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19 de agosto de 2013

Toffoli e Lewandowski protegem contas do PT de 2003, ano do Mensalão

Causa revolta abrir de manhã o jornal para a costumeira leitura diária e tomar conhecimento de que o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após dez anos vai julgar amanhã as contas de 2003 do PT, que têm como relator o ministro Dias Toffoli, ex-advogado do partido, e que nessa condição atuou naquele ano. Destaque-se ainda a fato de a ministra Carmem Lúcia, indicada e nomeada pelo ex-presidente Lula para o Supremo Tribunal Federal (STF), já havia aprovado aquelas contas, com ressalvas, em 2010. Por causa das ressalvas, o PT recorreu e o ministro 'petista' Toffoli segurou o processo por um ano, e só agora o está liberando para ser apreciado pelo plenário do TSE;

Por 'coincidência', 2003 é o ano em que foi denunciado o 'Mensalão do PT', partido que comprovadamente recebeu dinheiro daquela ação comandada pelo ex-ministro José Dirceu. Na semana passada, a revista 'Veja' denunciou o outro ministro 'petista' Ricardo Lewandowski de ter exercido pressão para que pareceres recomendando a rejeição daquelas contas desaparecessem, no tempo em que era presidente do tribunal, fato confirmado à revista por servidores do TSE;

O ministro Toffoli demonstra a cada dia que não tem nenhum compromisso com a ética. Qualquer outro certamente se declararia impedido de julgar contas por ele mesmo respaldadas quando advogado do partido. No entanto, anteriormente o ministro Toffoli, cujo 'saber jurídico' para estar no posto atual é ter sido reprovado em dois concursos para Juiz de Direito ─ na certa uma de suas reprovações de ter sido na matéria Ética ─, não se julgou impedido para julgar José Dirceu, que por duas vezes foi seu chefe, no PT e na Casa Civil, não seria agora que iria deixar de dar uma ajudazinha ao seu 'companheiro';

Por tais razões, pode-se ver que tanto Toffoli como Lewandowski dão inteira razão ao ministro Joaquim Barbosa, pois se o que fazem na caracteriza de certa forma um chicana, é pior ainda, pois se um não tem ética o outro age como membro de um partido, fazendo com que mais uma vez o cidadão brasileiro tenha desconfiança nos homens aos quais cabe a imensa responsabilidade de fazer Justiça, seja para quem quer que seja.

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