-

19 de outubro de 2016

Eduardo Cunha pode fazer delação pra livrar sua mulher da cadeia

  • O juiz federal Sérgio Moro, que determinou a prisão preventiva do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB), comentou que a perda do mandato em setembro não foi suficiente para evitar novas obstruções dele às investigações da Operação Lava-Jato. A afirmação está na decisão do juiz ao atender o pedido de prisão feito pelo Ministério Público Federal (MPF) e por procuradores da força-tarefa da Lava-Jato, Moro disse que Eduardo Cunha tem como "modus operandi" agir de modo dissimulado, valendo-se de terceiros para obstruir ou intimidar. "Embora a perda do mandato represente provavelmente alguma perda do poder de obstrução, esse não foi totalmente esvaziado, desconhecendo-se até o momento a total extensão das atividades criminais do ex-parlamentar e a sua rede de influência.", disse o juiz;
  • Em nota divulgada por seus advogados, Eduardo Cunha afirmou que a decisão do juiz federal Sérgio Moro que resultou na sua prisão é absurda. Na nota, Cunha afirmou: "Trata-se de uma decisão absurda, sem nenhuma motivação e utilizando-se dos argumentos de uma ação cautelar extinta pelo Supremo Tribunal Federal. A referida ação cautelar do Supremo, que pedia minha prisão preventiva, foi extinta e o juiz, nos fundamentos da decretação de prisão, utiliza os fundamentos dessa ação cautelar, bem como fatos atinentes à outros inquéritos que não estão sob sua jurisdição, não sendo ele juiz competente para deliberar" O advogado de Eduardo Cunha, Ticiano Figueiredo, afirmou que não há nenhum fato novo para decretação da prisão desde que o processo foi enviado do Supremo Tribunal Federal (STF) para a Justiça Federal do Paraná;
  • O juiz Sérgio Moro determinou o bloqueio de carros de luxo que estão em nome da mulher e da filha de Eduardo Cunha. A medida foi solicitada pela força-tarefa de procuradores das investigações. Ao determinar o bloqueio, Moro encontrou oito carros, entre eles um Porsche Cayenne em nome de Cláudia Cruz, mulher de Cunha, e um jipe Tiguan, registrado por Danielle Cunha, filha do ex-deputado. Os demais veículos estão em nome de empresas ligadas ao ex-deputado, como a Jesus Serviços de Promoção e Propaganda e C3 Produções Artísticas. Com a decisão, os familiares de Cunha estão impedidos de transferir ou vender os veículos, que serão usados para garantir o ressarcimento aos cofres públicos em caso de condenação definitiva. E isso pode acontecer a qualquer momento e é o que mais preocupa o ex-deputado. Daí as especulações sobre uma possível deleção cuja premiação seria a liberdade da mulher e da filha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não saia do Blog sem deixar seu comentário