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23 de agosto de 2013

Médicos cubanos provocam um repasse de R$ 1 bi para os irmãos Castro

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que os 4 mil médicos cubanos que trabalharão no Brasil pelo programa Mais Médicos receberão salário superior ao de outros profissionais de saúde com quem vão trabalhar. Ele afirmou que aqueles profissionais terão um padrão de remuneração superior aos enfermeiros, aos técnicos de enfermagem, a agentes comunitários de saúde brasileiros com os quais eles irão trabalhar. Segundo dados do Ministério da Saúde, o maior salário dos enfermeiros é de R$ 3 mil. Os 4 mil médicos cubanos virão ao Brasil para atender no SUS, num convênio intermediado pela Organização Panamericana de Saúde (Opas), cabendo ao País pagar R$ 10 mil por mês por cada médico à OPAS, que repassará o dinheiro ao governo de Cuba. No entanto, não foi divulgado quanto desse valor será efetivamente repassado aos profissionais;
Numa conta bastante simples, vemos que o Brasil vai repassar mensalmente para o governo dos irmãos Castro nada menos que a importância de R$ 40 milhões. Se cada um doa 4 mil profissionais cubanos receberem os R$ 3 mil ─ é de se duvidar que isso aconteça ─, a despesa mensal com os médicos de Cuba será de R$ 12 milhões, ficando com o governo de Raul Castro a bagatela mensal de R$ 28 milhões. Isso em três anos de aplicação do programa representará uma transferência total de mais de R$ 1 bilhão, quantia que poderia ser muito bem aplicada por aqui, no setor de Saúde, principalmente melhorando a qualidade dos postos de atendimento, a maioria deles, em especial no interior do País, para onde os cubanos estará sendo encaminhados;
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, afirmou que 74% dos cubanos deverão trabalhar nas regiões Norte e Nordeste, em locais que não forem escolhidos nem pelos médicos brasileiros, nem pelos estrangeiros que participam do programa Mais Médicos. Por esse dado, vê-se mais uma dificuldade de esse programa dar certo. Como será a comunicação entre os médicos cubanos, que não falam Português, com seus pacientes, que em sua imensa maioria não entendem Espanhol ─ e ainda há o agravante de que muitos desses também são ruins na utilização da própria língua ─, algo que transformará as consultas muitas vezes num show de consequências imprevistas, até mesmo com risco para a vida de alguns pacientes;
Pior que tudo está o viés eleitoreiro que parece existir por trás desse programa, que é 'levantar a pipa' do ministro Alexandre Padilha, virtual candidato de Lula e Dilma ao Governo de São Paulo, uma das principais metas dos petistas, ou seja, tirar das mãos do PSDB o comando por quase 20 anos do maior estado do Brasil, algo que terá grande influência no projeto do PT de conseguir a reeleição da presidente Dilma em 2014, cujo prestígio junto ao eleitorado sofreu violenta queda, e que teve uma leve recuperação que ainda a levaria para um segundo turno no ano que vem, pondo sua reeleição em risco, quando se sabe que os candidatos oposicionistas se unirão para tirar os petistas do poder. O êxito do programa Mais Médicos poderá ser fundamental para o resultado das próximas eleições.

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