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5 de outubro de 2009

Olimpíada: os desafios depois da escolha

A euforia ao com o resultado da vitória Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016 não deve nos levar a esquecer dos gastos com os Jogos Panamericanos de 2007, quando o Rio foi sede do evento. O Tribunal de Contas da União (TCU) não terminou até hoje a auditoria para apurar os gastos da gastos da União com o evento. Falta documentação correta, além de apresentar números que deixam grandes dúvidas;

É bom lembrar que historicamente a corrupção está presente em todos os setores dos governos federal, estadual e municipal. Em busca de propinas, tem sempre gente para “colaborar”, uma vez que são capazes de fazer tudo para obter dinheiro, seja por que maior seja. O povo tem que exigir transparência e seriedade nos gastos destinados ao Rio para as Olimpíadas de 2016 por parte das autoridades;

A Cidade Maravilhosa sofre com falta de estrutura. A violência, está 24 horas por dia nas favelas, com traficantes infiltrados até no âmbito da polícia. Enquanto estiverem nos seus cargos, caberá ao governador Sérgio Cabral e ao prefeito Eduardo Paes a tarefa de preparar o Rio para que não venhamos a “pagar mico” para o mundo inteiro. Não se deve esquecer de que a comunicação hoje é em tempo real permitindo acompanhamento de tudo;

Muita coisa tem que ser feita para que o Rio de Janeiro tenha condições de hospedar uma Olimpíada. Para que o RJ pronto possa sediar uma olimpíada, é necessário que os atuais governantes e seus futuros sucessores garantam os investimentos públicos e privados, cerca de R$ 30 bilhões, total previsto para realizar a Olimpíada. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB), o Comitê Olímpico Internacional (COI), além dos patrocinadores etc. são entes privados;

A construção do que se chama tecnicamente de aparelhos esportivos - são os estádios, pistas, ginásios e demais locais de competição -, além de todo uma estrutura de transportes, telecomunicações e ainda incentivos para a área de hotelaria, de entretenimento e de turismo, tudo é feito com dinheiro público. Os gastos não serão necessariamente realizados pelo presidente Lula, pelo governador Sergio Cabral ou pelo prefeito Eduardo Paes. Pode ser que fique sob responsabilidade, de seus eventuais sucessores;

Tudo isso tem que ser lavado em conta. Afinal, trata-se de dinheiro oriundo de impostos pagos pelo povo. Porém, todos esses fatos não devem servir para torcer contra a realização dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. Os benefícios sociais e esportivos têm que acontecer. A escolha do Rio é uma vitória em vários aspectos. Isso tem que ser cobrado a partir de agora;

Mas acima de tudo está o ganho esportivo. Desde agora devem ser elaborados programas de incentivo à prática desportiva, principalmente por parte de jovens que estarão em idade olímpica em 2016, que devem receber do Poder Público todos os recursos necessário para serem atletas de alto nível.

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