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26 de maio de 2010

Parlamentares fazem média com aposentados

O Governo Federal já estuda uma medida para substituir o reajuste de 7,7% para os aposentados, aprovado pelo Congresso. Segundo o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, caso o presidente Lula vete o aumento, as aposentadorias acima de um salário mínimo deverão receber um abono de 6,14% ainda em 2010. De acordo como ministro, o governo não tem condições de bancar os 7,7% de reajuste. O ministro do Planejamento afirmou também que o fim do fator previdenciário será vetado pelo presidente Lula. Segundo ele, a decisão de vetar este trecho do projeto já teria sido tomada por Lula;

Já é sabido que os coitados dos aposentados que recebem proventos acima do salário mínimo todos os anos vêem seus rendimentos sofrer desvalorização, pois os reajustes são sempre inferiores ao do salário mínimo, sentindo na pele a queda do seu poder aquisitivo. Seja qual for o governo, isso sempre ocorre e a justificativa é de que a Previdência não suportará a despesa se todos os aposentados e pensionistas tiverem seus proventos reajustas no mesmo índice do salário mínimo;

Também todo os anos há sempre algum parlamentar apresentando projeto para um reajuste maior tanto do mínimo como dos proventos e pensões dos demais. Historicamente o senador Paulo Paim (PT-RS) é autor de tal proposição, principalmente quando seu partido estava na oposição. Sua objetivo era fazer média com o eleitorado e deixar mal o governo do qual era adversário. Mesmo com o petista Lula no Poder, Paim continuou com a mesma prática. Este ano, no entanto, tanto o senador gaúcho como parlamentares de outros partidos e até da "base aliada" resolveram fazer média com o eleitorado em ano de eleição;

Se o Governo está certo ou não quanto aos recursos (ou à falta deles) para cobrir os custos dos aumentos propostos, a realidade é que deputados federais e senadores estão sempre "jogando para a arquibancada", mesmo sabendo que os aumentos não poderão ser aprovados. No caso atual, tudo indica que armaram alguma coisa para alterar a medida provisória que propunha 6,14% de reajuste, encaminhando para sanção um projeto aprovado com falhas, de modo que o Governo não conceda os 7,71% aprovados e seja obrigado a conceder um abono de 6.14%, como Lula e sua equipe econômica queriam;

E povo, mais uma vez iludido pelo "esforço" de seus representantes, se não for devidamente alertado certamente estará dando mais um mandato aos ilustres parlamentares, que se utilizam dos cargos apenas para incrementar seus interesses pessoais e eleitorais.

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