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23 de janeiro de 2015

Quer dizer, ministro, que eu sou culpado pelo apagão?

  • Não encontrei à venda um nariz de palhaço que o governo de Dilma Rousseff, através do seu ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, quer que eu e todos os consumidores usemos, com base nas justificativas que deu sobre os apagões que deixaram sem energia elétrica 11 estados e o Distrito Federal. Sua Excelência teve a capacidade de afirmar que não houve apagão nem racionamento, mas sim um "controle do abastecimento" feito pelo ONS (Operador Nacional do Sistema). Ah, entendi;
  • O ministro da Dilma, que entende dos assuntos de sua pasta tanto quanto entendia seu antecessor, Edison Lobão, foi mais longe ainda ao dar a entender que a culpa pela falta de energia é do consumidor, que fica ligando aparelhos de ar condicionado e ventiladores nas horas de calor intenso, o que vem ocorrendo há vários dias. Só faltou nos mandar usar um pedaço de papelão para minorar o desconforto ou sugerir que usemos o tradicional leque;
  • E também tem mais uma demonstração de paranoia no governo Dilma. Estão tentando dizer à opinião pública que o apagão de agora não é o mesmo do tempo de Fernando Henrique Cardoso - passados 12 anos continuam vendo o fantasma de FHC -, ao ponto de declarar que naquele tempo foi falta de energia e que agora foi um problema energético. Quem puder que entenda;
  • No final das contas, os usuários ficaram sem energia elétrica, tanto com FHC como com Dilma. E também a constatação de que se não chover vai haver racionamento, seja com hora marcada ou pontuais, como se diz atualmente. Para que as falhas estruturais sejam corrigidas, isso é com o consumidor, que terá pelo menos três aumentos no valor da tarifa, algo que Dilma disse na campanha eleitoral que seria feito por Aécio Neves, mas ele perdeu. Dilma assumiu essa missão.

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