-

30 de dezembro de 2014

O slogan está certo: "País rico é país sem pobreza"

  • Repercute na mídia matéria que fala sobre as aposentadorias pagas a ex-governadores e pensões recebidas por viúvas de alguns deles. Ninguém mostra qualquer sinal de constrangimento de recebê-las, e todos alegam que tudo tem base em lei. Eles não assaltam o Erário Público. O custo anual dessa "previdência social" é de R$ 47 milhões, pagos com dinheiro público, ou seja, dinheiro do povo. São "apenas" cerca de 150 beneficiários;
  • Mas ao invés de revolta, essa notícia é para ser observada por um ângulo mais otimista, pois é uma prova de que o Brasil é um país rico (e sem pobreza, com diz aquela ridícula propaganda institucional do Governo). Nada mais justo do que uma retribuição àqueles que prestaram excelentes serviços ao povo. Vamos considerar que falta um pouco de verbas para a Saúde, Educação, Segurança e até para os aposentados, mas isso é um pequeno detalhe;
  • Tem ex-governadores que exerceram mais de um mandato e têm o direito de receber duas aposentadorias. Alguns já governaram o seu Estado anteriormente e o governam de novo. Pague-se-lhes em dobro. E as viúvas, coitadinhas, foram excelentes companheiras e merecem herdar a pensão e deixar para seus herdeiros (Leonel Brizolla governou o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro, por exemplo);
  • O Brasil está muito bem e vai ficar ainda melhor no ano que vem, como nos garante a presidente Dilma. Vamos parar de reclamar e aplaudir aqueles que tão bons serviços um dia nos prestaram e que merecem ter um final de vida tranquilo, e também não deixar seus herdeiros desamparados.

27 de dezembro de 2014

Continua o "show de horrores" na nomeação de ministros

  • Dilma voou de helicóptero para a Base Naval de Aratu, na Bahia, onde passeia de barco na Baía de Todos os Santos, descansando da árdua tarefa de escolher cerca de 40 ministros para ajudá-la no que ela chama de Novo Governo. Entre os já escolhidos todo mundo sabe e comenta algumas aberrações, mas, como é sabido, o que interessa à presidente é o "QI (Quem Indicou)" do futuro ministro;
  • Uma nomeação que chama a atenção é a de Hélder Barbalho, filho do "famoso" Jader Barbalho, que renunciou ao mandato de senador para não ter o mandato cassado. O pai que indicou o filho para o Ministro da Pesca - noves fora salário e mordomias, qual é a utilidade desse ministério, além de alguma verba para movimentar? - está respondendo a processos no Supremo Tribunal Federal (STF) "apenas" por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha;
  • Será que mesmo passeando na Bahia está preocupada com a reação do povo a tais nomeações? É ruim, heim! Ela está preocupada é com a reação de Lula, que não está sendo atendido na sua condição de "QI", e está convocando seus seguidores para cobrar dela uma boa administração, mesmo com a péssima qualidade dos nomeados, pois se ela fracassar vai prejudicar sua candidatura em 2018;
  • Por tudo isso, nós é que estamos ficando preocupados. Não serão 16 anos de governo do PT, mas há a possibilidade de serem duas décadas. Socorro!

