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30 de setembro de 2010

PT coage empresários a doarem para campanha de Dilma

"Notamos que você não fez doação na última eleição e ainda não fez nesta". Parece uma declaração simples, mas não é. Segundo comentário da jornalista Miriam Leitão publicado ontem, este é o teor de uma verdadeira ameaça que emissários do PT estão fazendo a empresários que não contribuíram para a campanha da candidata de Lula. Isso tem nome: CHANTAGEM. É porque por trás disso há a lembrança de que o Bando Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que ultimamente vem aumentando de modo espantoso os financiamentos através de concessão de empréstimos que servem para alavancar o setor produtivo do Brasil. Esses empresários certamente estão sendo alertados de que a falta de ajuda na campanha de Dilma Rousseff poderá provocar uma seca da "fonte";

Essa é mais uma evidência dos motivos que levam o presidente Lula a subir nos palanques "depois do expediente" para tentar manter-se no Poder através de um "clone", pois certamente as empresas doadoras têm retorno de seus "investimentos", e aí ninguém sabe o que acontece com esses rios de dinheiro público que rolam pelo Brasil a fora. São nesses casos que surgem os "filhos de Erenice" para liberar recursos para os doadores de campanha, que com certeza correm atrás do ressarcimento do que investiram nas campanhas eleitorais de interesse dos detentores do Poder;

Ninguém pense que nos opositores de Dilma estariam santos que não entrariam nesse tipo de jogo, partindo da premissa de que são políticos que praticariam algo que sempre se fez no Brasil, como disse Lula justificando a descoberta do Mensalão do PT, em 2005. Mas os métodos atuais estão sendo considerados como modos que nunca antes neste País teriam acontecido. E é assim que vai continuar acontecendo, independentemente de métodos pouco democráticos que venham a acontecer a partir de uma possível vitória de Dilma, quando José Dirceu começar a implantar o "governo do PT" por ele anunciado.

27 de setembro de 2010

Vice-Procuradora-Geral Eleitoral critica Lula

A menos de dez dias do primeiro turno, a vice-procuradora-geral eleitoral Sandra Cureau disse que nunca viu uma eleição como a de 2010 e critica a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informa reportagem publicada nesta segunda-feira pela Folha de São Paulo. Ela afirmou: "Eu acho que ele quer, a qualquer custo, fazer a sua sucessora. É por isso que, como dizem no manifesto, ele misturou o homem de partido com o presidente. Aquela coisa de não aceitar a possibilidade de não fazer a sucessora. A impressão que eu tenho é a de que ele faz mais campanha do que a própria candidata. Nunca vi isso, é quase como se fosse uma coisa de vida ou morte para ele"

Sandra Cureau foi quem deu início à série de multas aplicadas a Lula e Dilma por antecipação de campanha, chegando a ser debochada pelo presidente, quando foi chamada de "uma procuradora qualquer". Certamente sabe muito bem do que está falando. Ela disse mais na entrevista: "É por isso que, como dizem no manifesto de intelectuais pela democracia, ele misturou o homem de partido com o presidente. A impressão que tenho é a de que ele faz mais campanha do que a própria candidata. É quase como se fosse uma coisa de vida ou morte". Ela também falou do efeito do empate no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a validade da Lei da Ficha Limpa. "Vai interferir muito no processo eleitoral, porque colocou uma quantidade enorme de candidatos no limbo. O que vai acontecer? Ninguém sabe". Sobre se o fato favorece os fichas-sujas, ela não soube informar. "Não sei, porque pode ocorrer um fenômeno como o que já vinha ocorrendo aqui no Distrito Federal, onde um candidato ao governo (Joaquim Roriz, do PSC) teve seu registro impugnado desde o início e foi caindo nas pesquisas"

Ela afirmou ser legal a troca da candidatura de Roriz por sua mulher, Weslian (PSC). No entanto, considera o fato frustrante. "Mais do que frustrante. O candidato sai, mas a foto dele fica na urna. É interessante porque, no regimento do Supremo, existe um dispositivo dizendo que, quando há empate, prevalece a decisão que já existe. Teria de prevalecer, então, a decisão do TSE pela inelegibilidade de Roriz". Pelo visto, os candidatos devem ter muito cuidado nesta última semana de campanha porque Sandra Cureau está de olho neles e qualquer escorregão nesta reta final poderá sérias consequências.

26 de setembro de 2010

Marina poderá ser decisiva para haver segundo turno

O Brasil tem 135.804.433 eleitores, segundo informa o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Dividindo o País por regiões, o TSE informa que são os seguintes os números de eleitores:

Centro-Oeste - 9.695.987
Nordeste - 36.727.931
Norte - 9.990.917
Sudeste - 58.936.436
Sul - 20.252.770

Na divulgação da pesquisa de intenção de voto feita pelo Ibope e divulgada neste fim de semana, a votação de Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva, por regiões, o resultado seria o seguinte:

Sudeste:
Dilma (45%) - 26.521.396
Serra (30%) - 17.680.930
Marina (13%) - 7.661.737

Sul:
Dilma (44%) - 8.911.219
Serra (35%) -7.088.470
Marina (13%) - 2.632.860

Nordeste:
Dilma (64%) - 23.505.875
Serra (20%) - 7.345.586
Marina (8%) - 2.632.860

Norte e Centro-Oeste:
Dilma (48%) - 4.654.074

Serra (31%) - 3.005.756
Marina 13%) - 1.260.478


Se o quadro apresentado pelo Ibope vier a acontecer em 3 de outubro, somando-se as votações da regiões brasileiras, a eleição teria o seguinte resultado final:

Dilma (56,2%) - 63.592.564
Serra (31,0%) - 35.120.742 
Marina (12,8%) - 14.493.309

Serra e Marina somariam 43,8%. Os demais candidatos teriam votações irrisórias,  mas somados seus votos aos de Serra e Marina, eles poderiam influir no
resultado final, com alguma possibilidade de haver a necessidade do segundo turno. Aí, nesse caso, Marina seria decisiva, principalmente se continuar crescendo como vem acontecendo nos últimos dias. Para isso, tanto ela quanto Serra teriam que crescer tirando de Dilma. Porém, a grande dúvida seria saber como ela faria a candidata do PV. Havendo o segundo turno entre Dilma e Serra, para quem ela pediria votos? Seu passado de petista faz muita gente crer que Marina logicamente iria ficar com Dilma, talvez diante de uma promessa de algumas coisa para compensar sua volta ao seio do PT. Marina, então, estaria valendo muito na Bolsa Eleitoral.

25 de setembro de 2010

Sanguessugas: 39 acusados por CPI são candidatos. 5 são do RJ

O site Congresso em Foco informa que dos 72 parlamentares que tiveram pedido de indiciamento proposto pela CPI dos Sanguessugas em 2006, 39 são candidatos nestas eleições. Desses, 27 respondem a processo na Justiça Federal de Mato Grosso, onde tramita a maioria das ações contra a chamada máfia das ambulâncias. Entre os candidatos, oito foram absolvidos pelo Conselho de Ética da Câmara ou do Senado, dois tiveram contra si parecer pela cassação, mas não foram julgados pelo Plenário por causa do fim da legislatura, enquanto os demais não tiveram seus casos concluídos pelo colegiado. O 'Congresso em Foco' procurou todos os 39 e publica, a seguir, a situação de cada um deles, com as respectivas acusações e defesas. Destacamos a seguir os candidatos do Rio de Janeiro que aparecem como integrantes desse "seleto" grupo:

FERNANDO GONÇALVES (PTB-RJ), candidato a deputado federal

Responde a processo (14674-67.2009.4.01.3600) que tramita na Justiça Federal de Mato Grosso pelos crimes de quadrilha ou bando, corrupção passiva de lavagem de dinheiro. Foi um dos deputados denunciados pela CPI dos Sanguessugas. Terminou o mandato sem que seu caso tivesse parecer do Conselho de Ética. Não se reelegeu em 2006, mas chegou a exercer o mandato na atual legislatura na condição de suplente.

