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16 de outubro de 2012

Política de cotas raciais serve para estimular o racismo

Somos todos iguais? Ou não?
  • Houve tempo em que a discriminação racial era bastante evidente no Brasil, especialmente em relação aos negros, muito por conta de origem deles vinda dos escravos africanos, que vieram para o nosso país com pouco educação, cultura e crendices religiosas muito combatidas pela Igreja Católica. Ao longo dos anos essa discriminação diminuiu consideravelmente, com muitos afrodecendentes se tornando pessoas famosas pelo seu talento e cultura. Nos esportes, Pelé é o maior ícone de todos os negros, famoso não só no Brasil mas em todo o mundo até hoje, mesmo depois de cerca de 40 anos depois de pendurar as chuteiras, tendo sido antes antecedido por Domingos da Guia, Leônidas da Silva e Fausto. Na música, na política, na literatura, muitos alcançaram também sucesso. Hoje, o nome da moda é o de Joaquim Barbosa, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), por sua atuação no julgamento do 'Mensalão do PT';
  • Outro fator que prova a diminuição do racismo no Brasil seria a existência de inúmeros casais de homens negros com mulheres brancas e vice-versa, numa clara demonstração de integração racial. Em décadas passadas, um casas de cores da pele contrastantes era uma aberração. Hoje, isso é mais do que comum. No governo do ex-presidente Lula houve uma incrementação de manifestações em relação aos negros, tendo como ponto principal da política de cotas para negros nas universidades federais, algo que agora está sendo oficializado. Muitos entendem que é desestimulante para um vestibulando obter nota necessária ao seu ingresso numa faculdade e ver sua vaga ser ocupada por alguém com nota menor que a sua com base na cor da pele daquele que o impediu de começar o ingresso num curso superior. Tem muito de populismo nessas medidas, com certeza;
  • Para trazer mais polêmica ao tema, eis que a presidente Dilma Rousseff anuncia a intenção de estabelecer cotas raciais de 30% nas vagas para ingresso no serviço público. Com certeza não são somente os negros que têm problemas para alcançar empregos públicos ou vagas em faculdades. Se eles tiveram dificuldades para se prepararem melhor para os vestibulares, também existem brancos com os mesmos problemas. Tudo vem da má qualidade do ensino básico. Quando o Governo vai proporcionar a todos uma educação de qualidade, seja para negros ou brancos? Quais os planos para a melhoria do ensino para todas as raças? Essas medidas servem muito mais para acirrar o racismo, mesmo que indiretamente através daqueles que perdem suas vagas em faculdades para um negro com noto inferior à sua. O mesmo vai ocorrer em relação aos cargos públicos. Brancos, negros ou pardos querem e podem ter formação superior e emprego público, desde que o Governo se preocupe com a qualidade do ensino e não com a cor da pele de quem quer que seja.

3 comentários:

  1. Cara, o racismo acontece ainda fortemente. E casais interraciais não provam nada. Homem e mulher podem se apaixonar, e isso não vai diminuir o risco de um negro ser chamado de tizil,de ser visto como inferior e de ser preterido em ofertas de emprego e menos ainda de cair na pobreza. Estudar a história, a trajetória dos negros nesse país ajudaria muito a não ter que ler argumentos rasos de gente classista,preconceituosa e egoísta!

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  2. Ah, só uma coisa, o racismo já existe nas pessoas. Só está lá, esperando que algo o faça aparecer. A prova disso é a própria cota e os argumentos que nele contém. Se isso estimula racismo dessa forma mágica, vou crer que seres humanos são mais desprezíveis do que eu pensava e realmente preconceito é algo natural. E não é por obra e graça que Joaquim Barbosa está lá. Nem todos tiveram a mesma chance que ele. Ele não é o imperador dos negros, não é toda a comunidade negra. De vez em quando, alguém que faz parte de um grupo vulnerável chega no topo. De vez em quando...Mas, isso não é significativo. Nem todos e nem mesmo a maior parte deles se deu tão bem quanto o Joaquim.

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