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16 de setembro de 2012

Ministério da Saúde desperdiça 55 mil bolsas de plasma sanguíneo

Governo desperdiça 55 mil dessas aí
  • A intensidade do noticiário sobre o julgamento do 'Mensalão do PT' juntamente com a campanha eleitoral se aproximando das eleições de 7 de outubro faz com que determinados fatos não tenham a divulgação que mereceria. Aos domingos muita gente ligada à Administração Pública, nas três esferas, acorda sobressaltada com denúncias que são publicadas nas revistas semanais, principalmente na 'Veja' e na 'Época'. O que sai na revista 'IstoÉ' não repercute como nas demais, mas a revista também publica alguns 'malfeitos' que não recebem o mesmo tipo de comentários como acontece quando as outras duas publicam deslises, principalmente praticados por integrantes do Governo Federal. Na edição do dia 5 deste mês, a revista 'IstoÉ' publicou algo estarrecedor, digno de uma ampla investigação, mas que não mereceu nenhum destaque na mídia;
  • Na página 40, 'IstoÉ' destaca: "Como o Governo deixou estragar 55 mil bolsas de sangue". E diz mais: "Descaso, incompetência administrativa e suspeita de um novo esquema de corrupção fizeram com que o Ministério da Saúde não desse uso de 13,7 mil litros de plasma sanguíneo avaliados em US$ 1,6 milhão", esclarecendo que três ministros esconderam o desperdício, apontando Humberto Costa Costa, José Gomes Temporão e o atual titular da pasta, Alexrande Padilha, como responsáveis pelo sangue jogado fora, contradizendo os milhões de reais que o Governo Federal gasta anualmente em campanhas de incentivo à doação de sangue;
  • A matéria da 'IstoÉ' esclarece que boa parte das doações é industrializada fora do País, retornando como hemoderivados, que são medicamentos essenciais no tratamento de hemofílicos. O plasma sanguíneo é a matéria-prima para a produção do medicamento e o litro dela chega a custar 120 dólares no mercado internacional, mesmo valor de um barril de petróleo. Osa 55 mil litros de que a revista fala estão escondidos num depósito do Ministério da Saúde, em Brasília, trancados a 50 graus negativos numa câmara frigorífica, vigiados por seguranças armados, com a validade vencida há cerca de nada menos que cinco anos. A denúncia é muito séria, porque o material pode ter até provocado mortes pela sua falta em hemocentros e bancos de sangue espalhados pelo Brasil;
  • Tudo começou na gestão de Humberto Costa, do PT, quando as 55 mil bolsas de plasma não foram utilizadas. Quando José Gomes Temporão, que era do PMDB e agora está no PSB, assumiu o ministério, foi contratado um laboratório francês, cujo contrato demorou a ser assinado por exigências da empresa e depois de dois anos o material perdeu a sua validade. O ministro atual, Alexandre Padilha, do PT nada fez até agora. Diz a reportagem de 'IstoÉ' que o Ministério Público Federal está apurando a denúncia. Isso é pouco. Há necessidade de que a 'imprensa golpista', como chamam os governistas passe a apurar a denúncia da revista, pois a ação do Ministério da Saúde neste caso está envolvendo possível perda de vidas humanas.

Um comentário:

  1. Assim como o sangue, tudo errado politicamente é que estamos sofrendo essa TREMENDA CATASTROFE que se tornou a saúde em todas as esferas do governo.Sinto uma vergonha tremenda, pois somos nós brasileiros que estamos diretamente envolvidos colocando esses homens, que se dizem governantes, nesta roda que gira como se fosse uma roleta russa-sendo sempre os mesmos- e o alvo somos nós mesmos. Infelizemnte!

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