Acusação e defesa

O ex-deputado foi acusado pelo empresário Luiz Antônio Vedoin de receber comissão de 10% sobre o valor das emendas que beneficiavam a Planam. Vedoin disse que conheceu o parlamentar em 2001, quando repassou um ônibus médico-odontológico no valor de R$ 54 mil. No ano seguinte, segundo o empresário, o petebista recebeu R$ 310 mil em comissões, por meio de um assessor e do irmão de seu chefe de gabinete. Darci Vedoin declarou à Justiça de Mato Grosso que o gabinete do parlamentar fazia contato com prefeitos para fraudar licitações. Em defesa entregue à Câmara, Fernando Gonçalves negou ter feito qualquer acordo com a família Vedoin. O petebista admitiu ter usado, por empréstimo, um ônibus médico-odontológico durante sua pré-campanha eleitoral na Baixada Fluminense. Segundo ele, não havia na época qualquer suspeita de envolvimento dos empresários com fraudes. O ex-parlamentar disse, ainda, que nenhum de seus assessores se reuniu com representantes da Planam ou das prefeituras envolvidas. Procurado pelo 'Congresso em Foco', disse por meio de sua assessoria que não tem e nunca teve qualquer relação com a máfia das ambulâncias. “O nome dele apareceu porque ele apresentou emenda. Mas quem faz licitação é prefeitura, e quem manda dinheiro é o Ministério da Saúde”, informou a assessoria, que diz estar confiante na eleição de Fernando Gonçalves: “Quem planta o bem colhe o bem”.

JOÃO MENDES DE JESUS  (PRB-RJ), candidato a deputado estadual

Responde a processo (17500-37.2007.4.01.3600) na Justiça Federal de Mato Grosso pelos crimes de quadrilha ou bando, corrupção passiva e violação do sigilo funcional. Foi um dos deputados denunciados pela CPI dos Sanguessugas. Terminou o mandato sem que seu caso tivesse parecer do Conselho de Ética. Não se reelegeu em 2006. Elegeu-se vereador no Rio em 2008.

Acusação e defesa

O ex-deputado foi acusado pelos empresários Luiz Antônio Vedoin e Ronildo Pereira Medeiros de receber 10% de comissão em troca de emendas que seriam executadas por empresas envolvidas na “máfia das ambulâncias”. Vedoin acusou o então parlamentar de negociar detalhes da fraude das licitações com prefeitos de três municípios fluminenses. Segundo ele, João Mendes recebeu R$ 85 mil em espécie e outros R$ 20,4 mil por meio de depósito na conta de um assessor. O empresário disse que o parlamentar fluminense recebeu ainda R$ 35 mil de comissão por uma emenda que financiou a compra de dois veículos de inclusão digital para o Instituto Brasileiro de Estudos Especializados (Ibrae); e R$ 70 mil por emenda para compra de dois ônibus com equipamentos de informática para o Intedeq. Em defesa entregue à Câmara, o ex-parlamentar negou qualquer contato com a família Vedoin e acusou o ex-assessor de agir em conluio com a Planam sem o seu conhecimento. Os encontros entre o assessor e representantes da empresa, segundo João Mendes, ocorriam em dias em que ele não estava em Brasília. "Depois das negociações com a quadrilha, o assessor filtrava os pedidos de emenda encaminhados ao parlamentar", afirmou. Procurado pelo 'Congresso em Foco', o hoje vereador negou qualquer relação com a família Vedoin e disse que sua candidatura a deputado estadual existe apenas no papel. “Ele nem aparece no horário eleitoral, não faz campanha. Candidatou-se por pressão do partido. Ele é candidato, sim, à reeleição de vereador em 2012”, informou a assessoria.

PAULO FEIJÓ (PR-RJ), candidato a deputado federal. Era do PSDB

Responde a processo (11894-28.2007.4.01.3600) na Justiça Federal de Mato Grosso pelos crimes de quadrilha ou bando, corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. Foi um dos deputados denunciados pela CPI dos Sanguessugas. Terminou o mandato sem que seu caso tivesse parecer do Conselho de Ética. Não se reelegeu em 2006.

Acusação e defesa

O ex-deputado foi acusado de receber comissão em troca de emendas que seriam executadas por empresas envolvidas na máfia das ambulâncias em municípios do Rio entre 2003 e 2004.  Segundo o empresário Luiz Antonio Vedoin, as entidades beneficiadas foram indicadas por Feijó em troca de valores não fixos, repassados à mulher do parlamentar e outras duas pessoas. Em defesa entregue à Câmara, o ex-parlamentar afirmou que conheceu o empresário Darci Vedoin, pai de Luiz Antonio e sócio da Planam, em 2002. O empresário, segundo ele, havia se apresentado como “assessor parlamentar” de prefeituras fluminenses e tentado convencê-lo a mudar o destino de emendas. Feijó afirma que não aceitou a proposta. Ele também negou ter conhecimento dos depósitos citados por Vedoin.

REINALDO BETÃO  (PR-RJ), hoje candidato a deputado estadual. Era do PL, antiga denominação do PR

Responde a processo (6326-26.2010.4.01.3600) na Justiça Federal de Mato Grosso pelo crime de corrupção passiva. Foi um dos deputados denunciados pela CPI dos Sanguessugas. Terminou o mandato sem que seu caso tivesse parecer do Conselho de Ética. Não se reelegeu.

Acusação e defesa

O ex-deputado foi acusado pelo empresário Luiz Antonio Vedoin, da Planam, de receber uma comissão de 10% por emenda apresentada que beneficiasse as empresas da “máfia das ambulâncias”.  Vedoin disse ter conhecido Betão em 2003, por meio de um assessor do parlamentar. O empresário contou que entregou ao parlamentar um veículo zero quilômetro, transformado, posteriormente, em ambulância. O carro, avaliado em R$ 40 mil, foi transferido para o nome de Betão, segundo Vedoin. Em defesa entregue à Câmara, o ex-deputado disse que as acusações feitas pelo empresário careciam de prova e que jamais negociou emenda parlamentar. Afirmou que só teve um contato com Darci Vedoin, pai e sócio de Luiz Antonio, em 2003. Na ocasião, segundo ele, o empresário pediu a indicação de municípios que poderiam receber doação de ambulâncias.

VIEIRA REIS (PRB-RJ), candidato a deputado estadual

Responde a processo (484-65.2010.4.01.3600) na Justiça Federal de Mato Grosso pelos crimes de quadrilha ou bando, corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. Foi um dos deputados denunciados pela CPI dos Sanguessugas. Terminou o mandato sem que seu caso tivesse parecer do Conselho de Ética. Não se reelegeu. Em 2008 elegeu-se vereador de Campos dos Goytacazes (RJ).