26 de dezembro de 2014

Prepare seu coração, porque 2015 vai ser divertido

  • Muitos estão criticando alguns nomes do futuro ministério de Dilma Rousseff, por não terem nenhuma experiência com os assuntos da pasta da qual será titular. Não existe novidade nisso. No atual quadro de ministros, tal situação já é observada. Há vários deles que só estão no cargo por conta da cota a que seu partido tem direito no fatiamento do Governo como pagamento por apoio em campanha ou - isso é o mais importante -, apoio no Congresso Nacional;
  • Um grande exemplo desse problema é o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que não deve nem saber manejar um interruptor, mas foi indicado por José Sarney (aquele que Lula classificou como um político "especial"). Realmente, é de se espantar a indicação de Cid Gomes para o ministério da Educação (MEC). Ele tinha outra pretensão. Como seu irmão tem direito a uma fatia e ele foi derrotado na eleição para governador do Ceará, seu desejo era ser designado para o cargo de embaixador do Brasil na ONU;
  • Cid Gomes já estava até procurando escola para os filhos em Washington. Para Dilma acomodar algum outro apoiante, Cid Gomes vai assumir o MEC. Ele está provocando arrepios nos professores federais, uma vez que há algum tempo declarou que os mestres deveriam trabalhar por amor e não por dinheiro. Houve quem dissesse apoiar a ideia, visto que os professores poderiam se alimentar nas escolas, desde que não houvesse mais desvios de verbas destinadas à merenda escolar;
  • Mas Dilma Rousseff continua se superando nas nomeações esdrúxulas. Tem também Aldo Rabelo, que vai ser ministro da Ciência e Tecnologia, logo ele que um dia quis aprovar lei proibindo a aquisição de computadores por escolas públicas, para não provocar desemprego. Não é para rir! Ele deve estar altamente contrariado, porque em 2014 foram vendidos nada menos que 15 milhões de equipamentos de informática no Brasil;
  • Uma coisa é certa. O ano de 2015 promete ser bem divertido em relação a mancadas e fogo amigo nas mancadas da administração pública federal. Enquanto isso, a gente se diverte e não vê a inflação crescendo todos os dias, principalmente nos preços dos alimentos.

24 de dezembro de 2014

Por quê empresas do Brasil gostam de obras na África?

  • Alguém sabe explicar por quê as grandes empreiteiras americanas e da Europa, por exemplo, não participam de concorrências para realização de obras em países da África, principalmente em Angola e Moçambique? Por qual razão, então, as empreiteiras brasileiras estão sempre dividindo entre elas obras bilionárias naquele continente e, preferencialmente, nos dois países citados? É certo que têm grandes motivos para isso;
  • Vai aqui uma sugestão ao juiz Sérgio Moro: depois que encaminhar o resultado da Operação Lava-Jato para o Judiciário, o Ministério Público Federal (MPF) poderia muito bem fazer uma devassa nos empréstimos feitos pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aos países africanos, que pagariam as obras contratadas a empreiteiras do Brasil, financiando grandes obras no exterior, principalmente na África;
  • Talvez o MPF descubra a razão pela qual esses empréstimos sejam depois perdoados pelo Governo Federal. Também pode ser que venham à tona as razões pelas quais a maioria dos empréstimos seja mantida sob sigilo, como é o caso do famoso porto cubano. É certo que muita coisa feia vai aparecer, e mais gente graúda vá parar atrás das grades.

18 de dezembro de 2014

Pequenas & Boas (I)

É PEGAR OU LARGAR

  • Antes de o Petrolão colocar gente na cadeia, já é certo que algumas pessoas ficarão com mais dinheiro. O colunista Ancelmo Gois, de "O Globo", informa que o advogado americano Richard Craig Smith, ex-procurador do Departamento de Justiça dos EUA, veio ao Brasil à procura de clientes;
  • Mas o que chama a atenção é o valor dos honorários de um profissional desse porte, bastante útil nas ações que tramitam no exterior (há processos na Suécia, na Bélgica e nos Estados Unidos): US$ 4 mil, POR HORA!

UMA COISA LEMBRA A OUTRA

  • Diante dessa chuva diária de escândalos com a farta distribuição de propinas pela Petrobras, e por causa das reações de Dilma, Lula, ministros, deputados e senadores da base aliada, diretores da estatal e dirigentes do PT, além de militantes fanáticos, sou obrigado a comparar todos eles com aquele marido flagrado pela esposa ao lado de uma mulher totalmente nua na cama do casal, que reage dizendo: "Não sei como esta mulher apareceu aqui. Vou fazer uma investigação interna e brevemente divulgarei o resultado".

