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9 de março de 2013

Na disputa pelos royalties do petróleo teve até 'voto fantasma' de deputado ausente

  • O deputado Zoinho (PR-RJ) anunciou ontem que vai pedir a anulação da sessão que derrubou os vetos da presidente Dilma Rousseff à Lei dos Royalties do Petróleo. Segundo ele, sua assinatura da lista de votação é falsificada. "Eu e a liderança do PR vamos pedir a anulação da sessão”. Vão ter que esclarecer quem assinou no meu lugar. Vou querer inclusive um exame grafotécnico”, completou. Zoinho, alegando que deixou o plenário da Câmara ainda no início da sessão, por volta das 20 horas, sem assinar qualquer documento, porque tinha um voo marcado para o Rio de Janeiro às 21h55. Convém lembrar que o deputado é do Rio de Janeiro, estado produtor e que, portanto, perderá receita caso a distribuição dos royalties seja igualitária. Pode-se ver, então, que além das ações junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) a Mesa Diretora do Senado terá um tremendo abacaxi para descascar. Isso seria caso para abertura de inquérito e até denúncia ao Conselho de Ética;
  • Além de todos os problemas de ordem jurídica e política criados com a rejeição dos vetos, ficou também evidente que existiu uma espécie de quebra de braço com o Governo, pois há notícias de que deputados do PMDB e PCdoB receberam preenchidas, das lideranças, as cédulas de votação dos 142 vetos ao projeto dos royalties, ou seja, houve a tradicional prática de 'voto de cabresto'. Parece que muita água ainda vai rolar por conta dessa sede de dinheiro por parte dos estados não produtores, tudo feito com espírito eleitoreiro com objetivo de se fazer média com eleitorado. Se o STF derrubar o ataque aos estados produtores, deputados e senadores ficaram bem junto ao eleitorado de cada estado, pois pelo menos tentaram melhor a receita de seus estados, mesmo peitando a presidente da República.

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