Acusação e defesa

O ex-deputado foi acusado pelo empresário Luiz Antônio Vedoin de receber comissão de 10% por emenda que beneficiasse as empresas da “máfia das ambulâncias”.  Segundo o empresário, assessores do ex-parlamentar acertavam o direcionamento de licitações com prefeituras do Rio. Ainda de acordo com a denúncia, o dinheiro era repassado a Vieira Reis após ser depositado nas contas de dois assessores do parlamentar. O empresário Darci Vedoin disse ter entregado, pessoalmente, R$ 10 mil em espécie ao então deputado. Em defesa entregue à Câmara, Vieira Reis acusou a CPI dos Sanguessugas de se guiar por denúncias “mentirosas”, com “vícios insuperáveis”, movidas por empresários que queriam “extorquir dinheiro de deputados e autoridades”. Segundo o ex-parlamentar, as emendas apresentadas por ele tinham como objetivo atender as necessidades da área de saúde em suas bases eleitorais. Ele afirmou ainda que o próprio Vedoin admitiu que suas emendas não chegaram a ser executadas.

Roriz debocha do Supremo e lança a 'mulher-laranja'

Quer dizer, então, que o Supremo Tribunal Federal (STF) não chegou a uma definição sobre a vigência da Lei da Ficha Limpa já para este ano? Esse empate de 5 a 5 deixa os ilustres ministros num impasse sobre o que decidir? Como bem disseram por aí, "o Supremo decidiu não decidir nada". O que se vê hoje são as mais variadas opiniões de juristas sobre o que deverá acontecer e que já esteja valendo com o empate. Uns entendem que fica valendo a Lei, uma vez que não foi aprovado o recurso do candidato do Governo do Distrito Federal, Joaquim Roriz, contra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que havia confirmado a negativa do seu registro; outros, são de opinião de que a decisão somente acontecerá quando o STF se definir;

A grande verdade é que metade do Supremo pouco se importou com o clamor popular de apoio à Lei da Ficha Limpa, oriunda de um projeto de iniciativa popular, com mais de um milhão de assinaturas e posterior adesão de mais alguns milhões. Caso a Lei ferisse frontalmente a Constituição,  certamente não haveria essa divisão entre os ministros. Todavia, deixar para quando o Supremo tiver a presença do 11º ministro para que a decisão seja definida é uma afronta à vontade pesquisada de cerca de 85% da população que deseja ver a Lei da Ficha Limpa em toda sua eficácia já em 3 de outubro;

O presidente do STF, César Peluso, afirmou que Lula teria alguma culpa nesse empate por não haver indicado e posteriormente nomeado um novo ministro para o lugar de Eros Grau, que se aposentou. Talvez tenha razão. Lula deveria mesmo ter indicado o sucessor de Eros Grau de imediato, pois o Supremo deve sempre estar completo dada a sua importância na defesa dos interesses jurídicos do povo. Acontece que é bem provável que o presidente não tenha tido tempo para sequer pensar no assunto. Afinal, ele não sai dos palanques de sua candidata;

O resultado de tudo isso acabou provocando mais um deboche sobre o Poder Judiciário, maior até do que as ironias de Lula em relação as muitas multas que o TSE lhe aplicou e à sua candidata por infringirem a legislação eleitoral. Depois de dezenas de horas de apreciação do revurso de Joaquim Roriz para tentar concorrer e diante do impasse, ele retirou sua candidatura e simplesmente lançou sua mulher em seu lugar, anunciando abertamente que ela será eleita mas ele é quem vai governar. Nessa fase de tanta mulher-fruta, vimos o surgimento de mais uma, a "mulher-laranja". Roriz superou Lula: debochou simplesmente do Supremo;

Vale uma indagação: isso vai ficar assim?!

23 de setembro de 2010

'Uma família a serviço do povo', ou mais?


As gerações mais antigas ainda devem se lembrar do comercial das 'Casas da Banha', que tinha o slogan "Uma família a serviço do povo". Eram os irmãos Veloso com a novidade dos supermercados em rede e com o sistema de auto-serviço, que depois teriam a saudável concorrência das Casas Sendas, outra família também prestando serviços na área de consumo, principalmente de alimentos. Agora estamos revivendo aqueles tempos, mas de modo bem diferente, pois uma família também estava até poucos dias 'a serviço do povo', com uma grande semelhança com a dos Veloso e Sendas, pois o povo pagava pelos serviços, mas com a diferença hoje de que o povo paga e nada compra nem recebe em troca;

Essa história de favorecimento familiar no Governo de Lula começou com o favorecendo o seu filho Lulinha, na história da Gamecorp, uma empresa de fundo de quintal e que foi vendida para a Telemar/Oi por R$ 5 milhões de reais. Hoje, graças ao 'meu paipai', o 'meu garoto' Lulinha é um próspero empresário, milionário até. Há poucos dias, foi a vez da família de Erenice Guerra, com seu filho e uma trupe enorme fazendo lobby e ganhando alguns milhões de reais como "taxa de sucesso", novo nome para propina. Há também  o caso da filha do Diretor dos Correios e o da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que fechou  contrato com a Tecnet Comércio e Serviços Ltda., que emprega Cláudio Martins, filho do ministro da Comunicação Social e presidente do Conselho de Administração da estatal, Franklin Martins, que afirmou não ver nada de ilegal no fato. Interessante é que nesse Governo ninguém tenha noção do que seja conflito de interesses;

Aí está um quadro do que leva Lula a fazer tanta questão de se manter no Poder, mesmo que indiretamente através de sua candidata imposta ao PT. Não se trata somente de uma questão política ou a busca de uma vitória pessoal dele baseado em sua imensa popularidade. Não é também um projeto partidário, como andou avisando José Dirceu. Na verdade é a busca da manutenção de posições que dão oportunidade para que parentes e amigos próximos ganhem muito bem, seja integrando os Conselhos de Administração de estatais, em cargos remunerados ou fazendo lobby junto aos órgãos públicos, como já fizeram Vavá, irmão do presidente, e os de agora, que tomamos conhecimento através dessa mídia partidária que não esconde as falcatruas praticadas pela turma do Lula.

21 de setembro de 2010

O patrulhamento de blogs existe há muito tempo

Houve uma postagem neste Blog com o título "Dilma poderá entrar nos Estados Unidos?", feita em 18 de maio último, que recebeu 112 comentários, a maioria deles feita por anônimos, em sua maioria desmentindo e e-mail ali reproduzido, com várias contestações, muitas deles acompanhadas links de sites de notícias comprovando a presença de Dilma Rousseff nos Estados Unidos, bem como alguns vídeos do YouTube mostrando a presença dela na terra de Tio Sam. Até hoje aparecem alguns comentários, muitas vezes raivosos, passando descompostura do dono do Blog por espalhar notícia falsa. Houve até um que falou na possibilidade de processo na Justiça por espalharmos inverdades. Já avisamos na janela de comentários da postagem que não mais acataríamos comentários, porque o assunto está mais que explicado e superado;

O que chama a atenção é que ao examinarmos o setor de Estatística do Blogger, constatamos, no momento em iniciamos esta postagem os seguintes relatórios: Visualizações de página de hoje - 210 - Visualizações de página de ontem - 393, porém com uma informação de que haviam sido feitas 294 Visualizações de página na referida postagem sobre Dilma. Qual a razão de tanta leitura numa postagem feita há mais de quatro meses. Mesmo com o aviso da rejeição, fazem comentários que ao serem moderados recebem de volta um e-mail avisando da rejeição? Sobre as falcatruas da Casa Civil de Dilma/Erenice essas pessoas não lêem? Sobre o "exterminador de jornais e partidos" ninguém fala nada;

Quando há algum tempo atrás falavam em patrulhamento, achávamos que era conversa de oposicionista para deixar mau os governistas. Agora acreditamos que há um grupo - talvez até remunerado - para ficar vasculhando blogs e sites para defender o que for defensável e ignorar os escândalos e maracutaias praticados sempre por perto daqueles que "nada vêem e nada sabem". Até que possamos, vamos continuar por aqui. Depois, com o "Governo do PT" a que se referiu José Dirceu, talvez o controle da mídia não nos permita mais. Aí, serão outros tempos que ainda podem ser evitados.

