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17 de junho de 2016

Deixe Rodrigo Janot trabalhar em paz, Renan Calheiros

Chega a ser ridícula a atitude do presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, ameaçar o procurador-geral da União, Rodrigo Janot, com um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) de impeachment, por ter solicitado ao STF a prisão do senador alagoano após delação premiada de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, segundo a qual ele teria recebido alguns milhões de reais provenientes de propinas com dinheiro desviado da Petrobras. Coube ao ministro do Supremo Teori Zavascki, responsável pelos processos de pessoas com direito ao famigerado foro privilegiado, que em poucos dias tomou a decisão de não aceitar a solicitação de Janot. O que se estranha é a demora do ministro para encaminhar para a Justiça Federal de Curitiba a parte relativa ao ex-presidente Lula, que não tem direito a foro privilegiado desde que o STF anulou sua nomeação e posse como ministro-chefe da Casa Civil, manobra de Dilma Rousseff para evitar que seu tutor caísse nas garras do juiz Sérgio Moro, comandante da Operação Lava-Jato;

Mais uma vez voltamos a citar a tão antiga frase, agora dirigida a Renan Calheiros: "Que não deve, não teme". Se ele tem consciência de que as acusações baseadas na delação de Sérgio Machado, que deixe tudo ser apurado. Enquanto isso,ele deve se preocupar com a certeza de que o povo está de certo modo com nojo dos políticos brasileiros. Deixe Janot em paz e vamos esperar o que acontecerá com os 20 políticos de várias cores partidárias atingidos pela "metralhadora" do ex-presidente da Transpetro. O que ninguém mais aguenta é a constante declaração de que não existiram as propinas delatadas, pois as doações foram aprovadas pela Justiça Eleitoral, que os mesmos estão dando a entender tratar-se de uma grande lavanderia oficial. Contem outra piada. Essa já está sem graça.

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