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14 de outubro de 2016

Três fatos tonteiam figurões políticos, principalmente em Brasília

  • As pessoas de bem que não aguentam mais assistir o noticiário sobre a crise econômica que afeta o seu bolso tiveram boas notícias ontem para comemorar. O ex-senador Gim Argello foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a 19 anos de cadeia por corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução de investigação por causa de cobrar propina de empreiteiras objetivando não chamá-las para depor na CPI da Petrobras, em 2014. Também ontem o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha passou a ser réu e, juntamente com sua mulher Cláudia Cruz, vai ficar frente à frente co Moro para responder por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta. E para culminar, o terceiro evento do dia ficou por conta do ex-presidente Lula, o "homem mais honesto do país", que se torna réu pela terceira vez num espaço menor que três meses, e na 10ª Vara Federal de Brasília vai responder "apenas" sobre participação em organização criminosa, corrupção passiva, tráfico de influência e lavagem de dinheiro;
  • Se tem muita gente gostando disso tudo, os políticos de todos os partidos certamente entraram em pânico. Uma verdadeira metralhadora giratória. Dizem que em Brasília tem dezenas de políticos se reunindo com advogados de defesa e também procurando seus passaportes. Em contrapartida, suplentes de senadores e deputados estariam tirando seus ternos do guarda roupa pensando na possibilidade da convocação para assumir mandatos. Mesmo com foro privilegiado, a conhecida morosidade da Justiça com relação aos parlamentares pode deixar de acontecer porque a pressão da sociedade cresce todos os dias e os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) serão obrigados a desengavetar os processos de conhecidos figurões. Um fato a ser lembrado é o indiciamento de Gim Argello provou comemorações de funcionários do Tribunal de Contas da União (TCU). É que em 2014 a ex-presidente Dilma tentou nomeá-lo para uma vaga no TCU provocando forte reação no tribunal, com a então presidente Augusto Nardes comunicando aos senadores que se aprovassem a indicação que não daria posse ao mesmo;
  • Os três episódios de ontem mostram à população que a Justiça está funcionando no Brasil com juízes federais e estaduais seguindo o exemplo de Sérgio Moro. Se bem que ainda exista o absurdo de os juízes serem "castigados" com o impedimento de trabalhar, mas recebendo seus elevados salários durante a punição, os magistrados praticantes de falcatruas estão sendo punidos aos montes pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Enquanto isso, políticos estão estocando calmantes em casa. Nos corredores da Câmara e do Senado é um tal de "correr da sala para a cozinha", e vice-versa. Vamos, pois, apostar em dias melhores, sabendo que se tudo continuar na mesma vai aumentar o eleitorado dos nulos e brancos e abstenções, conforme recado deixado nas urnas nas eleições do último dia 2.

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