Eles querem mesmo a censura

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) divulgou nota lamentando as declarações do presidente Lula durante comício em Campinas, no último sábado, quando o presidente disse que, além dos tucanos, serão derrotados "alguns jornais e revistas que se comportam como se fossem partido político e não tem coragem de dizer que são partido político". A ANJ informou que as declarações de Lula são preocupantes e lembrou que "o papel da imprensa é o de levar à sociedade toda informação, opinião e crítica que contribua para as opções informadas dos cidadãos, mesmo aquelas que desagradem os governantes". Em outro trecho a nota da ANJ lembra que "Lula jamais criticou o trabalho jornalístico quando as informações tinham implicações negativas para seus opositores”. É o tradicional "farinha pouca, meu pirão primeiro";

Hoje mesmo, no site de 'O Globo' aparece a seguinte notícia: Depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusar a imprensa de agir como partido político, as centrais sindicais, alguns sindicatos, partidos governistas e movimentos sociais farão na quinta-feira o "Ato contra o golpismo midiático", em São Paulo. O convite para o evento, divulgado pelo PT, acusa a imprensa de "castrar o voto popular", "deslegitimizar as instituições" e destruir a democracia. E não faz menção explícita à onda de denúncias de corrupção que atingem a Casa Civil da Presidência. Diz ainda o texto de convocação para o tal ato: "Conduzida pela velha mídia, que nos últimos anos se transformou em autêntico partido político conservado, essa ofensiva antidemocrática precisa ser barrada. No comando estão grupos de comunicação que, pelo apoio ao golpe de 64 e à ditadura militar, já demonstraram seu desapreço pela democracia",

Os pronunciamentos de Lula contra a imprensa e partidos de oposição à sua candidata nos leva muitas vezes a admitir sua empolgação não é só por conta de sua popularidade em alta ou pelos resultados das pesquisas que apontam amplo favoritismo de Dilma Rousseff. Parece mesmo que em algumas ocasiões o estado etílico de Lula poderia ser reprovado se houvesse a exigência de teste de bafôimetro antes de ele subir aos palanques, de onde não tem saído nos últimos dias, sempre "depois do expediente". Há poucos dias,num comício em Minas Gerais, o presidente resolveu ameaçar os prefeitos mineiros que não apoiam Helio Costa para Governador, lembrando-os de que será difícil para eles conseguir verbas federais no próximo governo petista;

É assim que se comporta um governante? Isso comprova que aquele político representado por Chico Anísio tem hoje um clone, quando dizia: "Eu quero é poder e o povo que se exploda". Tudo isso seria para deixar a população preocupada, mas, ao que tudo indica, Pelé tinha mesmo razão quando disse: "O povo não sabe votar".

20 de setembro de 2010

Tá Reclamando de quê?

Brasileiro Reclama de Quê? Reclamando do Lula? Do Serra? Da Dilma? Do Arrruda? Do Sarney? Do Collor? Do Renan? Do Palocci? Do Delubio? Da Roseanne Sarney? Dos politicos distritais de Brasilia? Do Jucá? Do Kassab? Dos mais 300 picaretas do Congresso?

O Brasileiro é assim:

Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.

Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.

Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.

Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, e até dentadura.

Fala no celular enquanto dirige.

Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.

Para em filas duplas, triplas em frente às escolas.

Viola a lei do silêncio.

Dirige após consumir bebida alcoólica.

Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.

Espalha mesas, churrasqueira nas calçadas.

Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao trabalho.

Faz “gato”
de luz, de água e de tv a cabo.

Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.

Compra recibo para abater na declaração do imposto de renda para pagar menos imposto.

Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.

Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 pede nota fiscal de 20.

Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.

Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.

Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.

Compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata.

Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.

Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.

Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.

Frequenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.

Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis.... como se isso não fosse roubo.

Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha.

Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.

Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.

Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.

Dá "trocadinho" para crianças e mendigos no sinal, incentivando ao não trabalho e a vida facil , e pensa que assim pode ficar com a consciência tranquila de que esta fazendo um ato de solidariedade e ajudando os mais necessitados.


(Autor desconhecido)

Imprensa livre: O Brasil vai imitar a Argentina?

Governo argentino acusa proprietários de 'Clarín' e 'La Nación' de homicídio e quer donos presos


BUENOS AIRES - O governo da presidente argentina Cristina Kirchner apresentará denúncia nos tribunais de La Plata (capital da província de Buenos Aires) contra os jornais "Clarín" e "La Nación", acusados pela Casa Rosada de cumplicidade no sequestro e em torturas sofridas por membros da família Graiver que, em novembro de 1976, venderam a empresa Papel Prensa aos diários. Esta notícia está no site de O Globo, informando ainda que segundo o jornal "Perfil", a denúncia inclui o pedido de "imediata detenção" de Hernestina Herrera de Noble, dona do grupo Clarín; Héctor Magnetto, principal acionista do grupo; e Bartolomé Mitre, diretor do "La Nación". O objetivo do ex-presidente Néstor Kirchner é que os donos dos jornais sejam condenados pela suposta compra irregular da Papel Prensa, empresa que atualmente abastece 75% do mercado de papel.

Isso faz lembrar as recentes palavras do presidente Lula dizendo que o povo mais pobre não precisa mais de formador de opinião. "Nós somos a opinião pública", afirmou, acrescentando que a vitória de Dilma Rousseff na eleição significará também a derrota da imprensa.Lula ainda enfatizou: "Nós não vamos derrotar apenas os nosso adversários tucanos, nós vamos derrotar alguns jornais e revistas que se comportam como se fossem um partido político e não têm coragem de dizer que são um partido político, que têm candidato e não têem coragem de dizer que têm candidato, que não são democratas e pensam que são democratas";

Como a atitude do ex-presidente argentino faz também lembrar o que Hugo Chávez andou fazendo na Venezuela contra a principal rede de TV daquele país e sendo o coronel-presidente uma espécie de ícone para Lula, ficamos na expectativa do que possa acontecer futuramente aqui no Brasil com uma possível vitória de Dilma Rousseff, ainda mais depois das declarações de José Dirceu, certamente um dos comandantes de um futuro governo petista, cujas diretrizes em relação à mídia não passam nem de leve perto da liberdade de imprensa que vivenciamos hoje.

