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5 de agosto de 2009

Senado Federal: quem te viu, quem te vê

  • Às vezes queremos mudar a linha de comentários, mas fica cada vez mais difícil. Gostaríamos, por exemplo, de nada mais ter a comentar sobre a crise do Senado, mas é praticamente impossível. Minha geração, por exemplo, tomou conhecimento da atuação de senadores do porte de Abelardo Jurema, Cândido Mendes, Nereu Ramos, Afonso Arinos, Pedro Aleixo, Milton Campos e outros deste naipe. Num passado mais longínquo, naquela Casa estiveram homens como Regente Feijó, Marquês de Valença Visconde do Rio Branco, Duque de Caxias e outros donos de títulos de nobreza;
  • Quem acessar o link http://pt.wikipedia.org/wiki/Senado_Federal vai ficar sabendo como já foi aquela Casa. Hoje, há uma mudança radical de qualidade. Enquanto isso, ainda é possível se achar nomes como os de Pedro Simon e Cristóvão Buarque, raros integrantes de um grupo chamado de éticos, mas que convivem com senadores do nível de José Sarney, Fernando Collor, Renan Calheiros, Romero Jucá, Almeida Lima, além de suplentes e subsuplentes sem voto algum, todos praticando atos de nenhum interesse do povo, mas sim voltados para os seus próprios interesses, de seus familiares e amigos;
  • O atual Senado não tem demonstrado servir para nada, chegando ao cúmulo de passar um semestre inteiro sem votar nada de útil para o País. O tempo todo foi gasto com discussão sobre horas extras para mais de seis mil funcionários em pleno recesso, quando nem as horas normais são trabalhadas. Cuidou-se também do mau uso de passagens aéreas fartamente distribuídas para parentes e correligionários dos senadores. E teve também o caso das centenas de atos secretos com nomeação de filhos, netos e namorados de parentes de senadores para cargos muito bem remunerados;
  • Tais fatos continuam comprovando que se não houver uma reforma drástica e urgente, acabando com suplentes e subsuplentes sem voto - o ideal seria a substituição do titular pelo candidato não eleito que tivesse maior votação em seguida -, além de outras medidas moralizadoras. Do jeito que está é que não pode continuar. Que não tenham a ideia de fazer um plebiscito sobre a existência do Senado, como já se falou, porque, certamente, mais de 90% votariam pela sua extinção.

Um comentário:

  1. O Senado Federal deveria ser composto por homens integros, que dessem o exemplo de dignidade, ética, honestidade e moral para o povo brasileiro.

    Mas infelizmente é justamente o contrário.

    Hoje os senadores se acham acima da lei e da Constituição e pensam que tem privilégios que não podem e não devem ser compartilhados pelo povo.

    Brasilia se transformou num verdadeiro mar de lama.

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