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24 de setembro de 2011

Gazeteiros da CCJ também desviam dinheiro público

A cada semana torna-se mais evidente a desmoralização da classe política no Brasil. Já tivemos os casos da 'farra aérea', com deputados e senadores utilizando sua cotas de passagens (absurdas, por sinal) em favor de parentes e amigos - cabos eleitorais, com certeza -, utilização da verba indenizatória para fins pessoais e não em função do exercício do cargo, aumentos de subsídios em índices elevados, além de toda as mordomias a que têm direito, culminando com o uso das verbas de gabinete nomeando parentes que servem apenas para os dignos representantes do povo botarem mais 'algum dindim' nas suas contas bancárias. Junte-se a tudo isso o fato de que deputados federais e senadores da República trabalham de dois a três dias por semana, se é que se pode chamar de trabalho aquilo que eles fazem, ou seja, nada;

O que mais se vê são os plenários tanto da Câmara dos Deputados como do Senado Federal quase sempre às moscas, além de muito pouco votarem. Há muito tempo que os integrantes das duas casas legislativas brasileiras estão fazendo número no cenário político nacional. Junte-se a isso o fato de que o Poder Executivo pouca importância dá ao Legislativo, baixando as leis de seu interesse através de Medidas Provisórias. De quase nada servem Câmara e Senado. Com o Governo comprando uma maioria através de liberação das famigeradas emendas parlamentares ao Orçamento Geral da União, o Congresso Nacional legitima qualquer coisa que lá chegue e que seja de interesse do Governo Federal;

Quando não havia mais nada de esdrúxulo para acontecer, surge na imprensa uma ampla divulgação de uma sessão do Conselho de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, com apenas dois deputados na sala de reuniões da mais importante Comissão Permanente da Câmara, 118 projetos foram votados em uma sessão que durou três minutos. Um deputado, 3° Vice-Presidente da CCJ, e mais um em plenário, 'votaram' e aprovaram projetos que deverão se transformar em leis, algumas delas talvez de elevado interesse dos cidadãos. O grande agravante é que a tal 'reuniao' foi possível porque nada menos que 34 membros da CCJ assinaram o livro de presenças e em seguida se retiraram do recinto, legitimando a sessão. Isso quer dizer que mentiram descaradamente e fingiram estar trabalhando, algo para o que são regiamente remunerados pelos cofres públicos;

Essa prática de reuniões 'fantasmas' é legalizada pelo Regimento Interno das casas legislativas e não é a primeira vez que acontece. Na  verdade, o que os gazeteiros fizeram não é nada diferente dos 'malfeitos' praticados pelos ministro de Dilma Rousseff que depois de descobertos e denunciados acabaram perdendo seus cargos. É preciso que o povo preste bem atenção no que fazem seus representantes, banindo-os da vida pública através na melhor arma que possui: o voto. Cabe a cada um de nós começar a fazer uma 'faxina', começando no ano que vem, em todo o País, observando o que fazem os vereadores de cada cidade, não reelegendo aqueles que nada fazem, principalmente os que estejam enganando seus eleitores com jogadas do tipo da agora denunciada. Cabe a cada um de nós expurgá-los. Os gazeteiros foram esses:

Titulares:


  1. Anthony Garotinho (PR-RJ)
  2. Antonio Bulhões (PRB-SP)
  3. Bonifácio de Andrada (PSDB-MG)
  4. Brizola Neto (PDT-RJ)
  5. Delegado Protógenes (PCdoB-SP)
  6. Dimas Fabiano (PP-MG)
  7. Dr. Grilo (PSL-MG)
  8. Edson Silva (PSB-CE)
  9. Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
  10. Efraim Filho (DEM-PB)
  11. Fábio Ramalho (PV-MG)
  12. Fabio Trad (PMDB-MS)
  13. Félix Mendonça Júnior (PDT-BA)
  14. Jilmar Tatto (PT-SP)
  15. João Paulo Lima (PT-PE)
  16. Marçal Filho (PMDB-MS)
  17. Marcos Medrado (PDT-BA)
  18. Maurício Quintella Lessa (PR-AL)
  19. Mauro Benevides (PMDB-CE)
  20. Nelson Pellegrino (PT-BA)
  21. Odair Cunha (PT-MG)
  22. Roberto Freire (PPS-SP)
  23. Ronaldo Fonseca (PR-DF)
  24. Valtenir Pereira (PSB-MT)
Suplentes:
  1. Alexandre Leite (DEM-SP)
  2. Assis Carvalho (PT-PI)
  3. Cida Borghetti (PP-PR)
  4. Hugo Leal (PSC-RJ)
  5. João Lyra (PTB-AL)
  6. José Carlos Araújo (PDT-BA)
  7. Leandro Vilela (PMDB-GO)
  8. Pedro Uczai (PT-SC)
  9. Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA)

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