18 de setembro de 2010

Gato escondido com o rabo aparecendo

Continuam as demonstrações de "miopia ou cegueira" em pessoas ligadas ao Governo Lula. Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil, em entrevista publicada na edição deste final de semana da revista "IstoÉ", se defendeu das denúncias de tráfico de influência mas admitiu que o ex-assessor Vinícius de Oliveira Castro pode ter envolvimento, afirmando: "É óbvio que se eu imaginasse qualquer tráfico de influência na Casa Civil teria determinado as medidas investigativas necessárias. Se não fiz, foi porque isso não me ocorreu". Ela também negou qualquer envolvimento de seu filho, Israel Guerra, no suposto esquema: "Poderia dizer 'trabalho na Casa Civil, posso conseguir isso e aquilo...' Isso não é desarrazoado não. E, exatamente por isso, a Casa Civil está, a partir de hoje, investigando esse caso com bastante rigor. (...) Foi uma traição, uma completa traição". A ex-ministra afirmou à revista que as denúncias fazem parte de uma campanha difamatória vinculada às eleições: “É óbvio que isso está diretamente ligado à disputa eleitoral, à necessidade de a oposição gerar fatos novos. Serra percebeu claramente que falar de quebra de sigilo não era uma boa tônica”. Essa afirmação da ex-ministra foi feita se referindo às violações de sigilos fiscais de pessoas ligadas a José Serra, candidato do PSDB à Presidência;

Questionada sobre o trabalho e a conduta do filho, Erenice afirmou que Israel Guerra disse a ela não ter ultrapassado “limites da ética e da conduta que deveria ter”. Erenice ainda propôs uma "reflexão" sobre o episódio, indagando: “Depois que uma pessoa passa a exercer cargo público, seus filhos devem parar de se relacionar, trabalhar e ter amigos? O que será de meu filhos e meus parentes? Terão todos que viver a minha custa, pois terão que parar de trabalhar e se relacionar?”. Nessa entrevista, parece que a amiga e substituta de Dilma Rousseff na Casa Civil é mais uma que demonstra não estar enxergando bem. É como se as "atividades" de seu filho Israel e suas "taxas de sucesso" não tivessem ocorrido, sendo apenas  ilações da revista "Veja". Seu afastamento do ministério deve ter sido algum ato de rotina;

Novas denúncias sobre um suposto esquema de cobrança de propinas na Casa Civil  estão em  reportagem da edição deste final de semana da revista “Veja”. Segundo a revista, funcionários da Casa Civil teriam recebido pacotes de dinheiro, contendo R$ 200 mil, supostamente pela intermediação de um contrato de R$ 34,7 milhões para a compra emergencial do medicamento Tamiflu, usado no tratamento da gripe H1N1. Ainda de acordo com a revista, o filho de Erenice teria cobrado R$ 40 mil de propina do piloto de motocross Flávio Corsini, de Brasília, em troca da liberação de um patrocínio de R$ 200 mil da Eletrobras;

Diante de tantos fatos, os desmentidos de Erenice mais se parecem com aquelas orientações que advogados dão aos seus cliente que tenham cometido crimes para que sempre neguem a autoria e se declarem inocentes. No caso do "braço direito" de Dilma Rousseff na Casa Civil estão mais para aquele gato que se enconde mas deixa ficar aparecendo uma enorme cauda.

17 de setembro de 2010

Futuro garantido

Esta história está no blog Gente Decente e faço questão de passar adiante, pois revela uma realidade brasileira:  

Que mundo é este?

Vida de pai está cada vez mais difícil. Uma simples conversa com o filho pequeno pode gerar perplexidade. O diálogo de João Pedro com seu filho, de 10 anos, pode servir como prova desse fosso entre as gerações.

- Que você vai ser quando crescer, filho?

- Presidente da República, pai.

- Puxa, filho, que legal. Mas por quê?

- Pra não precisar estudar.

- Não, filho, não é bem assim. Precisa estudar muito.

- Então quero ser vice-presidente.

- Vice, filho? Por quê?

- Pra não precisar estudar. O José de Alencar também só foi até a quinta série primária. Já posso parar.

- Não é assim, filho. Ele trabalhou muito e aprendeu.

- Pai, todo mundo que se dá bem não estudou: o presidente, o vice, a Xuxa, o Kaká, o Zeca Pagodinho...

- É que eles têm um talento...

- Ah, entendi, estudar é para quem não tem talento?

- Não, filho, pelo amor de Deus. Artista é diferente.

- O presidente e o vice não são artistas.

- Não, quer dizer, o presidente, de certo modo, até é.

- Se eu estudar, vou ganhar mais do que o Kaká?

- Menos.

- Ah, é? Então quero ir já para a escolinha.

- Você já está numa boa escola, filho.

- Quero ir pra escolinha de futebol.

- Não, filho, você precisa estudar muito. A escola abre caminhos para as pessoas. Pode-se viver dignamente. Filho, você precisa ter bons valores. Pense numa profissão, numa coisa honesta e que seja respeitada. Não quer ser médico, dentista ou, sei lá, engenheiro?

- Não. De jeito nenhum. Tô fora, pai!

- Mas por que, filho?

- Eles nunca vão ao Faustão.

- Isso não tem importância, filho. Que tal bombeiro?

- Vou querer ser astronauta ou jornalista.

- Hummm... Jornalista? Por que mesmo, filho?

- Não precisa mais ter diploma pra ser jornalista. Mas... Pensando melhor, acho que vou querer ser corrupto.

- Filho, não diga isso nem de brincadeira!

- Na TV disseram que ninguém se dá mal por causa da corrupção e que tudo sempre termina em pizza. Adoro pizza. Quando for corrupto, pedirei só de quatro queijos.

- Ser corrupto é muito feio, meu filho.

- Ué, pai, se é feio assim, por que Brasília está cheia deles e quase todos conseguem ser reeleitos?

- É complicado de explicar, filho. Mas isso vai mudar.

- Quero ser corrupto e praticar nepotismo.

- Cale a boca, filho, de onde tira essas barbaridades?

- É só olhar a televisão, pai. O Sarney pratica nepotismo e é presidente do Senado. Ninguém pode mexer com ele.

- Mas você sabe o que é nepotismo, filho?

- Sei. É empregar os parentes da gente.

- E você quer fazer isso?

- Se eu te arrumar um emprego você deixa?

(Autor desconhecido )

Ninguém sabe, ninguém viu?

Recentemente foram gastos alguns milhões de reais em obras de reforma do Palácio do Planalto, com Lula utilizando as instalações do Centro Cultural do Banco Brasil como sede provisória do Governo (isso quando ele aparecia por lá entre um comício e outro). No entanto, o que parece ser um dos maiores problemas do centro do Poder não foi resolvido com as obras ali realizadas: a visibilidade. Durante esse anos de Governo Lula quase ninguém viu o que andou acontecendo exatamente bem próximo do gabinete do Presidente. Quando Waldomiro Diniz cobrou propina ao bicheiro Carlnhos Cachoeira, o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, não viu e não sabia de nada;

No mesmo local, mais adiante, foi a vez de Lula não ver nem saber que José Dirceu estava montando o Mensalão do PT. Estava cada vez mais acentuado o problema de visão no Palácio do Planalto. Aconteceu o problema do dossiê falso contra José Serra, que Lula & Cia. não viram e que depois o presidente denominou de ação de "aloprados". Mas ele não tinha visto e nem sabia de nada. Quando Antonio Palloci foi flagrado numa casa com lobistas, somente o caseiro viu, o então ministro da Fazenda caiu e agora Francenildo ganha sentença mandando a Caixa Econômica Federal indenizá-le em R$ 500 mil. O processo andou e no Palácio ninguém viu o andamento, só agora a sentença que vai ser paga pelos contribuintes;

Quando a então Secretária da Receita Federal, Lina Vieira, denunciou que Dilma Rousseff chamou-a ao Palácio para pedir a "agilização" de processo que envolvia a família Sarney, também ninguém viu dona Lima entrar no gabinete da então ministra da Casa Civil. Até as câmeras de segurança "não viram" a chefe da Receita entrar no gabinete da toda-poderosa. Chegamos agora aos casos da família Guerra e seus "taxas de sucesso de 6%" - esse é o novo nome de propina -, e mesmo tudo acontecendo quando Dilma ainda era ministra, ela também não viu a ação dos filhos e familiares de seu "braço direito" e substituta no ministério;

Estamos vivendo uma epidemia de miopia no Governo? Chamem um oftalmologista. Será que o povo também está míope ou está enxergando muito bem e ainda vai tentar deixar de bater palmas para esse bando de míopes quase cegos? Espera-se que muitos passem a ver com isenção o que está realmente ocorrendo nas entranhas do Governo. Mesmo que pareça não ter mais jeito, pois a candidata de Lula é a favorita disparada nas pesquisas, vamos prestar bem atenção, porque nossa preocupação não deve ser somente quanto a quem será eleito, mas sim de como seremos governados. Mesmo com Dilma chegando a declarar: "Nem Jesus Cristo pode evitar que eu ganhe essa eleição", não precisa, no entanto, que alguém se lembre agora da história do Titanic.