UMA IDEIA BOA DEMAIS

  • Transcrevo um artigo do desembargador Rogério Madeiros Garcia de Lima, de Minas Gerais, uma boa forma de praticar Direitos Humanos:
"Direitos humanos"
  • "Quando eu era Juiz da Infância e Juventude em Montes Claros, norte de Minas Gerais, em 1993, não havia instituição adequada para acolher menores infratores. Havia uma quadrilha de três adolescentes praticando reiterados assaltos. A polícia prendia, eu tinha de soltá-los. Depois da enésima reincidência, valendo-me de um precedente do Superior Tribunal de Justiça, determinei o recolhimento dos 'pequenos' assaltantes à cadeia pública, em cela separada dos presos maiores. Recebi a visita de uma comitiva de defensores dos direitos humanos (por coincidência, três militantes). Exigiam que eu liberasse os menores. Neguei. Ameaçaram denunciar-me à imprensa nacional, à Corregedoria de Justiça e até à ONU. Retruquei para não irem tão longe, tinha solução. Chamei o escrivão e ordenei a lavratura de três termos de guarda: cada qual levaria um dos menores preso para casa, com toda a responsabilidade delegada pelo juiz. Pernas para que te quero! Mal se despediram e saíram correndo do fórum. Não me denunciaram a entidade alguma, não ficaram com os menores, não me 'honraram' mais com suas visitas e... os menores ficaram presos;
  • É assim que funciona a 'esquerda caviar'. Tenho uma sugestão ao Professor Paulo Sérgio Pinheiro, ao jornalista Jânio de Freitas, à Ministra Maria do Rosário e a outros tantos defensores dos 'direitos humanos' no Brasil. Criemos o programa social 'Adote um Preso'. Cada cidadão aderente levaria para casa um preso carente de direitos humanos. Os benfeitores ficariam de bem com suas consciências e ajudariam, filantropicamente, a sociedade a solucionar o problema carcerário do país. Sem desconto no Imposto de Renda, é claro".

16 de dezembro de 2014

O Imposto de Renda está sempre precisando mudar

  • Mais de uma vez focalizamos aqui uma aberração existente na legislação do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). Trata-se da falta de critério na dedução das 'Despesas com Saúde' na declaração anual de rendimentos. Os gastos com médicos e até o pagamento de planos de saúde podem ser deduzidos integralmente no cálculo do imposto. A aberração fica por conta dos gastos com remédios, que não dão direito a dedução. Para a Receita Federal, remédios não são gastos com saúde;
  • Quem vai a um consultório médico sai de lá com uma receita. Se for idoso, isso acontece quase sempre. No entanto, não adianta guardar os comprovantes fiscais, porque de nada vão valer. Para o órgão fiscal, talvez sejam despesas supérfluas, ou talvez seja comparada com lazer, como se ir à farmácia fosse um momento de lazer não gratuito;
  • Tomamos conhecimento de um cidadão que todos os anos declara as despesas que faz com planos de saúde de um filho maior de idade e de um sobrinho menor. A Receita Federal sempre glosa a declaração porque os dois não são legalmente seus dependentes. O cidadão todos anos entra com recurso alegando que a legislação fala em Despesas com Saúde, e é o que ele faz, como tem meios de comprovar. De certa forma, parece que ele tem razão;
  • Na realidade, as leis que regem o IRPF precisam ser aperfeiçoadas, diminuindo prioritariamente sua carga tributária, cujas alíquotas são consideradas como das mais elevadas do mundo, em muito colaborando para que o Brasil tenha uma carga tributária que castiga os cidadãos, obrigados a trabalhar cerca de cinco meses para pagar impostos.

