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2 de março de 2016

Petistas não querem perder a 'boquinha' das estatais

Parece que o PMDB está para ser mais oposição que aliado do Governo. Os peemedebistas estão mais uma vez se juntando ao PSDB, como aconteceu com o projeto do senador José Serra (PSDB-SP), sobre a exploração do pré-sal, aprovado depois de um acordo com o Governo. Desta vez é para aprovarem a Lei de Responsabilidade Fiscal das Estatais de autoria do senador tucano Tasso Jereissati (PSDB-CE). O PT não quer a aprovação do projeto, apesar de considerável parte do partido ter alguma simpatia por ele. O motivo principal está nas restrições para a composição dos conselhos de administração das estatais, o grande cabide de empregos para "companheiros" formado a partir do primeiro mandato do ex-presidente Lula e mantido por Dilma Russeff. Nos conselhos estão ministros que recebem salários até superiores ao da presidente da República;

O projeto do senador Jeressaiti prevê que somente profissionais com experiência nos respectivos mercados podem integrar os conselhos. Para deixar os petistas mais zangados, a proposição do tucano proíbe a indicação de ministros, secretários estaduais, dirigentes de partidos, parlamentares, titulares de cargos em comissão e parentes até o terceiro grau. É nesse ponto que os petistas protestam. Lembramos que a presidente Dilma era ministra-chefe da Casa Civil no primeiro mandato de Lula também era presidente do Conselho de Administração da Petrobras, quando aprovou a célebre compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, causando prejuízo milionário à estatal. Somando os salários de ministra com os jetons do conselho, ela faturava mais que Lula. É grande a chiadeira dos petistas, que estão procurando o ministro-chefe da Casa Civil, Ricardo Berzoini, para que ele tente evitar a votação do projeto, que entrará em pauta nos próximos dias, evitando que percam mais essa "boquinha" paga com dinheiro público.

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