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16 de dezembro de 2016

Certa ou errada, a liminar do ministro Fux é aprovada pelo povo brasileiro

Vamos deixar de lado a polêmica de possíveis desentendimentos entre os poderes Legislativo e Judiciário na guerra de liminares de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que deixaram aborrecidos os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, respectivamente deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e senador Renan Calheiros (PMDB-AL), mas não podemos deixar de parabenizar o ministro Luiz Fux por haver defendido os interesses do povo brasileiro, ao determinar que o projeto de iniciativa popular com as dez medidas contra a corrupção voltasse a tramitar na Câmara sem os "jabutis" corporativos nela incluídos. Não vamos discutir sobre uma possível intromissão do Judiciário no Legislativo, mas vamos afirmar que a defesa da democracia está nas mãos do STF. É porque os políticos estão apavorados com os desdobramentos da Operação Lava-Jato e tentam colocar um freio nas delações que envolvem representantes de um grande leque de partidos governistas e de oposição. Os parlamentares que tanto falam em abuso de poder não enxergam que são eles estão praticando o abuso, quando alteram o texto de um projeto achando que estão acima da lei e fazem manobras para fugir do juiz Sérgio Moro e sua força-tarefa de procuradores;

O ministro Gilmar Mendes, que está se especializando em criticar colegas no plenário do STF e em entrevistas, apareceu como advogado de defesa do Legislativo e afirmou que a prevalecer uma liminar como a feita por Luiz Fux melhor seria fechar o Supremo e entregar as chaves ao procurador federal Deltan Dalagnoll. Não deixa de ser uma excelente ideia. Ao contrário da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, na Operação Lava-Jato nada é jogado para debaixo do tapete com tentativas de aprovação de leis em benefício deles próprios na calada da noite. O Brasil fica sabendo das falcatruas praticadas pelos "representantes do povo". Fiquem sabendo os políticos que os cidadãos de bem almejam um país mais limpo no futuro.

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