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23 de setembro de 2010

'Uma família a serviço do povo', ou mais?


As gerações mais antigas ainda devem se lembrar do comercial das 'Casas da Banha', que tinha o slogan "Uma família a serviço do povo". Eram os irmãos Veloso com a novidade dos supermercados em rede e com o sistema de auto-serviço, que depois teriam a saudável concorrência das Casas Sendas, outra família também prestando serviços na área de consumo, principalmente de alimentos. Agora estamos revivendo aqueles tempos, mas de modo bem diferente, pois uma família também estava até poucos dias 'a serviço do povo', com uma grande semelhança com a dos Veloso e Sendas, pois o povo pagava pelos serviços, mas com a diferença hoje de que o povo paga e nada compra nem recebe em troca;

Essa história de favorecimento familiar no Governo de Lula começou com o favorecendo o seu filho Lulinha, na história da Gamecorp, uma empresa de fundo de quintal e que foi vendida para a Telemar/Oi por R$ 5 milhões de reais. Hoje, graças ao 'meu paipai', o 'meu garoto' Lulinha é um próspero empresário, milionário até. Há poucos dias, foi a vez da família de Erenice Guerra, com seu filho e uma trupe enorme fazendo lobby e ganhando alguns milhões de reais como "taxa de sucesso", novo nome para propina. Há também  o caso da filha do Diretor dos Correios e o da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que fechou  contrato com a Tecnet Comércio e Serviços Ltda., que emprega Cláudio Martins, filho do ministro da Comunicação Social e presidente do Conselho de Administração da estatal, Franklin Martins, que afirmou não ver nada de ilegal no fato. Interessante é que nesse Governo ninguém tenha noção do que seja conflito de interesses;

Aí está um quadro do que leva Lula a fazer tanta questão de se manter no Poder, mesmo que indiretamente através de sua candidata imposta ao PT. Não se trata somente de uma questão política ou a busca de uma vitória pessoal dele baseado em sua imensa popularidade. Não é também um projeto partidário, como andou avisando José Dirceu. Na verdade é a busca da manutenção de posições que dão oportunidade para que parentes e amigos próximos ganhem muito bem, seja integrando os Conselhos de Administração de estatais, em cargos remunerados ou fazendo lobby junto aos órgãos públicos, como já fizeram Vavá, irmão do presidente, e os de agora, que tomamos conhecimento através dessa mídia partidária que não esconde as falcatruas praticadas pela turma do Lula.

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