16 de setembro de 2010

Nova 'atividade' do filho derruba Erenice Guerra

O porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, anunciou oficialmente nesta quinta-feira a demissão de Erenice Guerra da Casa Civil. O substituto interino é o atual secretário-executivo daquele ministério, Carlos Eduardo Esteves Lima. De acordo com o Planalto, deve ser nomeado na próxima semana o novo ocupante do cargo. Já há quem fale até em Antonio Palocci - José Dirceu ficaria para janeiro, com a possível eleição de Dilma Rousseff. O porta-voz leu a carta de demissão "em caráter irrevogável" redigida por Erenice. Ela classificou como "levianas" as denúncias contra ela e disse "necessitar de paz" para se defender. A decisão de substituir Erenice foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após uma reunião com a ministra nesta quinta;

Na carta de demissão, Erenice voltou a dizer que as acusações contra ela têm motivação eleitoral. “Por ter formação cristã, não desejo nem para o pior dos meus inimigos que ele venha a passar por uma campanha de desqualificação como a que se desencadeou contra mim e minha família. As paixões eleitorais não podem justificar esse vale-tudo”, disse ela. Na terça-feira da semana passad, ela divulgou nota em que atribui as denúncias a um “candidato aético e derrotado”;

Hoje, o site de notícias G1 informa que reportagem publicada na edição de ontem do jornal "Folha de S.Paulo" diz que a empresa EDRB do Brasil acusou Israel Guerra, filho de Erenice Guerra, de outra "atuação" junto a órgãos do Governo, cobrando dinheiro para obter liberação de empréstimo no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Interessada em instalar uma central de energia solar no Nordeste, a EDRB informou, segundo o jornal, que o projeto estava parado desde 2002 na burocracia federal até que, no ano passado, seus donos foram orientados por um servidor da Casa Civil a procurar a Capital Consultoria. A empresa foi aberta em nome de um dos filhos de Erenice, Saulo, e teria sido usada por Israel Guerra para ajudar uma empresa do setor aéreo a fechar contrato com os Correios;

Segundo a reportagem, graças à mediação da Capital, representantes da EDRB disseram ter sido recebidos em audiência oficial por Erenice Guerra na Casa Civil, em novembro de 2009, quando ela exercia o cargo de secretária-executiva e a titular do ministério era a hoje candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT). A audiência teria sido intermediada por Vinícius Castro, então assessor da Casa Civil, que pediu exoneração na última segunda-feira;

As condições impostas para o negócio - um financiamento de R$ 9 bilhões do BNDES -, segundo relato da empresa ao jornal, seriam seis pagamentos mensais de R$ 40 mil à Capital e uma comissão de 5% sobre o valor do empréstimo. Os contatos entre a EDRB e a Capital, de acordo com a reportagem, foram feitos por Rubnei Quícoli, consultor da EDRB. A EDRB, informou o jornal, diz que se sentiu "chantageada" e cortou negociações com os lobistas. Em 29 de março, o BNDES rejeitou o pedido de empréstimo. Quícoli disse à "Folha" que logo depois foi procurado por Marco Antônio Oliveira, ex-diretor dos Correios e tio de Vinicius Castro, que teria dito que a questão no BNDES poderia ser resolvida, desde que a EDRB desembolsasse R$ 5 milhões para saldar supostas despesas de campanha de Dilma. Segundo o jornal, Oliveira nega.

15 de setembro de 2010

Últimos números das pesquisas para o Senado

A seguir, os últimos números das pesquisas para o Senado, de acordo com o site Congresso em Foco. Confira como está a disputa, segundo os últimos levantamentos disponíveis em cada estado

ACRE
Jorge Viana ( PT), com 69%
Sérgio Petecão (PMN), com 38%
Edvaldo Magalhães (PCdoB), com 31%
(Pesquisa do Ibope realizada entre 28 e 31 de agosto)

ALAGOAS
Heloisa Helena (Psol), com 44%
Renan Calheiros (PMDB), com 42%
Benedito de Lira (PP), com 28%.
(Pesquisa do Ibope realizada entre 21 e 23 de agosto)

AMAPÁ
Waldez Góes (PDT), com 38%
Gilvan Borges (PMDB) e João Capiberibe (PSB), ambos com 28%
Randolfe Rodrigues (Psol), com 21%
Papaléo Paes (PSDB), com 11%
(Pesquisa do Ibope realizada entre 28 e 30 de agosto)

AMAZONAS
Eduardo Braga (PMDB), com 80%
Vanessa Grazziotin (PCdoB), com 39%
Arthur Virgílio (PSDB), com 34%
(Pesquisa do Ibope realizada entre 10 e 12 de setembro)

BAHIA
Cesar Borges (PR), com 31%
Lídice da Mata (PSB), com 28%
Walter Pinheiro (PT), com 26%
José Carlos Aleluia (DEM), com 11%
José Ronaldo (DEM), com 10%
(Pesquisa do Datafolha realizada entre 8 e 9 de setembro)

CEARÁ
Tasso Jereissati (PSDB), com 63%
Eunício de Oliveira (PMDB), com 35%
José Pimentel (PT), com 31%.
(Pesquisa do Ibope realizada entre 31 de agosto e 1º de setembro)

DISTRITO FEDERAL
Cristovam Buarque (PDT), com 50%
Rodrigo Rollemberg (PSB), com 39%
Maria Abadia (PSDB), com 22%
(Pesquisa do Ibope realizada entre 10 e 12 de setembro)

ESPÍRITO SANTO
Magno Malta (PR), com 56%
Ricardo Ferraço (PMDB), com 52%
Rita Camata (PSDB), com 27%
(Pesquisa do Ibope realizada entre 27 e 29 de agosto)

GOIÁS
Demóstenes Torres (DEM), com 30%
Lúcia Vânia (PSDB), com 22,9%
(Pesquisa do Instituto Serpes realizada entre 23 e 27 de agosto)

MARANHÃO
Edison Lobão (PMDB), com 53,5%
João Alberto (PMDB), com 37%
José Reinaldo (PSDB), com 25,1%
Edson Vidigal (PSB), com 15,4%
Roberto Rocha (PSDB), com 13,5%
(Pesquisa do Instituto Escutec realizada entre 1º e 3 de setembro)

MATO GROSSO
Blairo Maggi (PR), com 71%
Carlos Abicalil (PT), com 32%
Antero Paes de Barros (PSDB), com 27%
Pedro Taques (PDT), com 15%
(Pesquisa do Ibope realizada entre 31 de agosto e 2 de setembro)

