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22 de novembro de 2012

Relator subserviente da CPMI do Cachoeira pode ter relatório rejeitado

  • A posse do ministro Joaquim Barbosa na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) está colocando em segundo plano mais uma maracutaia promovida pelo PT e demais partidos integrantes da 'base aliada' do Governo. Trata-se do contestado relatório da CPMI do Cachoeira, cujo relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), afirmou que ainda poderá “aperfeiçoar” o documento com suas conclusões sobre os seis meses de trabalho da comissão. Após uma série de críticas de vários integrantes da comissão, até mesmo de petistas, a leitura do relatório foi adiada para a próxima semana depois que o relator petista pediu mais tempo para discutir com colegas alterações no texto;
  • “O parecer é meu, mas o relatório é da comissão. Eu quero perseguir um relatório que seja o pensamento da maioria. Sempre é possível aperfeiçoar”, afirmou o Odair Cunha, que não adiantou quais os trechos do documento que poderão vir a sofrer alguma alteração. Alguns parlamentares admitem que o relatório será derrubado, mesmo que realize modificações. O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) afirmou: “Esse relatório não tem uma lógica investigativa, é uma perseguição política. Então, não tem como mudar. Temos que derrubar”. Um grupo de parlamentares ditos independentes entregou nesta quinta-feira ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, uma espécie de relatório paralelo em forma de representação para que o Ministério Público Federal (MPF) aprofunde as investigações de dados que não foram analisados pela CPMI;
  • As maiores críticas ao relatório do deputado Odair Cunha diz respeito à sugestão para que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNPM) investigue se o procurador-geral da República, Roberto Gurgel agiu corretamente no inquérito que deu origem às denúncias, e muito mais pelo fato de ter omitido os nomes dos governadores de Brasília, Agnelo Queiroz (PT), e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), que comprovadamente tiveram, e talvez ainda tenham, ligações com Carlinhos Cachoeira, em especial o carioca, amigo íntimo de Fernando Cavendish, ex-presidente da Construtora Delta. E ainda há a parte que diz respeito ao indiciamento de jornalistas que divulgaram notícias que desagradaram aos aliados do Governo Federal;
  • Em meio a toda essa confusão, fica caracterizado que o relator, um obscuro deputado mineiro, está a serviço da cúpula do PT, principalmente sob ordens de Lula, que foi o incentivador da criação da CPMI que tinha por objetivo ofuscar o julgamento do 'Mensalão do PT', e criando problemas para vários integrantes do PSDB, uma vez que o ex-presidente sempre falava que o mensalão não tinha acontecido. Seja como for, o relatório final ainda tem o mesmo objetivo de vingança com os tucanos, mas a condenação de figurões do PT deixa em maus lençóis o subserviente relator. Vamos ver no que vai dar isso.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/parlamentares-entregam-relatorio-paralelo-da-cpi-do-cachoeira-pgr-6798129#ixzz2CyZjGB9l
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