11 de dezembro de 2014

Parece incrível, mas muita gente acredita em Papai Noel

  • Estão acontecendo em São Paulo manifestações contra a presidente Dilma. Nelas, são observados três grupos. O primeiro, faz críticas aos casos de corrupção, com destaque para os desvios bilionários na Petrobras. Outro grupo quer o impeachment da presidente. E tem também os que querem uma intervenção militar, ou seja, que os generais voltem ao poder. Dos três, somente o primeiro está agindo corretamente, pois a cada dia surge um novo "malfeito" praticado por gente ligada ao Governo;
  • Está comprovado que o resultado da última eleição mostrou que quem se opõe ao Governo representa cerca de metade do eleitorado brasileiro e que se há erros de quem governa, cabe à oposição mostrar ao povo o que está acontecendo e também apontar soluções. Somente no caso de crime comprovado é que se deve falar em impeachment, tarefa que cabe ao Congresso Nacional. Pelo andamento da Operação Lava-Jato, pode ser que se formalize alguma coisa contra Dilma, mas aí a história é outra;
  • Como poucos sabem, a intervenção militar acontece quando o país entra em desordem total. Eles assumem o poder, arrumam a casa e chamam o povo para eleger novos mandatários e retornam aos quartéis. Diferentemente disso, é golpe de estado. Sendo assim, quem pede isso está perdendo tempo, pois nada existe para que ela aconteça. Isso é radicalismo extremo e talvez parta de quem não sabe o que ocorreu no Brasil nos "anos de chumbo";
  • Agora, vamos raciocinar. Alguém acha que o Congresso, presidido por Renan Calheiros, vai votar alguma coisa que seja contra Dilma. E no Supremo Tribunal Federal (STF), com oito ministros "petistas", ela corre algum risco? Quem acreditar, dê por mim um abraço em Papai Noel neste Natal.

4 de dezembro de 2014

Ordem do dia: denúncias na CPMI e sururu no Congresso

  • Dois fatos políticos relevantes marcaram o dia ontem. Num, Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, que em setembro se negou a falar na CPMI da Petrobras, dessa vez quebrou o silêncio e deixou 35 políticos sem dormir. No outro, um sururu interrompeu a sessão do Congresso Nacional em que se votava matéria de interesse do Governo, na qual o presidente Renan Calheiros atropelava o Regimento Interno, provocando revolta entre os oposicionistas;
  • Pelas reportagens sobre o "arranca-rabo" no Congresso, o motivo fez lembrar aquela velhinha surda de um programa humorístico da TV. Enquanto uma deputada do PCdoB discursava, alguém na galeria sabendo da ideologia esquerdista da oradora gritou: "Vai pra Cuba!". A senadora Jandira Feghalli reagiu em defesa dela: "Uma deputada não pode ser chamada de vagabunda!" Aí, parlamentares de ambos os lados foram para a galeria, uns, para manter o grupo no local, e outros, para tirá-los de lá;
  • No caso da Petrobras, além do grande número de envolvidos (que cresce a cada dia), parlamentares que encerram mandatos e outros eleitos e reeleitos vivem momentos de tensão, porque de uma hora pra outra tudo pode acontecer.

2 de dezembro de 2014

Escolha de ministros pode ser boa para o Brasil

  • "A Dilma vai unir o Brasil. Ganhou as eleições pelo PT e vai governar com o Ministério do Aécio". A frase irônica é de um petista comentando declarações do candidato tucano e de líderes do PSDB sobre os nomes escolhidos pela presidente para compor a futura equipe econômica, que por sinal já está em atividade. Aliás, isso é até algo inédito, pois nunca se viu transição numa reeleição, e muito menos ministério com dois ministros agindo simultaneamente;
  • A verdade é que Dilma chegou à conclusão que a condução da política econômica do seu partido estava errada, como Aécio afirmava na campanha, e que seu segundo mandato poderia ser um fracasso total. Foi por isso que ela antecipou as nomeações de Joaquim Levy, para o Ministério da Fazenda, e Nelson Barbosa, para o do Planejamento. Foram nomeados, mas não tomaram posse (não houve transmissão de cargos). Então, temos ministérios com duas cabeças;
  • Resta saber se a presidente Dilma, centralizadora como é, vai dar autonomia à dupla ou se vai interferir no trabalho deles. Pelo histórico de Joaquim Levy, no primeiro palpite errado dela ele pula fora do Governo. Segundo diz a maioria dos economistas, a escolha da dupla será de grande valor para o país, e, consequentemente, para o povo.