-

30 de dezembro de 2010

Entendendo como vai ser o Governo Dilma

Alguém me mandou um e-mail com a história a seguir. Nela, uma demonstração do que deve ser o Governo que se inicia no próximo dia 1º:

Navegando há vários meses sem que os marujos tomassem banho ou trocassem de roupas, o que não era novidade na Marinha Mercante Brasileira no início da era Loyd, o navio fedia. O Capitão chama seu Imediato:

- Seu Silva, o navio fede. Mande os homens trocarem de roupa!

- Sim senhor!

Silva reúne seus homens e diz:

- O Capitão está se queixando do fedor a bordo e manda todos trocarem de roupa. José troque a camisa com João. João troque a sua com Pedro. Pedro troque a sua com Alfredo. Alfredo troque a sua com Frederico...

E assim prosseguiu. Quando todos tinham feito as devidas trocas, ele retorna ao Capitão e diz:

- Senhor, todos já trocaram de roupa.

O Capitão, visivelmente aliviado, manda prosseguir a viagem.

Você acaba de entender exatamente o que será o Brasil no próximo governo (Dilma).

28 de dezembro de 2010

O mundo é dos brasileiros

É incrível como brasileiros se espalham pelo mundo. Nas competições desportivas, nas mais variadas modalidades, sempre há a presença de torcedores brasileiros nos estádios, ginásios e pistas. Este blog trata preferencialmente de política e é certo que é lido por quem se interessa pelo assunto. Como o Blogger informa em que país um blog é acessado, causa espanto que tenhamos identificado uma lista de 52 países (vide abaixo), além do Brasil, nos quais alguém andou lendo as postagens aqui realizadas. Ficamos surpresos, pois inacreditavelmente há também uma vasta variedade de continentes. Sendo assim, por mais que essa constatação seja motivo de orgulho, fica configurado que deve-se sempre haver cuidado com aquilo que se escreve.Teremos sempre esse cuidado aqui.

Muito grato a todos pelo privilégio da leitura.

Feliz Ano Novo!

Eis a listagem:
África do Sul
Alemanha
Angola
Argentina
Austrália
Áustria
Azerbaijão
Bolívia
Bulgária
Burundi
Canadá
Chile
Coreia do Sul
Costa do Marfim
Croácia
Dinamarca
Emirados Árabes Unidos
Eslovênia
Espanha
Estados Unidos
Finlândia
França
Guatemala
Haiti
Holanda
Hong Kong
Indonésia
Inglaterra
Irlanda
Israel
Itália
Japão
Letônia
Luxemburgo
Marrocos
México
Moçambique
Moldávia
Nicarágua
Nigéria
Noruega
Nova Zelândia
Panamá
Peru
Polônia
Portugal
Romênia
Rússia
Suécia
Suíça
Turquia

