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9 de agosto de 2013

Senador não quer compromisso com a Ética, mas o eleitor quer

Parecendo não ter entendido os recados dados nas manifestações de junho em todo o Brasil principalmente quanto ao comportamento dos políticos em geral, no Senado Federal tem sempre alguém querendo se ‘superar’. Se já não bastasse o fato de que muitos brasileiros contestam a existência de duas casas legislativas no País, principalmente o Senado, sobre o qual a maior reivindicação popular é que se acabe com a figura do suplente sem voto, eis que é exatamente um desses que aparece com algo que chegas às raias do absurdo, ao mesmo tempo em que demonstra certa dose de sinceridade. O ‘senador’ Lobão Filho, que está no exercício do mandato pelo fato de seu pai, Edison Lobão, ser ministro de Minas e Energia, acaba de banir do projeto do código de conduta dos senadores, do qual é relator, a expressão ‘Ética’. O ilustre parlamentar está sendo sincero, pois ele é um dos exemplos da falta de ética a partir do momento em que aceitou ser suplente do próprio pai, como tantos outros que existem naquela Casa Legislativa;

A grande idéia de Lobão Filho é a retirada da palavra ‘Ética’ exatamente do juramento que o senador faz no ato de sua posse, tanto no início de seu mandato efetivo ou quando assume na condição de parente/suplente, como é o caso. Já é de se estranhar como pode Lobão Filho ser relator de um código de conduta de senadores se ele não é um deles. Ele está senador, momentaneamente. Sua alegação é que Ética é algo abstrato. Acertou em cheio. No caso dele e da maioria dos políticos brasileiros, Ética não é nada concreto. Ao contrário, é algo que se evapora com muita facilidade, dependendo da oferta, que vai de cargos no Governo a qualquer tipo de ‘toma lá dá cá’ para apoiar esse mesmo Governo. Qualquer liberação de emenda parlamentar, por exemplo, faz um parlamentar mandar a Ética para o espaço;

Está aí mais um exemplo de como nossos ‘representantes’ consideram o exercício de mandato eletivo. Não têm nenhum compromisso com o povo, seja ele bem votado e um suplente sem voto. Não incluir compromisso com a Ética é mesmo justificável. A alegação de Lobão Filho de que o é ética para um ponde não ser para outro é uma idéia clara de como pensam nossos políticos. Esquecem, no entanto, que a maioria da população pratica a ética em sua relações com os demais cidadãos, diferentemente de como agem esses políticos sem nenhum compromisso com o bem estar do povo. Vai aí mais uma mega manifestação, em 7 de setembro, hora de o povo proclamar sua independência desses maus políticos, o que deverá se confirmar também nas urnas, em outubro de 2014.

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