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25 de maio de 2012

Terça-feira é dia da CPMI mostrar ao que veio

  • Na próxima terça-feira a opinião pública brasileira terá oportunidade para saber se a CPMI do Cachoeira tem alguma possibilidade de ser levada a sério. É que naquele dia deve acontecer a votação dos requerimentos que pedem a quebra dos sigilos bancário e fiscal das contas nacionais da Delta Construções. Nesta quinta-feira, a comissão chegou a ameaçar votar os requerimentos, mas uma espécie de 'acordão' do PT, do PSDB e do PMDB fez com que a sessão fosse adiada para a próxima semana. Já é algo aparentemente positivo, uma vez que os requerimentos de quebra de sigilo da Delta estavam com a votação marcada para o dia 5 de junho. Mas existe uma expectativa maior, porque na terça-feira também devem ser votados os requerimentos que solicitam a convocação dos governadores Marconi Perillo (PSDB-GO), Agnelo Queiroz (PT-DF) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ);
  • A dúvida fica por conta do esforço dos parlamentares dos três partidos que fizeram o tal 'acordão' demonstraram que estavam interessados era em evitar que governadores de seus partidos compareçam à CPMI, porque com certeza ficarão comprovadas as ligações dos três, através da Delta, com as atividades e influência de Carlinhos Cachoeira junto aos governos dos três estados, e, pior ainda, com risco de aparecer alguns 'respingos' das atividades do 'empresário da contravenção' junto ao Governo Federal, o que deixaria a presidente Dilma Rousseff em má situação. Afinal, são cerca de R$ 4 bilhões de contratos de obras do PAC, que podem conter algumas irregularidades, como as muitas encontradas em contratos de governos estaduais e municipais firmados com a Delta. As ligações do governador Sérgio Cabral com o ex-presidente da construtora, Fernando Cavendish, também despertam curiosidade, pois os contratos daquela empresa com o RJ chegam perto de R$ 1 bilhão e 500 mil;
  • Agora, é esperar até terça-feira para sabermos se a CPMI é mesmo para investigar a relação de Carlinhos Cachoeira com políticos e empresários, ou se a mesma não passa de um 'palanque' para que deputados e senadores se utilizem da mídia para 'jogarem para a arquibancada'. Na verdade, eles têm uma excelente oportunidade, isto sim, para começarem a procurar afastar da política nacional esses tipos de atividades notoriamente de corrupção.

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