23 de dezembro de 2010

Bispo recusa comenda e constrange senadores

Bispo recusou comenda e criticou aumento dos parlamentares
  • Nesta época do ano dá vontade de pararmos com as críticas levando em conta o espírito de Natal, principalmente no que diz respeito à confraternização entre as pessoas, coisa que deveria ocorrer todos os dias mas que se acentua nessa ocasião. Tratando-se dos políticos, é melhor nos esquecermos deles por enquanto. Porém, não dá para ignorar o grande momento vivido esta semana, quando o bispo Manuel Edmilson Cruz, de Limoeiro do Norte, cidade tradicional do Ceará, baixou o porrete nos parlamentares brasileiros, em solenidade no plenário do Senado Federal, que terminou em constrangimento para os "representantes do povo" que ali estavam. Em protesto contra o reajuste de 61,8% concedido a deputados e senadores na semana passada, o bispo, recusou-se a receber a Comenda dos Direitos Humanos Dom Hélder Câmara;
  • Dom Edmilson Cruz, em seu discurso, destacou a realidade da população mais carente, que é obrigada a enfrentar as filas dos hospitais da rede pública, afirmando: “Não são raros os casos de pacientes que morreram de tanto esperar o tratamento de doença grave, por exemplo, de câncer, marcado para um e até para dois anos após a consulta”. Ao recusar a comenda, ele foi taxativo: “A comenda hoje outorgada não representa a pessoa do cearense maior que foi dom Hélder Câmara. Desfigura-a, porém. De seguro, sem ressentimentos e agindo por amor e com respeito a todos os senhores e senhoras, pelos quais oro todos os dias, só me resta uma atitude: recusá-la”. Nesse momento, quando a sessão era presidida por Inácio Arruda (PCdoB-CE), autor da homenagem, o público aplaudiu a decisão;
  • Após a recusa, o bispo cearense acrescentou que a atitude dos parlamentares de aumentarem seus próprios rendimentos em tão elevado percentual "é um atentado, uma afronta ao povo brasileiro, ao cidadão contribuinte para o bem de todos com o suor de seu rosto e a dignidade de seu trabalho”. Ele acrescentou que o reajuste dos parlamentares deve guardar sempre a mesma proporção que o aumento do salário mínimo e o da aposentadoria. Diante da situação criada, o senador José Nery (PSOL-PA) cumprimentou o bispo pela atitude considerada “coerente” com o que pensa, e afirmou: “Entendemos o gesto, o grito e a exigência de dom Edmilson Cruz que, em sua fala, diz que veio aqui, mas recusará a comenda. Também exige que o Congresso Nacional reavalie a decisão que tomou em relação ao salário de seus parlamentares”, acrescentou o senador paraense;
  • Aí está o fato, sem dúvida um dos melhores momentos vividos naquela mais que inútil Casa Legislativa.


FELIZ NATAL PARA TODOS!

18 de dezembro de 2010

Haja cartão corporativo!


Às vezes dá desânimo para se criticar o que fazem os políticos em total desprezo para com aqueles que os elegem e ainda pagam seus altos salários e bancam todas as mordomias, assunto maior desta semana em que deputados e senadores aumentaram seus ganhos mensais numa velocidade que não é comum no Congresso Nacional, em especial se for o caso de algum projeto em benefício de seus patrões, ou seja, o povo. Hoje, o site do jornalista Claudio Humberto nos traz essas "belas" informações que nos dão bem uma ideia do fato de Lula nunca reclamar de seu baixo salário em comparação com os dos demais agentes públicos, fato agora "corrigido" para a próxima legislatura:


Cartões corporativos: governo Lula torrou R$ 350 milhões


Desde 1º de janeiro de 2003 e até o final de outubro deste ano, o governo Lula gastou R$ 350 milhões com cartões corporativos. Em 2010 a conta já ultrapassa R$ 71 milhões, segundo dados do Portal da Transparência. Só a Presidência da República consumiu quase R$ 16 milhões com cartões, este ano, em gastos “sigilosos”. Em 2007 (R$ 76 milhões) e 2010, o governo gastou mais R$ 70 milhões com cartões.

R$ 215 mil por dia


A média diária de gastos do governo com cartões corporativos em 2010 é de R$ 215 mil, o dobro da média dos últimos oito anos (R$ 111 mil).

Meses de campanha


Em abril, a conta dos cartões corporativos do governo Lula totalizava R$ 11 milhões. Até novembro, o total pulou para R$ 71 milhões.

Lula I x Lula II


Durante o primeiro mandato de Lula, cartões corporativos nos custaram R$ 78,4 milhões. No segundo mandato, triplicou: R$ 267 milhões.

Parece-nos que não há nada a se comentar mas é para se lamentar. E ainda há um detalhe interessante. As despesas pessoais de Lula e seus familiares não podem ser fiscalizadas, por "razões de segurança". De quem? Quem não não tem segurança somos nós que não ficamos sabendo como é gasto o dinheiro dos nossos impostos. Nós pagamos até o botox de dona Marisa, mas não podemos ter sequer uma confirmação dessa "nossa" despesa.

