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16 de fevereiro de 2014

Tem gente no PT que parece querer derrotar o PT nas eleições deste ano

Tem ocasião em que pensamos que o maior adversário do PT nas eleições presidenciais deste ano é o próprio PT. Um dos exemplos é o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que desfruta de baixíssimos índices de aprovação junto aos paulistanos, isso num ano no qual uma das principais metas do partido é tirar o PSDB do Governo do Estado, onde os tucanos têm comando há mais de 15 anos. Haddad começou a dar mancadas durante as manifestações de junho do ano passado, tentou agora aumentar o IPTU da capital paulista e a Justiça impediu e agora acaba de diminuir a quantidade de material dos kits escolares distribuídos aos estudantes da rede pública municipal. Quando era ministro da Educação o agora prefeito de São Paulo também de shows de incompetência na aplicação dos exames do Enem, com quebras de sigilo e questões mal elaboradas. Para elegê-lo e dar início à 'expulsão' do PSDB do poder, Lula fez acordo até com Paulo Maluf, com quem um dia trocara ofensas, um e outro se xingando de ladrão;

Outro petista de destaque, também de São Paulo, o senador Eduardo Suplicy, acaba de prestar mais um serviço aos adversários do PT ao proporcionar um bate-boca com o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que fez insinuações, não tão descabidas como quer dar a entender o senador paulista, sobre a origem do dinheiro das doações feitas para pagar multas de mensaleiros condenados. Além da suspeita de lavagem de dinheiro, Gilmar Mendes levantou uma tese jurídica de que as penas impostas a um réu são impessoais, significando que é o condenado quem deve cumpri-las. Diz que ninguém pode ir para o xadrez no lugar de um réu condenado o que, por extensão, entende-se que ninguém pode pagar em seu multa imposta na pena. O ministro quer que a Receita Federal e outros órgãos averiguem que dinheiro foi esse, mesmo com as doações endo realizadas através de sites hospedados no exterior;

Para minimizar os efeitos do 'Mensalão do PT' na campanha eleitoral deste ano, que certamente será bastante explorado pelos candidatos da oposição, os petistas ganharam de presente o andamento do processo do 'Mensalão do PMDB' no qual a principal réu é o deputado federal de Minas Gerais Eduardo Azeredo, do PSDB. Seria um bom prato para os petistas tentarem equilibrar o jogo de mensalões nos debates, exatamente quando o 'Mensalão do PT' já estaria concluído, saindo da mídia. Agora, é certo que haverá desdobramentos sobre as doações, ainda mais que já existe uma mobilização para se levantar cerca de R$ 1 bilhão para cobrir a multa do ex-ministro de Lula e ex-presidente do PT, José Dirceu. E para dar mais força à tese de Gilmar Mendes, o ex-deputado Roberto Jefferson informou que não terá nenhum site hospedado fora do Brasil para receber doações e que mesmo não dispondo de meios para pagar a quantia estipulada aceitará doações, desde que os doadores se identifiquem;

Junte-se a tudo isso as brigas com o PMDB na distribuição de ministérios e na formação de palanques nos estados e nas manifestações de rua que eram esperadas para junho, durante a Copa do Mundo, mas que já se anteciparam. E ainda aparece um 'adversário' propondo uma nova Lei de Segurança Nacional, que segundo alguns é mais rigorosa do que a baixada pelos militares e recentemente revogada pelo STF ─ há quem a esteja chamando de um novo AI-5 ─, justamente para reprimir as manifestações durante a Copa, havendo numa das versões do projeto previsão de penas de prisão de 15 a 30 anos, em regime fechado, para quem 'perturbar' o andamento da competição. Isso vindo de um Governo integrado por pessoas que dizem ter sofrido os rigores da ditadura militar. Quem 'adversários' desse tipo nem precisa se preocupar com a oposição.

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