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5 de novembro de 2012

Renan Calheiros voltando a presidir o Senado é mais que um deboche

Senado & Renan: que o povo 'se lixe'
  • Em 11 de outubro de 2007, o site UOL News publicava notícia em que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) anunciava seu afastamento do cargo de presidente do Senado, após mais de 150 dias de crise. Em pronunciamento gravado pela TV Senado, Renan afirmou que "o poder é transitório, enquanto a honra é poder permanente", e que lutaria para provar sua inocência até o fim. Como se recorda, Renan Calheiros ocupou as manchetes da imprensa brasileira em 2007 com o caso que foi chamado de Renangate, com a crise que começou em 25 de maio daquele ano, com a circulação da notícia sobre o pagamento de uma empresa à ex-amante de Renan, jornalista Mônica Veloso, e perdurou até 11 de novembro, quando Renan renunciou à Presidência do Senado;
Mônica recebia uma boa 'ajuda de custo'
  • Vale lembrar que as denúncias começaram com  reportagem de capa da revista 'Veja' naquele ano revelando que a empreiteira Mendes Júnior pagava R$ 12 mil por mês à  amante de Renan, que tivera um filho com ele. Uma série de denúncias mostrou ainda a compra de rádios em Alagoas, em sociedade com João Lyra, em nome de laranjas; o ganho com tráfico de influência, junto à empresa Schincariol, na compra de uma fábrica de refrigerantes, com recompensa milionária; o uso de notas fiscais frias, em nome de empresas fantasmas, para comprovar seus rendimentos; a montagem de um esquema de desvio de dinheiro público em ministérios comandados pelo PMDB; e a montagem de um esquema de espionagem contra senadores da oposição ao governo Lula. Os dados acima estão no site Wikipédia, acrescentando que ao todo, houve seis representações no Conselho de Ética do Senado pedindo a cassação de Renan. Sob pressão do público, Renan desistiu da presidência, embora sem abandonar o mandato;
  • No momento em que a mídia traz diariamente informações sobre uma disputa entre o PT e o PMDB pela presidência da Câmara dos Deputados, com grupos petistas e alguns independentes querendo quebrar um acordo entre os dois partidos que estabelece um rodízio entre ambos segundo o qual as presidências daquela Casa e também do Senado Federal caberiam aos peemedebistas, vemos, num misto de revolta e tristeza, que no Senado não haverá disputa, devendo ser eleito presidente na nossa chama Câmara Alta ninguém menos que o famigerado senador Renan Calheiros. É isso mesmo!. Depois de tudo o que ocorreu há cerca de cinco anos, o Senado 'esquece' tudo é vai colocar Renan Calheiros outra vez na condição de quarto homem na linha sucessória da Presidência da República. Para piorar, tomamos conhecimento de que a presidente Dilma Rousseff não dar um pio sobre a sucessão. Claro. Ele não quer problemas com o principal partido de sua 'base aliada';
  • Estamos a dois anos da eleição para o Senado e eles dão mais uma demonstração da inutilidade daquela Casa Legislativa, sempre às voltas com denúncias de 'malfeitos' tanto da Presidência como de senadores individualmente, dentro e fora do Senado. A coisa por lá é tão gritante, que no mesmo site 'UOL News' existe um vídeo em que um senador pede veementemente a cassação do mandato de Renan Calheiros: o então arauto da moralidade política e dos bons costumes dos políticos, nada menos que o senador recentemente cassado, Demóstenes Torres. É preciso dizer mais? Voltamos a indagar: pra que serve mesmo o Senado?

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