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12 de setembro de 2012

Massacre de nilopolitanos comprova: UPPs são como 'cobertor curto'

  • É até certo irônico ver a cara 'triste' do governador Sérgio Cabral ao ser entrevistado sobre a morte dos seis jovens de Nilópolis (RJ), que é atribuída a traficantes instalados no bairro da Chatuba, no vizinho Município de Mesquita. Agora, depois da repercussão da tragédia que traumatizou o país inteiro, o Governo do Estado, através da Secretaria de Segurança, invade a área e coloca mais de 100 policiais à caça dos matadores dos jovens. Por duas vezes (em 21 de novembro de 2010 e em 29 de julho de 2011), esse Blog chamou a atenção para o fato de que a instalação de Unidades de Polícia Pacificado, as UPPs, eram uma espécie de 'cobertor curto', uma vez que os traficantes eram avisados da data do início das atividades na comunidade, dando tempo para que os traficantes pudessem sair do local sem problemas e certamente se instalarem em outro locais ainda não pacificados. Isso pode ser lido em duas postagens feitas respectivamente;
  • Muita gente ainda se lembra de quando Sérgio Cabral foi visitar a Região Serrana depois das enchentes que mataram mais de 900 pessoas - contagem oficial, pois os moradores contabilizam milhares de desaparecidos -, acompanhando a presidente Dilma Rousseff, depois de voltar às pressas de mais uma de suas viagens a Paris, dessa vez sem nenhum guardanapo na cabeça. Ele fazia cara de choro, como se nenhuma responsabilidade o Estado tivesse, pois enchentes nunca foram novidade naquela região fluminense. Agora, diante da tragédia dos jovens de Nilópolis, ele repete a cena sem demonstrar, no entanto, que muita responsabilidade tem com o acontecido, pois é lógico que os traficantes saindo de onde são festivamente instaladas as UPPs não irão 'fechar as portas' dos seus 'estabelecimentos', procurando espaço para se reinstalarem. Sendo dessa forma, espera-se que o triste sacrifício daqueles jovens sirvam para que o Governo do Estado tome realmente providências para que tragédias como a de agora não se repitam.

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