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14 de abril de 2011

PSD é um novo partido ou um ninho de adesistas?

Kassab vibra com seu novo PSD
Após as eleições de 2006, dos novos 513 deputados federais eleitos, mais de 100 trocaram de partido antes da própria posse, bandeando-se para partidos da "base aliada" de apoio ao presidente Lula, reeleito naquela oportunidade para mais um mandato. Agora, muitos querem a tal de "lista fechada" para que o eleitor não vote mais em alguém mas sim num partido. Muitos dos milhões de elitores dos deputados federais adesistas talvez tenham votado neles exatamente por se identificarem com o programa do partido pelo qual concorriam. Poucos, é claro. Já outros votaram nos federais que estavam inscritos por legendas partidárias que seriam de oposição ao Governo. Todos foram traídos pelos deputados do tipo "fita Durex", totalmente aderentes;

Eis que surge agora o prefeito Gilberto Kassab, de São Paulo, alçado de repente à condição de líder nacional criando o Partido Social Democrático (PSD), nome e sigla de partido histórico do Brasil recente, onde pontificava o nome de Juscelino Kubitschek, considerado por muitos um dos maiores presidentes que o Brasil já teve, o construtor de Brasília, cidade considerada como Patrimônio da Humanidade. Teve um marqueteiro maluco, metido a guru, que induziu Kassab a adotar o nome político de Jilberto Kassab e consequentemente o apelido de JK, como era conhecido o antigo presidente;

O partido de Kassab surge com a adesão de nada menos 32 deputados federais, dois senadores, cinco vice-governadores, além de deputados estaduais, prefeitos e vereadores. Entre os deputados federais, 11 são do DEM; 6, do PP; 3, do PPS; 3, do PMN, e os demais de vários partidos. Apenas um do PMDB aderiu ao PSD, mas o partido já é governista. O prefeito Kassab foi enfático quando lançou a ideia da criação do novo partifo, deixando bem claro que não seria um partido de oposição, mas sim de apoio ao Governo Dilma, sempre "no interesse da nação". Esse mesmo "interesse" serviu de justificativa para que inúmeros familiares de Lula recebessem passaporte diplomático ilegal nos últimos dias do governo passado;

O que se aguarda é a confirmação de que o PSD foi criado servir de trampolim para uma futura fusão com um dos partidos da "base aliada", burlando a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre fidelidade partidária, que pune com a perda do mandato quem troque de partido, a não ser em caso de adesão a uma nova agremiação partidária, ou no caso de fusão entre duas ou mais siglas. Dizem que o PP é que seria a base desse trampolim adesista. Seja lá o que for, o novo PSD é mais uma prova de que a grande maioria dos políticos não sabe viver longe de quem tem a caneta que nomeia e a que assina cheques relativos aos grande orçamentos de ministérios e seus órgãos subordinados e das estatais;

Coo sempre diz o jornalista Boris Casoy, "Isto é uma vergonha"!

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