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10 de outubro de 2016

Para alguns políticos, aposentado e pensionista têm é que morrer

  • Definitivamente, deve haver alguma maldição contra os aposentados no Brasil. Depois de dar sua contribuição em algum setor de atividade produtiva ou de prestação de serviços, quando adquirem o direito ao seu merecido descanso começam a sofrer os mais variados castigos por isso. O poder aquisitivo diminui pois passam a receber proventos inferiores exatamente quando até precisariam aumentá-lo, pois atingem a faixa etária na qual os problemas de saúde naturalmente causados pelo envelhecimento vão se agravando a cada ano. Em contrapartida, se amplia a necessidade de tratamento médico e da compra de remédios. Se buscar assistência médica estatal vai encontrar uma das piores do mundo, e, se puder, terá que filiar-se a um plano de saúde, que cobra valores elevados exatamente por causa da sua idade. Quanto aos medicamentos, outro drama porque os preços estão sendo sempre reajustados. Enfim, o melhor é esperar a morte. Quando o Governo precisa, como sempre, fazer economia de gastos, é pelos proventos dos aposentados e pensionistas que começa a solução do problema, concedendo-lhes reajustes abaixo dos índices do salário mínimo;
  • Vale lembrar que o então presidente Fernando Henrique Cardoso teve a ideia de manter o desconto de 11% nos proventos, alegando que era para cobrir o rombo na Previdência. Como assim? Ao contrário, foram 35 anos contribuindo mensalmente para ele. Mas, a bancada do PT, comandada por Lula, fez ferrenha oposição e a proposta não foi adiante. É, então, que começa a aparecer a imagem de "metamorfose ambulante" como o ex-presidente se auto-intitulava. Usou sua maioria parlamentar para agora aprovar o famigerado desconto. No meu caso específico, tão logo me aposentei passei a receber meus proventos com um "aumento" de 11%. Depois, veio a nova lei e passei a receber meus proventos outra vez com o desconto. A Associação dos Magistrados do Brasil entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STJ) arguindo ser inconstitucional reduzir salários e proventos. Quando a votação teve início, o placar era 2 a 1 pela revogação. Lula mandou seus ministros fazer um lobby pela manutenção. Quando a votação reiniciou, o placar estava invertido e o desconto prevaleceu. Aqui vão meus "agradecimentos" ao Lula, com a minha esperança de vê-lo um dia atrás das grades, não só por isso, mas pelos seus "malfeitos";
  • Para aposentados e pensionistas não falta notícia ruim. O governador licenciado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, continuador da "obra" do ex-governador Sérgio Cabral que deteriorou a economia do Estado, está propondo mais um "presente" para os velhinhos: aumentar o desconto de 11% para 14%. Depois dessa, comecei e me simpatizar com a ideia do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Jorge Picciani, de dar andamento a um dos três pedidos de impeachment de Pezão que estão dependendo de um despacho seu para ser formada na Casa a comissão que se definirá sobre a sua admissibilidade. Como uma decisão somente aconteceria no ano que vem, segunda metade do mandato, caberia à Alerj eleger o novo governador indiretamente onde Picciani tem ampla maioria. Portanto, mãos à obra, deputado!

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