16 de dezembro de 2010

Parlamentares: muito aumento e pouco trabalho

Parlamentares aumentam seus salários mas não largam mordomias
Como quase sempre acontece, o plenário do Senado Federal aprovou na noite desta quarta-feira (15) a elevação para R$ 26.700,00 do salário dos parlamentares, do Presidente da República, do Vice e dos ministros de estado a partir de 1º de fevereiro de 2011. Esse valor é igual à remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Por se tratar de Decreto Legislativo, a proposta não precisa passar pela sanção do Presidente da República, entrando em vigor quando for publicada. Trata-se de um aumento e tanto, porque os deputados e senadores terão um reajuste de 61,8%. Eles recebem atualmente R$ 16,5 mil. No caso do presidente da República e do vice, o aumento será de 133,9%, uma vez que o presidente recebe R$ 11.400,00. O aumento dos ministros será maior ainda, pois eles ganham atualmente R$ 10.700,00;

Além do novo valor mensal, os parlamentares também recebem auxílio de passagem aérea, que varia de R$ 8 mil a R$ 14 mil por mês; cota postal telefônica de R$ 4.265,00; auxílio moradia de R$ 3 mil; verba de gabinete de R$ 50 mil; e verba indenizatória de R$ 15 mil.Mas não nisso aí. Cada parlamentar receberá o no valor 15 vezes ao ano, visto que, além do 13º salário, eles recebem outras duas vezes, uma no início e outra no final do ano, a título de ajuda de custo;

Os salários dos ministros do STF serviram apenas como parâmetro, pois embora o valor seja o mesmo, os salários reajustados não serão equiparados com os ministros do Supremo. Para isso é necessário que se aprove uma emenda constitucional. Uma proposta em tramitação no Congresso eleva os salários dos ministros do STF para R$ 30,6 mil, mas ainda não há perspectiva de votação Não haverá, portanto, vinculação e os salários do Legislativo e do Executivo não subirão necessariamente junto com os do Judiciário;

Não resta dúvida de que parlamentares, ministros e o Presidente da República têm que receber remuneração condigna com os cargos exercem. Não se justifica a discrepância até então existente. É até justo que haja uma equiparação em face da importância dos cargos exercidos. No entanto, o caso dos parlamentares, os valores são por demais exagerados, pois no exercício exato de suas funções, eles comparecem ao local de trabalho em somente três dias da semana. Além disso, há mordomias tantas que eles se aproximam de um gasto mensal de aproximadamente R$ 100 mil. Também no Executivo e no Judiciário existem outros ganhos além dos vencimentos que aumentam em muito as despesas com os beneficiados. E ainda existe o famigerado cartão corporativo, que no caso da Presidência da República não tem nenhum controle, sob a alegação de "medida de segurança";

Cabe a nós cidadãos e eleitores exigir que os senhores deputados e senadores trabalhem mais, diminuam suas mordomias porque dispõe de elevado salário, mas que, acima de tudo, muitos deles deixem de uma vez por todas de receber "horas extras" através principalmente do desvio de recursos públicos. Isso também diz respeito aos poderes Executivo e Judiciário.

14 de dezembro de 2010

Lula lamenta o fim da CPMF, mas mente sobre seu uso

O povo rejeitou a CPMF
No auge de sua saúde, o ditador Fidel Castro se notabilizou por fazer discursos com até sete horas de duração, diante de uma multidão de cubanos ouvindo e aplaudindo. Nos últimos oito anos tivemos por aqui um reconhecido fã de Fidel que procurava imitá-lo, mas de modo parcelado. Lula fazia também discursos, talvez até totalizando mais do que as sete horas do cubano, porém falando muitas vezes ao dia em locais os mais variados. Na maioria das ocasiões Lula falava de improviso, certamente deixando seus assessores imediatos arrepiados, pois certas declarações poderiam ter resultados desastrosos, além de muitas vezes se utilizar de palavreado mais adequados para um botequim do que para a plateia à qual se dirigia;

