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18 de setembro de 2010

Gato escondido com o rabo aparecendo

Continuam as demonstrações de "miopia ou cegueira" em pessoas ligadas ao Governo Lula. Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil, em entrevista publicada na edição deste final de semana da revista "IstoÉ", se defendeu das denúncias de tráfico de influência mas admitiu que o ex-assessor Vinícius de Oliveira Castro pode ter envolvimento, afirmando: "É óbvio que se eu imaginasse qualquer tráfico de influência na Casa Civil teria determinado as medidas investigativas necessárias. Se não fiz, foi porque isso não me ocorreu". Ela também negou qualquer envolvimento de seu filho, Israel Guerra, no suposto esquema: "Poderia dizer 'trabalho na Casa Civil, posso conseguir isso e aquilo...' Isso não é desarrazoado não. E, exatamente por isso, a Casa Civil está, a partir de hoje, investigando esse caso com bastante rigor. (...) Foi uma traição, uma completa traição". A ex-ministra afirmou à revista que as denúncias fazem parte de uma campanha difamatória vinculada às eleições: “É óbvio que isso está diretamente ligado à disputa eleitoral, à necessidade de a oposição gerar fatos novos. Serra percebeu claramente que falar de quebra de sigilo não era uma boa tônica”. Essa afirmação da ex-ministra foi feita se referindo às violações de sigilos fiscais de pessoas ligadas a José Serra, candidato do PSDB à Presidência;

Questionada sobre o trabalho e a conduta do filho, Erenice afirmou que Israel Guerra disse a ela não ter ultrapassado “limites da ética e da conduta que deveria ter”. Erenice ainda propôs uma "reflexão" sobre o episódio, indagando: “Depois que uma pessoa passa a exercer cargo público, seus filhos devem parar de se relacionar, trabalhar e ter amigos? O que será de meu filhos e meus parentes? Terão todos que viver a minha custa, pois terão que parar de trabalhar e se relacionar?”. Nessa entrevista, parece que a amiga e substituta de Dilma Rousseff na Casa Civil é mais uma que demonstra não estar enxergando bem. É como se as "atividades" de seu filho Israel e suas "taxas de sucesso" não tivessem ocorrido, sendo apenas  ilações da revista "Veja". Seu afastamento do ministério deve ter sido algum ato de rotina;

Novas denúncias sobre um suposto esquema de cobrança de propinas na Casa Civil  estão em  reportagem da edição deste final de semana da revista “Veja”. Segundo a revista, funcionários da Casa Civil teriam recebido pacotes de dinheiro, contendo R$ 200 mil, supostamente pela intermediação de um contrato de R$ 34,7 milhões para a compra emergencial do medicamento Tamiflu, usado no tratamento da gripe H1N1. Ainda de acordo com a revista, o filho de Erenice teria cobrado R$ 40 mil de propina do piloto de motocross Flávio Corsini, de Brasília, em troca da liberação de um patrocínio de R$ 200 mil da Eletrobras;

Diante de tantos fatos, os desmentidos de Erenice mais se parecem com aquelas orientações que advogados dão aos seus cliente que tenham cometido crimes para que sempre neguem a autoria e se declarem inocentes. No caso do "braço direito" de Dilma Rousseff na Casa Civil estão mais para aquele gato que se enconde mas deixa ficar aparecendo uma enorme cauda.

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