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7 de dezembro de 2012

Dilma e a balela do desconto de 20% nas contas de energia elétrica

  • Em postagem feita no dia 7 de novembro passado, este Blog já considerava como 'estelionato eleitoral' o anúncio feito para presidente Dilma Rousseff em setembro passado, em data próxima às eleições municipais (Leia aqui), dando conta de que o Governo estava proporcionando aos consumidores de energia elétrica um grande presente, que seria a queda de até 20,2% nas contas de energia elétrica a serem pagas a partir de janeiro do ano que vem. Agora, o Governo prevê a redução de 16,7% nas tarifas de energia elétrica, redução aquém do anunciado inicialmente pela presidente Dilma em setembro, numa clara demonstração de que o anúncio feito em rede nacional de TV e rádio tinha por objetivo alavancar candidaturas de candidatos petistas e aliados às prefeituras do País;
  • Agora, com a nova média anunciada, Dilma Rousseff passou a usar o assunto não se sabe se como palanque para 2014 ou para desviar o foco da da mídia para o escândalo 'de plantão' nas hostes petistas, que é o 'Rosegate', dividindo as atenções com o fim do julgamento do 'Mensalão do PT'. Num discurso cheio de demagogia, a presidente quis dar a entender que as empresas que se negaram a aceitar as normas que provocariam o desconto de 20,2% nas contas eram, coincidentemente, de estados governados por tucanos. A presidente Dilma, então, assegurou  que o Tesouro Nacional irá bancar a diferença da tarifa de energia elétrica para que o percentual de queda da conta de luz no próximo ano seja o prometido pelo Governo, apesar da adesão parcial das empresas de geração. Traduzindo: como o Tesouro Nacional não produz dinheiro, caberá ao consumidor, que paga impostos para encher os cofres do Tesouro, bancar a diferença do desconto prometido. É isso mesmo;
  • Acontece que boa parte dos moradores do Estado do Rio de Janeiro, aqueles que são atendidos pela Light, vai ter mais uma 'surpresa'. É que o Governo Federal permitiu que a empresa reajustasse suas tarifas em 12,27%, isso depois de anunciar o tal desconto de 20,2%. Exemplificando melhor, é como se um consumidor pagasse R$ 100,00 por mês, passando em janeiro a pagar, com a redução anunciada por Dilma, sua conta no valor de R$ 79,80. No entanto, com o aumento da tarifa em 12,27%, sua conta de R$ 100,00 passaria a ser no valor de R$ 112,27. Com o desconto de Dilma, em janeiro ele pagaria R$ 89,59, ou seja, R$ 9.79 a mais do que esperava antes do aumento concedido à Light. Mas como o desconto seria de 16,7%, A fatura desse consumidor viria em janeiro no valor se R$ 93,52. Como o Tesouro Nacional vai cobrir a diferença do desconto, que é R$ 3,93, o consumidor da Light, além de um desconto menor que o anunciado ainda vai bancar mais R$ 3,93 através dos impostos que paga;
  • Não é à toa, portanto, que a revista 'The Economist' tenha recomendado a demissão da equipe econômica de Dilma Rousseff, por total incapacidade de gerir as finanças do Brasil, levando a chefe do Executivo mais uma vez a entrar literalmente numa 'furada'.

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