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18 de agosto de 2013

Briga entre Joaquim Barbosa e Lewandowski tem o seu lado positivo

Desde o julgamento do 'Mensalão do PT' no ano passado que o ministro Ricardo Lewandowski vem se notabilizando, na condição de revisor, em apresentar pareceres bastantes longos, algo interpretado com manobra para retardar o quanto possível a conclusão do mesmo. A suspeita se justifica no fato de que ele vinha se comportando como um 'ministro petista' bastante interessado em 'aliviar a barra' dos figurões do PT que comandaram todas as operações daquele evento que teve por objetivo 'comprar' votos de parlamentares para que votassem a favor das matérias de interesse do Governo do ex-presidente Lula. Tudo foi confirmado a partir da condenação de 25 dos indiciados na famosa Ação Penal nº 470. Para quem não se lembra ou não sabe, Ricardo Lewandowski foi indicado e nomeado por Lula a pedido de sua mulher, amiga da mão do magistrado;

A razão do bate-boca com o ministro Joaquim Barbosa foi exatamente por notar que depois de todos os ministros terem rejeitado por unanimidade os três primeiros embargos apresentados ─ note-se que a maioria deles limitou-se a votar afirmando rapidamente que acompanhava o relator, no caso Joaquim Barbosa ─, o protegido de dona Marisa Letícia estendeu-se longamente ao apreciar o embargo do ex-bispo Rodrigues, alegando ter-se arrependido do vota que tinha dado condenando o parlamentar do PT. Joaquim Barbosa na verdade perdeu a linha e falou o que não devia, embora todo mundo saiba que ele estava mesmo praticando chicana ─ de acordo com o Dicionário Michaelis, chicana é definida assim: "sf (fr chicane1 Abuso dos recursos e formalidades da justiça. 2 Cavilação, enredo, tramoia, em questões judiciais. 3 Contestação sem fundamento. Sutileza capciosa em disputa. 5 Dificuldade, suscitada por malícia, capricho ou má vontade. 6 Ardil, sofisma" ─, exatamente o que fez antes, durante o julgamento, e tentou fazer agora o ministro Lewandowski;

Todavia, Joaquim Barbosa deveria ter evitado ser tão veemente. Mas o destempero de Joaquim Barbosa tem o seu lado positivo. O povo não quer ver nenhum tipo de 'refresco' para os mensaleiros. Ao contrário, quer vê-los atrás das grades o mais rápido possível. No dia 7 de setembro esse será um dos mais ruidosos recados mandados pelo povo que promete sair às ruas em todo o Brasil. Deixando de lado o destempero do presidente do STF, o fato serviu para demonstrar que no Supremo existe campanha para tentar livrar José Dirceu e Cia. de uma justa punição da Justiça pelo jogo sujo praticado, com o agravante de utilizarem dinheiro público nas falcatruas que originaram o 'Mensalão do PT'. O povo acabou sendo alertado para a chicana que alguns tentarão praticar para beneficiar mensaleiros já condenados, com o agravante de serem de inciativa de ministros reconhecidamente ligados ao PT, como são os casos de Lewandowski e Toffoli;

Há notícias informando que alguns ministros do STF estariam tentando apaziguar os dois brigões, mas que Joaquim Barbosa afirmando que não mudaria de opinião nem retiraria suas palavras. Seja como for, a partir de quarta-feira podemos aguardar grande emoções na volta da apreciação do embargos do réus condenados, sabendo-se também que daí a poucos dias o povo vai sair às ruas, parecendo que o Supremo não tem nenhum interesse de ver manifestantes acampados ao redor do Tribunal exigindo uma rápida definição do julgamento e a consequente prisão de José Dirceu e demais companheiros, até para que o Supremo fique com a pauta livre para julgar mais rapidamente outros 'mensalões' que parecem vir à tona nos próximos dias, envolvendo outros partidos que não somente o PT.

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