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19 de agosto de 2010

Candidato não é 'mercadoria'

A cada eleição as formas de propagando vão ficando cada vez mais sofisticadas. Os candidatos passaram a ser verdadeiras "mercadorias" apresentadas ao consumidor/eleitor através de "comerciais" elaborados por marqueteiros profissionais. Tanto na TV e no rádio como através de "santinhos", cartazes, outdoors e outros meios visuais, o eleitor toma conhecimento da existência de uma candidatura da mesma forma que num folheto de loja de eletrodomésticos. Mas uma coisa não muda: as promessas dos candidatos são as mesmas feitas pelo candidato na eleição anterior, isso porque aqueles que buscam a reeleição nada fizeram para cumprir as promessas feitas naquela ocasião:

O Brasil é um país onde o que não muda é a falta de saneamento básico, serviços de saúde de qualidade e atendendo a todos, um sistema de segurança pública eficiente, estradas em condições de tráfego, tanto a passeio como para escoamento da produção, além um sistema educacional que realmente seja para educação principalmente dos jovens. Some-se a isso ainda os concursos públicos fraudados, cartões corporativos sem controle de despesas (em especial as do Governo e familiares do presidente da República que são escondidas em nome da "segurança nacional"), ao lado também de desvios de verbas, pagamento de obras públicas superfaturadas, roubos de políticos e processos paralisados, tudo às custas dos impostos pagos pelo povo;

Por sua vez, com toda essa técnica publicitária, falta quem mostre por qual razão o Governo Federal alcança mais de 80% de aprovação, como se no Brasil saúde, educação, saneamento, segurança pública e outros benefícios estivessem atendendo à população em índices próximos a 100%. O eleitor fica recebendo essa verdadeira bateria de "comerciais" vendendo belas imagens dos candidatos, parecendo estar anestesiado e não querendo mudar nada, uma impressionante demonstração de acomodação e conformismo com o quadro que o Brasil vive hoje;

Espera-se que o eleitor reveja esse comportamento e passe a votar com mais seriedade, banindo da vida política do país aqueles que, através de seus marqueteiros vivem a enganar o povo a cada eleição. Está na hora de mandarmos muita gente para suas "bases", mas para nunca mais voltarem à vida pública.

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