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19 de fevereiro de 2015

O que é isso, 'companheiro' ministro?

  • José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, ficou todo enrolado para explicar a 'coincidência' das visitas ao seu gabinete não agendadas de advogados das empresas envolvidas no escândalo do 'Petrolão do PT'. As visitas só chegaram ao conhecimento do público depois de reveladas pela imprensa. Num primeiro momento, Cardozo desmentiu, mas, pego na mentira, confirmou alegando terem sido audiências 'institucionais';
  • Para deixar o ministro da Justiça mais enrolado, alguém disse que ele teria dito aos advogados que eles ficassem tranquilos porque quando as investigações da 'Operação Lava-Jato' chegarem ao Supremo com os nomes dos políticos envolvidos a situação dos empresários seria abrandada;
  • Como assim, ministro? Quer dizer que o senhor confirma as suspeitas de que o Supremo, com maioria de ministros 'petistas' vai decidir de acordo com os interesses do Governo? Não é sem razão que Joaquim Barbosa, ex-presidente do STF, cobrou a imediata demissão de Cardozo, e que senadores e deputados da oposição tenham feito o mesmo, além de solicitar o enquadramento de pela Comissão de Ética da Presidência da República;
  • Alguém precisa dizer a José Eduardo Cardozo que ele é um ministro do Governo e não do PT. Pegou muito mal para ele essas 'audiências institucionais', ainda mais quando é do conhecimento geral que aqueles advogados recebem honorários de milhões de reais. Digam também a ele que está no cargo como servidor público e não para atuar como defensor de quem proporcionou vultosos prejuízos àquela que um dia foi uma das maiores empresas do mundo.

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