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5 de agosto de 2011

Novo ministro da Defesa esquedista desagrada os militares

Lula e Celso Amorim com Chávez
Nos últimos anos o ex-ministro da Defesa, o  gaúcho Nelson Jobim, entrou para a História do Brasil como alguém que teve grande influência nos três Poderes da República. Foi deputado federal na Assembleia Constituinte Federal, ministro do Supremo Tribunal Federal e ministro da Justiça no governos de Fernando Henrique e ministro da Defesa de Lula e Dilma Rousseff. Recentemente Jobim passou a disparar declarações que sempre atingiam o Governo Federal do qual participava. Houve quem estranhasse, mas parece que ele estava 'pedindo pra sair'. Teria ele enjoado do poder? Pode ser;

Mas tudo indica que existe algum motivo secreto para que provocasse a exoneração de Jobim a pedido (de quem?). Há quem diga que por trás disso tudo existe um desejo de Nelson Jobim de concorrer à sucessão de Dilma em 2014. Embora sendo do PMDB, essa hipótese só seria viável por uma outra legenda. Afinal, o peemedebista Milton Temer é o vice-presidente da República. Dilma Rousseff não aguentou tanta declaração de Jobim que, segundo se informa, chamou Jobim em seu gabinete e disse que ele 'pedisse pra sair' do Governo. Para não criar polêmica, Dilma declarou: "Eu reconheço o trabalho que ele deu ao país. Infelizmente, nós esgotamos uma etapa e, por isso, passamos e viramos a página". E imediatamente convidou o ex-ministro da Relações Exteriores de Lula, diplomata Celso Amorim, para substituir Jobim;

Ainda tentando por panos quentes na crise, Dilma justificou a nomeação do ex-titular do Itamaraty afirmando: "Tenho certeza de que ele vai prosseguir no trabalho importante realizado pelo ex-ministro Jobim e vai acrescentar um reforço especial, na medida em que a gente sempre tem que melhorar. A gente não pode nunca se contentar com o que conquistou". Acontece que entre os militares das três Forças que integram o Ministério da Defesa a nomeação de Amorim não caiu muito bem em face de suas tendências fortemente esquerdistas demonstradas quando foi chanceler no governo de Lula, sempre apoiando os irmãos Castro, de Cuba, o estabanado Hugo Chávez,e, pior ainda, ao presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, cuja eleição foi contestada em quase todo o mundo. Sua atuação no Itamarati teve o momento mais marcante no caso de Honduras-Zelaia, com retumbante fracasso;

Os tempos de hoje são outros, mas nunca é bom desagradar aos militares, principalmente tentando, como subordinados, impor a eles ideias partidárias. Isso nunca acabou bem. Para não caracterizar insubordinação, diversos militares de alta patente já andaram falando em 'off' que não gostaram de ter Celso Amorim como seu chefe. Não dá para se pensar hoje em dia em intervenção militar no Brasil, mas é sempre bom não abusar. Quando a caserna fica nervosa sempre pode acontecer alguma coisa desagradável.

Um comentário:

  1. "Uma nação que confia mais nos seus direitos do que nos seus soldados, engana a si mesma e prepara a própria escravidão."

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