Faltando poucos dias para deixar o cargo, Lula tem aproveitado para dar seus últimos recados, mas sem perder a oportunidade de dizer coisas que não representam a verdade, mas com uma plateia sempre pronta para aplaudi-lo. Em seu mais recente pronunciamento Lula se disse magoado com o fim da CPMF, a famigerada e rejeitada Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, que de provisória não tinha nada, pis já vigorava havia cerca de dez anos. Lula confessou-se magoado com a rejeição da prorrogação da CPMF pelo Senado em dezembro de de 2007, que atendeu ao clamor da opinião pública que tinha cerca de 85% de contrários à contribuição. Para Lula "a oposição no Senado agiu com ódio, rancor e maldade";

Mas o "chute" de Lula no discurso aconteceu na declaração de que a extinção da CPMF fez com que cerca de R$ 150 bilhões tenham deixado de ser aplicados na Saúde, pois esse seria o valor a ser arrecadado nos últimos três anos se a contribuição não tivesse sido extinta. Aí está a grande mentira de Lula, pois sabe-se que a principal causa do fim da CPMF foi exatamente por seus recursos não eram aplicados na área da Saúde. Cerca de R$ 40 bilhões anuais arrecadados com a CPMF, mas não eram destinados ao setor, servindo para o Governo gastar como bem queria, principalmente para sustentar os milhares de cargos comissionados que são preenchidos por militantes do PT e dos partidos aliados;

Logo após sua eleição, Dilma Rousseff praticamente deu seu aval para que seja criada uma nova CPMF, agora com o pomposo nome de Contribuição Social para a Saúde (CSS), algo que já está sendo rejeitado pela maioria da população. Dilma deixou o desgaste ficar por conta de governadores eleitos que levantaram a questão, dizendo tratar-se de algo que não seria da iniciativa dela, mas dando a entender que nada faria para impedir que a nova contribuição fosse criada. No caso, melhor seria se Lula ficasse calado sobre o tema, pois suas palavras servirão apenas para ativar a memória da população, a qual sabe que sua contribuição "provisória" em nada servia para melhorar o

12 de dezembro de 2010

O 'poste' tem luz própria ou Lula é quem manda?

Este blog já fez referência a Mário Lima, um eterno candidato a vereador em Nilópolis (RJ) que tem mania de espalhar pequenas placas pela cidade com algumas frases que são bastante comentadas, muitas vezes até pela originalidade e criatividade do texto. Pouco antes do primeiro turno da eleição ele lançou em uma de suas placas a seguinte frase: "Dilma não é Lula e Serra não é FHC". Por duas vezes essa frase foi abordada aqui como se a mesma estivesse correta. No entanto, vê-se agora que Mário Lima errou. Na formação do futuro ministério de Dilma Rousseff, quem está dando as cartas é Lula. Logo, nosso frasista pode muito bem fazer uma de suas placas com os seguintes dizeres: "Lula é Dilma";

O que se tem visto nos últimos dias é o atual presidente indicando ministros e também tendo vários dos atuais sendo mantidos ou remanejados. Até sobre pronunciamentos da futura presidente ele tem feito comentários, culminando com a contestação a uma declaração de Guido Mantega sobre redução de recursos para o PAC na ano que vem, com Lula desmentindo o ministro e afirmando que isso não vai acontecer. Se não bastasse os partidos aliados que demonstram uma gana sem precedentes em busca de ministérios como cotas a que tenham direito, com o PMDB como expressão máxima, Dilma Rousseff ainda tem que aturar Lula a toda hora dando "pitacos" na formação do ministério;

