazamento de delações não homologadas, acusando os juízes de quererem ter mais poderes que na época da ditadura, com o Ato Institucional nº 5. Por sua vez, o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), José Robalinho Cavalcanti defendeu as ações da Operação Lava-Jato, afirmando: "Quem faz política é o senador". dizendo se tratar da mesma "ladainha" do PT quando Dilma estava na Presidência.

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