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6 de janeiro de 2012

Mais um na marca do pênalti

Trancrevo a seguir comentário do jornalista Carlos Chagas, ilustrando-o com excelente charge de SponHolz, por ser um tema bastante atual


'Farinha pouca? Meu pirão primeiro'

  • De novo em Brasília, apesar de só voltar ao palácio do Planalto segunda-feira, a presidente Dilma poderá ter incluído mais um nome em sua lista de possíveis ministros substituíveis na reforma prevista para este mês. É o titular da Integração Nacional, Fernando Bezerra, que fez a emenda ficar pior do que o  soneto, esta semana. Flagrado por haver destinado a Pernambuco 90% da verba liberada cujo destino era prevenir e recuperar cidades atingidas por enchentes, o ministro rebateu mas chutou contra sua própria meta e fez o gol. Declarou que não poderia discriminar seu estado natal só porque nasceu lá, quando na realidade não discriminou, mas privilegiou. Disse mais que agiu assim porque os projetos das cidades  pernambucanas  foram bem feitos, ao contrário das similares de outros estados. Com luvas de pelica, o governador de Minas, Antônio Anastásia, não reagiu. Nem Sérgio Cabral, do Rio. Mas deveriam, porque cidades  mineiras e fluminenses sofreram muito mais e continuam à míngua, em matéria de recursos. 
  • Ninguém sabe o que se passa na cabeça da presidente Dilma, em termos de mudanças no ministério, exceção das iniciativas óbvias que precisará tomar, como designar o  novo  ministro da Ciência e Tecnologia, com o deslocamento de Aloísio Mercadante para a Educação, dado o pedido de exoneração de Fernando Haddad para candidatar-se à prefeitura de São Paulo. Mais a designação do novo ministro do Trabalho, ocupado por um interino desde a queda de Carlos Lupi. Admite-se, ainda, a substituição de Mário Negromonte, das Cidades. Só para ficar na linguagem do futebol, porém, a verdade é que Fernando Bezerra encontra-se na marca do pênalti. E não como batedor.

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