Tudo isso é uma clara demonstração de que Lula vai cobrar muito de Dilma por ter patrocinado sua candidatura vitoriosa, fato que, segundo especialistas, só aconteceu por conta do prestígio que o presidente tem junto ao eleitorado, ao ponto de eleger um "poste", como diziam os adversários da candidata oficial. Acontece, porém, que Dilma parece demonstrar desejo de que o tal poste tenha luz própria, algo que parece não ser o desejo de Lula, indicando que ele pretende ficar de 2011 a 2014 no palanque, como fez nos últimos oito anos, pensando seriamente em retornar ao Poder. Resta saber se Dilma vai encarar seu criador ou vai apagar a imagem que muita gente teve dela de que se tratava da 'mulher do Lula', submissa como nos velhos tempos.

4 de dezembro de 2010

Será medo da concorrência?

Esta notícia está hoje no site do jornalista Claudio Humberto, e parece que denota uma certa preocupação com uma possível concorrência com os nossos ilustre representantes.


DF: senador teme migração de traficantes do Rio para o DF

Foto
Senador Adelmir Santana
O senador Adelmir Santana (DEM) está preocupado com a possibilidade de traficantes expulsos de favelas do Rio de Janeiro transferirem suas operações para o Distrito Federal, devido a elevada renda 'per capita' e a existência de um mercado consumidor de drogas já estabelecido. Ele reivindicou ações articuladas entre os governos do Distrito Federal, Minas Gerais e Goiás de combate ao crime organizado, defendendo ainda o incentivo à geração de empregos e o desenvolvimento do entorno de Brasília. “Estimo, sinceramente, que sejam buscadas soluções não de repressão, mas de prevenção que evitem que aqui se instale o crime organizado. E um dos caminhos naturalmente é fomentar ações empreendedoras e produtivas, de forma a erradicar a pobreza e promover o desenvolvimento sustentável com a geração de empregos para as 185 mil pessoas que estão desempregadas no DF. 

Bandido se entrega, mas vai se recuperar?

Mãe convenceu 'Mister M" a se entregar
Três momentos que ocorreram durante a ocupação da favela no Morro do Alemão podem ser considerados importantes. Eles aconteceram quando um pai e duas mães entregaram pacificamente à Polícia seus filhos bandidos. A exposição pública nos três casos deve ter sido muito massacrante para os três, mas acima de tudo demonstraram amor paterno e maternos sem limites. Ele e elas preferiram a tentativa de verem seus filhos buscando sair da vida de crime. No primeiro caso, o pai, diante do repórter de um canal de TV não vacilou em afirmar que preferia ver seu filho preso e respondendo por seus crimes na Justiça a vê-lo morto ainda com poucos anos de vida, pois se continua na vida marginal pode cair morto a qualquer momento tanto numa ação policial como numa luta entre facções criminosas;

Pai leva o filho até à Polícia
Todavia, os três filhos efetivamente amados por seus pai e mães poderão não sair da vida marginal caso venham a ser confinados em cadeias que são verdadeiras "faculdades de criminosos". Lá eles não teriam muitas chances de recuperação e muito menos de reciclarem suas vidas. O mesmo ocorrerá com outros bandidos que venham a se entregar, muitos deles com ficha criminal limpa e outros que ainda são primários. O sistema penitenciário brasileiro deixa muito a desejar e a maioria deles não serve para nada a não ser para transformar homens em bandidos mais "experientes" em face da convivência com outros de elevado grau de periculosidade e que não têm nenhuma vontade de tentar uma vida de verdadeiro cidadão;

Os últimos acontecimentos surgiram num momento que pode ser propício a evitar que os malefícios das cadeias se confirmem, pois estamos em final de mandatos de Presidente da República e de Governador do Estado. A futura presidente Dilma Rousseff terá oportunidade de levar adiante a promessa não cumprida pelo quase ex-presidente Lula de construir dezenas de penitenciárias federais mas que se limitou a fá famosa de Catanduvas, no Paraná. Não é hora de faturamento político pelo fato de tropas federais terem sido autorizadas por Lula a colaborar com a tomada de território que estava erradamente sob o domínio de marginais. Também cabe ao governador reeleito Sergio Cabral olhar de modo diferente para as polícias que tem sob seu comando, principalmente dando-lhes meios de receberem salários dignos, bem como melhorando a qualidade das penitenciárias estaduais;

Se as duas esferas do Poder Público não se mexerem, dentro de algum tempo tudo terá sido em vão e pais e mães de atuais bandidos continuarão a ter motivos para chorarem muito, mas não de emoção como vimos nos três momentos tão amplamente divulgados.

