-

29 de outubro de 2013

Morte de um jovem em SP provoca atos de vandalismo com justificativa indevida

É bastante lógico que pessoas fiquem revoltadas com a morte de um jovem da comunidade com apenas 17 anos, Douglas Martins Rodrigues, vítima de um tiro disparado por um policial, ao que parece, inicialmente ─ isso pelas declarações oficiais da Polícia Militar ─, causado pelo despreparo de um integrante da corporação, que alegou um disparo acidental ao abrir a porta do veículo que o transportava no momento de uma abordagem no local onde estava o adolescente que veio a falecer. Pelo que tem acontecido nos últimos dias, não é descartada a hipótese de o tiro não ter sido acidental mas sim pelo modo truculento de um policial despreparado que chega atirando sem olhar em quem ou com o simples fato de que o atingido seja um suspeito de estar praticando ou ter praticado algum tipo de crime. Na verdade, não era, de um modo ou outro, para o tiro ter sido desferido;

Uma coisa no entanto está totalmente errada, pois não há nenhuma justificativa para que a revolta da comunidade à qual o jovem Douglas pertencia descambe para o incêndio de dois caminhões e cinco ônibus, bem como o fechamento de uma rodovia criando obstáculos a quem diretamente não tem nada a ver com o problema. Além do mais, caros também foram incendiados e duas agências bancárias depredadas. Para piorar, um estabelecimento comercial, talvez de um humilde empresário, foi saqueado. Então, a Tropa de Choque da PM paulista foi chamada a agir, o que fez utilizando balas de borracha com o objetivo de conter a baderna e o vandalismo instalados na área. Não é uma forma de protesto estar em mãos de um 'manifestante' nada menos que cerca de 20 camisas e camisetas furtados de uma loja do bairro. Os baderneiros chegaram ao ponto de colocar em risco as vidas deles e de outras pessoas ao tomarem a direção de um carro-tanque carregado e saírem disparados pela contramão, sob risco de uma violenta explosão;

Agora, fica a polêmica: a Polícia assegura a versão do disparo acidental e do possível indiciamento por crime culposo (aquele sem intensão de matar) do PM Luciano Pinheiro Bispo, com dois anos de integrante da corporação, enquanto os parentes do adolescente falam em assassinato, com possível pedido de indenização do Estado, como se isso trouxesse Douglas ao convívio de sua família e da comunidade. Mas isso é outro assunto. O que não pode acontecer é esse tipo de 'manifestação' contra um possível crime, em que a forma é a prática de outro tipo de crime, que é o vandalismo da depredação e de saques a agências bancárias e estabelecimentos comerciais, além da interferência no sagrado e consagrado direito de ir e vir das pessoas de um modo geral. Há necessidade de enérgicas medidas para se dar um basta nesses eventos, pois o risco de uma total anarquia urbana começa a se desenhar, algo que fere todos os princípios democráticos do País. Com a palavra as autoridades competentes(?).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não saia do Blog sem deixar seu comentário