MATO GROSSO DO SUL
Delcídio do Amaral (PT), com 64%
Dagoberto Nogueira (PDT), com 35%
Valdemir Moka (PMDB), com 30%
Murilo Zaiuth (DEM), com 18%
(Pesquisa do Ibope realizada entre 31 de agosto e 2 de setembro)

MINAS GERAIS
Aécio Neves (PSDB) com 64%
Itamar Franco (PPS), com 44%
Fernando Pimentel (PT) com 30%
(Pesquisa do Datafolha realizada entre 31 de agosto e 1º de setembro)

PARÁ
Jader Barbalho (PMDB), com 50%
Paulo Rocha (PT), com 28%
Flexa Ribeiro (PSDB), com 23%
(Pesquisa do Ibope realizada entre 24 e 26 de agosto)

PARAÍBA
Cássio Cunha Lima (PSDB), com 46%
Vitalzinho (PMDB), com 29%
Efraim Morais (DEM) com 25%
Wilson Santiago (PMDB) com 19%
(Pesquisa do Ibope realizada entre 24 e 26 de agosto)

PARANÁ
Roberto Requião (PMDB), com 47%
Gleisi Hoffman (PT), com 41%
Gustavo Fruet (PSDB), com 22%
Ricardo Barros (PP), com 16%
(Pesquisa do Datafolha realizada entre 8 e 9 de setembro)

PERNAMBUCO
Humberto Costa (PT), com
Marco Maciel (DEM), com 32%
Armando Monteiro Neto (PTB), com 30%
Raul Jungmann (PPS), com 13%
(Pesquisa do Ibope realizada entre 8 e 9 de setembro)

PIAUÍ
Wellington Dias (PT), com 65,5%
Mão Santa (PSC), com 30%
Heráclito Fortes (DEM), com 23,2%
Ciro Nogueira (PP), com 20,5%
Antonio José (PT), com 12,1%
(Pesquisa do Captavox realizada entre 26 e 29 de agosto)

RIO DE JANEIRO
Marcelo Crivella (PRB) lidera com 40%
Lindbergh Farias (PT), com 36%
Cesar Maia (DEM), com 29%
Jorge Picciani (PMDB), com 22%.
(Pesquisa do Datafolha divulgada no dia 11 de setembro)

RIO GRANDE DO NORTE
Garibaldi Alves Filho (PMDB), com 54%
José Agripino Maia (DEM), com 47%
Wilma Faria (PSB), com 40%
(Pesquisa do Ibope realizada entre 27 e 29 de agosto)

RIO GRANDE DO SUL
Ana Amélia Lemos (PP), com 54%
Germano Rigotto (PMDB), com 41%
Paulo Paim (PT), com 39%
(Pesquisa do Datafolha realizada entre 8 e 9 de setembro)

RONDÔNIA
Valdir Raupp (PMDB), com 47%
Ivo Cassol (PP), com 52%
Fátima Cleide (PT), com 26%
Melki Donadon (PHS) tem 10%.
(Pesquisa do Ibope realizada entre 28 e 30 de agosto)

RORAIMA
Romero Jucá (PMDB), com 53%
Ângela Portela (PT), com 47%
Marluce Pinto (PSDB), com 40%
Telmário Mota (PDT), com 11%
(Pesquisa do Ibope realizada entre os dias 28 e 30 de agosto)

SANTA CATARINA
Luiz Henrique da Silveira (PMDB), com 45%
Paulo Bauer (DEM), com 22%
Claudio Vignatti (PT), com 16%
Hugo Biehl (PP), com 13%
(Pesquisa do Ibope realizada entre 24 e 26 de agosto)

SÃO PAULO
Netinho de Paula (PCdoB), com 36%
Marta Suplicy (PT), com 35%
Romeu Tuma (PTB), com 21%
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), com 16%
Ciro (PTC), com 12%
(Pesquisa do Datafolha realizada entre 8 e 9 de setembro)

SERGIPE
Antonio Carlos Valadares (PSB), com 35%
Albano Franco (PSDB) , com 34%
Eduardo Amorim (PSC), com 25%
(Pesquisa do Ibope realizada entre 24 e 26 de agosto)

TOCANTINS
Marcelo Miranda (PMDB), com 22,6%
João Ribeiro (PR), com 22,4%
Paulo Mourão (PT), com 16,6%
Vicentinho Alves (PR), com 14,4%
(Pesquisa do Serpes realizada entre 6 e 10 de setembro)

Resposta de Bornhausen a Lula sobre 'extirpar o DEM'


A matéria está no blog do jornalista Reinaldo Azevedo e vale a pena transcrevê-la em face da gravidade do pronunciamento de Lula, conclamando em palanque o povo  a extirpar o partido Democratas (DEM), o que pode ser interpretado de modo errado  por seus fanáticos militantes/seguidores, com risco de gerar violência na reta final da campanha eleitoral, caso haja qualquer indício de reviravolta nas pesquisas de intenção de voto e que aponte alguma possibilidade de que a candidata do presidente à sua sucessão corra algum risco de derrota. Lula mais uma vez usou ironicamente sua "língua solta", logo ele que era tão famoso exatamente por sua "língua presa". Leiam a seguir o que está no blog de Reinaldo Azevedo:

    Bornhausen responde a Lula, que quer exterminá-lo: “Não me envolvo com a violência, com corrupção nem contemporizo com ladrões públicos”

    O ex-senador Jorge Bornhausen (SC), presidente de honra do Democratas, escreve um artigo em resposta ao presidente Lula, que defendeu ontem, num comício em Joinville, a necessidade de “extirpar o DEM” da vida pública. Também fez um ataque pessoal a Bornhausen e à sua família. Segue o artigo:

    Espero que não seja um grito da 25ª hora, quando tudo está perdido. De qualquer forma, antes que se cumpra a promessa de eliminação anunciada em praça pública pelo presidente da República, peço a palavra. E espero que me seja concedida a mesma audiência dada à agressão nominal que me atingiu junto com milhões de companheiros de partido espalhados pelas 27 unidades da Federação.

    Quero dispor da expectativa democrática a que, mal nos acostumamos, nos querem tirar, e reagir com legítima indignação à ameaça estúpida — e que se cumprirá, sem dúvida, quando for efetivada a prometida transformação deste país em república bolivariana à moda do tão estimado “companheiro Chávez”. Então, a intolerância já terá sufocado os jornais e eliminado as redes de televisão “que transmitem novelas”, conforme prometeram os oradores na inauguração da primeira TV sindical, no ABC.

    Por enquanto, porém, os cidadãos ainda podem reagir a agressões e provocações. Mesmo que venham do presidente República e apesar de proferidas em momento de explosão de ódio político para constranger o povo de Santa Catarina. Ela são inaceitáveis num chefe de estado no exercício do mandato — e que, portanto, não pode e não deve discriminar uma parcela dos seus cidadãos, prometendo fazê-los desaparecer como expressão política legítima de uma parcela da população.

    Na última segunda feira, 13 de setembro, em Santa Catarina o presidente abandonou o triunfalismo absolutista — de que tem usado e abusado como se fosse um ditador anedótico de republiqueta — para favorecer o PT e aliados e foi além. Especificamente, deixou de atender a recomendações que o bom senso aconselha a quem quer que se apresente ao povo de Santa Catarina. No seu discurso em Joinville, ele incidiu em quatro preceitos que, de nenhuma maneira, poderia ter violado:
    1º - Não faltar à verdade;
    2º - Não reinaugurar obras;
    3º - Não desrespeitar as famílias catarinenses, pois, terra de emigrantes, todos sabem quem são, de onde vieram e como construíram suas vidas:
    4º - Não ingerir excessivamente bebidas alcoólicas antes dos discursos em comícios…

    Por que faço política com idéias — respeito com rigor quem pensa diferente e até me honro de ter amigos entre eles —, não me envolvo com a violência, com corrupção nem contemporizo com ladrões públicos. Orgulho-me de haver participado da fundação da Nova República, em 1985, com o reconhecimento dos que a criaram de fato, como Tancredo Neves e Ulysses Guimarães, quando muitos a renegaram para depois dela  usufruir. Pouco me importa não contar com a simpatia de presidente.