3 de dezembro de 2010

Lula surtou: Mensalão do PT foi tentativa de golpe?

Faltam poucos dias para o final do mandato de Lula, que demonstra já estar começando a ter delírios ao sentir que está chegando a hora de dizer adeus ao cargo de Presidente da República. Mesmo assim, não perdeu o costume de estar em cima de palanques, apesar de já ter ganho a eleição com a vitória de sua candidata, que para muitos dos 56 milhões que nela votaram se tratava da "mulher de Lula", garantindo a concinuidade do governo do ex-líder sindical que chegou ao mais alto posto político do País atingindo, em fim de mandato, mais de 80% de popularidade. Seus últimos pronunciamentos, no entanto, denotam um início bem antecipado da sua campanha eleitoral para 2014;

Durante esse oito anos de mandato, por muitas vezes Lula "pegou pesado" quando falou de improviso (e isso aconteceu dezenas de vez durante algum dos seus discursos quase que diários). Falou desde algumas sandices e até mesmo soltou alguns palavrões, ao vivo e a cores, numa linguagem nada compatível para um Presidente da República, mas que era algo que lhe dava mais popularidade, por ser "autêntico", homem do povo. Esta semana, Lula soltou mais uma. Ele referiu-se ao Mensalão do PT em 2005 como uma tentativa de golpe contra ele. Estaria falando a verdade se estivesse dizendo que o sistema comandado por José Dirceu, seu então ministro da Casa Civil, quase o derrubou, o que somente não aconteceu por causa de uma oposição frouxa que não teve coragem de apear do Poder um grupo que o Supremo Tribunal Federal (STF) está julgando como indiciado por formação de quadrilha;

Tal pronunciamento de Lula é também um insulto à inteligência dos brasileiros não alienados e até ao Supremo, que não viu no episódio do Mensalão do PT nenhum golpe, a não ser contra os cofres públicos, daí estando para julgar José Dirceu & Cia. por formação de quadrilha. Apesar de tudo isso, o noticiário político vem demonstrado que Zé Dirceu aparece como figura de destaque nos bastidores da formação do futuro Governo. Dilma que se cuide, pois pode acontecer outra "tentativa de golpe".

1 de dezembro de 2010

Tem que haver também combate aos consumidores [2]

Ainda sobre o mesmo tema, o blogueiro Laguardia fez ontem a seguinte postagem no blog Brasil - Liberdade e Democracia:

Airton Leitão disse... E os "fregueses" dos "comerciantes" das drogas, quem combate?

Airton Leitão faz uma pergunta pertinente.

Se não houvesse o consumidor de drogas, os fregueses, não haveria comerciante de drogas.

O que a sociedade e o governo têm feito a este respeito?

Todos sabemos que os consumidores de drogas estão distribuídos em todas as classes sociais. Não são aqueles pequenos menores que cheiram cola nas esquinas de nossas cidades que mantêm o tráfico de drogas.

Eles não têm recursos para comprar cocaína, crack e outras drogas caras, importadas das FARC e da Bolívia.

Vamos encontrar grandes consumidores entre as classes sociais mais abastadas, entre os nossos políticos.

Contra estes nada se faz. Quando é que vamos começar a agir na ponta do consumo de drogas para evitar que haja o fornecedor?

Todos nós temos responsabilidade sobre isto. Todos nós temos que combater o consumo de drogas.