“Eu não sairei do ministério enquanto não estiver provado, comprovado. Para me tirar só
abatido à bala", afirmou o ministro Carlos Lupi nesta
terça-feira, na primeira entrevista coletiva após as acusações de cobrança de
propina no Ministério do Trabalho. Lupi foi incisivo ao declarar que não sairá do cargo até que se comprove as supostas
irregularidades contra ele e servidores da pasta. Ele também deixou claro que tem apoio da presidente Dilma Rousseff para se manter
no cargo, a quem conhece há 30 anos. "Duvido que a Dilma me tire, ela
me conhece muito bem. Não aceito que joguem na lama o PDT.", disse o ministro em tom exaltado, desafiando que comprovem, com nomes e
sobrenomes, as acusações de cobrança de propinas. E enfatizou: “Eu desafio aparecer o
nome de Carlos Alberto Lupi em qualquer ato de corrupção”, afirmando que também se colocou à disposição dos parlamentares para ir ao
Congresso Nacional e até mesmo à revista 'Veja' para explicar que nem
ele nem o partido tem relação com as acusações;
O ministro disse ter recebido da presidente Dilma a orientação de
continuar trabalhando e se defendendo das acusações. "A presidente disse
para eu tocar o barco, até porque não há nenhuma acusação que me atinja
diretamente", disse ele depois de ter conversado
com a presidente na segunda-feira. Segundo ele, ao ser questionado pela presidente se lutaria até o fim,
Lupi sentenciou: “Vou lutar até o último minuto da minha vida até ver isso devidamente esclarecido”. Ao lado de Lupi, o líder do PDT na Câmara dos Deputados, Giovanni
Queiroz (PDT-PA), afirmou que se o ministro for afastado do cargo, a
legenda deixará o governo federal. “O ministro Lupi não tem substituto. Se sair o ministro Lupi, sai o PDT do governo”,
disse o líder pedetista na entrevista coletiva ao lado ministro. “Não é uma ameaça. Não
temos o que ameaçar. O partido não vê a queda do Lupi por corrupção. Por
isso, não há razão nenhuma para ele ser pressionado pelo partido”,
completou;
Parece que Carlos Lupi está querendo provar que faz parte da 'Ordem dos Cascos Duros', cujo grande guru é o ex-presidente Lula, tal a veemência com que afirma que não cairá por causa das denúncias de que ONGs estariam sendo forçadas a pagar 'pedágio' para terem recursos liberados no objetivo de executarem programas aprovados pelo Ministério do Trabalho. No entanto, outro ponto a ser observado é a declaração do deputado Giovanni Queiroz de que em caso de queda de Lupi o PDT não continuaria fazendo parte do Governo. Aí já seria uma novidade, pois o que se tem visto é ministro caindo porém coma respectiva pasta continuando como uma espécie de capitania hereditária do partido a que pertencia o ministro responsável pelos 'malfeitos' denunciados e comprovados e que deveriam ter sido evitados, mas que não foram observados pelo mesmo, numa comprovação de no mínino má gestão;
Mas as palavras de Lupi poderão se perder no espaço, pois os outros ministros que caíram também fizeram veementes defesas de suas honras, mas foram convidados a 'pedir para sair'. Carlos Lupi ainda tem muita coisa para informar e esclarecer e talvez haja economia de balas de abater ministros.
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