    Estamos em campos diametralmente opostos, do ideológico ao ético, e nunca estivemos juntos em coligações ou projetos. Acho que tal divergência é legítima, democrática, e a República é suficientemente tolerante para que convivamos civilizadamente. E não há nada que a Constituição, a Justiça e eleições livres e periódicas não dirimam.  O respeito, porém, é essencial e indispensável, e não é conferido aos presidentes da República o direito de explosões grosseiras, difamatórias, ameaçando cidadãos e partidos adversários de eliminação.

    Finalmente, quando disse, em Santa Catarina, que “conhece os Bornhausen”, sugerindo ter a chave de segredos privilegiados e suspeitas ignominiosas, o presidente cometeu um ato de extrema presunção. Raro será o catarinense, em todos os partidos, regiões e classes, que não conheça os Bornhausen, uma família que, através de gerações, não renega o passado de trabalho dos seus fundadores, emigrantes como meus avós. E sempre contei com respeito de todos, retribuindo-o.

    Mais do que o protesto, de que tomo a iniciativa por considerá-lo indispensável, já que a agressão foi pública e insolente, quero lamentar profundamente a falta de compostura e civilidade de quem deveria se orgulhar de ser o presidente de todos os brasileiros, mas que optou por se tornar um raivoso chefe de facção, mesmo que eventualmente majoritária, pois, em termos democráticos, os mandatos têm tempo e atribuições limitadas. Por exemplo, não lhe confere o direito de eliminar os adversários e extinguir partidos.

    14 de setembro de 2010

    Lula não quer que Dilma tenha oposição

    • "Precisamos extirpar o DEM da política brasileira", afirmou Lula quando participou de comício de Dilma Rousseff em Joinville (SC). Rodrigo Maia, presidente do DEM, rebateu apontando 'desequilíbrio' de Lula. A expressão era  utilizada por Hitler quando se referia aos judeus.  Lula fez a declaração porque segundo última pesquisa do Ibope, o candidato do DEM ao governo de Santa Catarina, Raimundo Colombo, assumiu a liderança na disputa. Colombo tem o apoio do PSDB e do PMDB do ex-governador Luiz Henrique, apoiado por Lula em 2006 e que hoje disputa vaga no Senado. A notícia foi divulgada hoje no site de notícias G1 e deixa claramente revelada a intenção de Lula de demonstrar o que deseja para o Brasil num futuro não muito distante, que é a inexistência de partidos de oposição ao "seu" governo, através da aparentemente provável eleição de sua candidata;
    • Nesse seu desvairado pronunciamento, Lula ainda disparou: "Os Bornhausen não podem vir disfarçados de carneiros", todos conhecem a história deles". Isso provocou a reação do deputado Paulo Bornhausen, líder da legenda na Câmara e filho do ex-senador Jorge Bornhausen, ex-presidente do DEM, afirmando em nota que o presidente mostrou seu "lado nazi-fascista", declarando ainda: "Para pronunciar o nome dos Bornhausen dentro de Santa Catarina, Lula tem que estar são e lavar a boca antes". O parlamentar disse mais: "Acobertador contumaz da corrupção que grassa em seu governo e no seu partido, Lula não tem moral, nem o direito de agredir o povo de Santa Catarina da forma como o fez em Criciúma, Itajaí e Joinvile nesta segunda-feira". E concluiu: "Foi com essa truculência e com sua retórica nazi-fascista que Lula tentou dividir o Brasil em dois países, de pobres e ricos";
    • Diante da perspectiva de eleger sua sucessora e ainda conseguir montar ampla maioria tanto no Senado Federal como na Câmara dos Deputados, Lula já dá a entender que o Brasil poderá vir a se tornar numa nova Venezuela, onde seu presidente, Hugo Chávez, praticamente apagou o Congresso daquele país, respaldado na imensa maioria parlamentar que o apoia, fazendo daquele país uma autêntica ditadura "democrática", visto que todas as alterações na Constituição local foram aprovadas pelos "representantes do povo venezuelano", sabendo-se que tais alterações praticamente deixaram Chávez com direito a um mandato quase que perpétuo como presidente.

    13 de setembro de 2010

    Que saudades do Itamar…

    • Para início da semana, é muito bom ler o artigo de Carlos Chagas publicado hoje no site Tribuna da Imprensa, para que sirva de comparação entre o comportamento de um Presidente da República em relação àqueles que o sucederam.  Certamente, se Minas Gerais mandar Itamar Franco para o Senado, como parece que vai acontecer, aquela Casa Legislativa, que ultimamente não tem servido de nada, estará com um ambiente interno bem melhor. Há, realmente, uma grande diferença entre Itamar e seus sucessores. Eis a seguir o artigo de Carlos Chagas:
    Mais do que nunca, a hora é de saudosismo explícito. Que saudades do Itamar, aquele que à primeira  denúncia de irregularidades e trapalhadas em seu pano de fundo, em poucas horas demitia  ministros, altos assessores e auxiliares de todo nível, supostamente implicados em acusações.  Deixava  a porta aberta  para o retorno, recomendando que fossem defender-se como  cidadãos comuns e, provada inocência, retornariam com tapete vermelho.

    Aconteceu até com seu chefe da Casa Civil,  o  todo-poderoso  Henrique Hargreaves, que por sinal voltou,  meses depois de uma acusação falsa. Muitos outros, porém, tomaram o rumo do esquecimento, restando  a  lembrança de um presidente da República inflexível na defesa da coisa pública. Itamar Franco inscreveu-se na galeria daqueles governantes que, ao assumir, trocaram a complacência pela ética.

    No correr dos  oito anos da administração  Lula  não  tem sido  assim. Em muitos casos os suspeitos acabaram defenestrados,  sempre pela evidência de suas participações em ilícitos maiores e menores, jamais pela iniciativa do chefe. A prática do primeiro-companheiro tem sido invariavelmente de abrir as asas e abrigar pelo tempo que for possível  seus bons e maus colaboradores. Baseia-se no  simples  fato de terem sido escolhidos para trabalhar com ele.  Imagina-os imunes às tentações do uso do poder apenas por supô-los dignos de sua escolha.

    É só mais um, esse caso do fim-de-semana envolvendo denúncias contra a chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, e um de seus filhos, acusados de lobby, tráfico de influência e intermediação de contratos públicos em troca de propina.

    Jamais se poderá considerá-los culpados antes de completa elucidação dos fatos.  Pode tratar-se de calúnia, baixa manobra eleitoral, erro ou engano, mas na medida em que a sucessora de Dilma Rousseff permanecer no cargo, quaisquer  provas de culpabilidade atingirão na moleira  o presidente  da República. Engrossarão  o rol onde se encontram José Dirceu, Antônio Palocci, Luiz Gushiken, José Genoíno, Delúbio  Soares, os demais mensaleiros, mais os  aloprados de São Paulo e quantos outros?

    Vale repetir,  que saudades do Itamar…