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15 de agosto de 2009

Campanha à sucessão de Lula está nas ruas

  • Lula está no seu sexto ano de mandato e tem igual tempo em palanques. Diariamente há um discurso, ou mais, sempre como se estivesse em plena campanha eleitoral. No primeiro mandato deu certo, pois Lula acabou sendo reeleito. Agora, seu palanque é em busca de fazer sua candidata ser eleita em 2010. Nos últimos dias seus discursos são claros pedindo votos para a candidata que ele impôs ao PT, isso sem que o TSE considere campanha eleitoral fora do período permitido por lei;
  • Agora mesmo, Lula acaba de demonstrar que está em plena campanha eleitoral. Ele acaba de vetar artigo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que limitava os gastos do Governo com propaganda e publicidade. Nada melhor para provar a a campanha sucessória já teve início.
  • Imagina-se como vai ser no ano que vem. Haverá, por certo, um esforço muito grande para que o andamento das obras seja acelerado. Daí Lula não gostar do fato do Tribunal de Contas da União (TCU) mandar interromper algumas delas por irregularidades até nos processos de licitação, com casos evidentes de superfaturamento. Há algum tempo atrás Lula deixou escapar seus planos para a eleição de 2010, quando exigiu agilidade nas obras do PAC, afirmando: "Temos que entregá-las ao povo em 2010". Foi claro demais;
  • Seu veto é uma medida evidentemente eleitoreira, pois os gastos com publicidade e propaganda, além de suas viagens, terão objetivos de tentar demonstrar a necessidade de se dar continuidade - ou seria continuísmo? - aos seus planos de perpetuação no Poder. Só que tem um detalhe: quem paga essa conta é o contribuinte;
  • É bom o povo ficar atento, pois algumas pesquisas ainda não divulgadas demonstram que a candidata oficial estacionou num patamar percentual atribuído à transferência de Lula com base em seu prestígio junto à população, e ainda com alguma tendência de queda em face do apoio do presidente ao senador José Sarney e à ligação do Presidente da República a personagens da "tropa de choque" do Senado, em especial os representantes alagoanos Fernando Collor e Renan Calheiros. Certamente vai acontecer um esforço concentrado para alavancar o prestígio da candidata do e ao Palácio do Planalto;
  • E tem mais. O surgimento da provável candidatura da senadora Marina Silva deve estar fazendo o Governo e sua base aliada ficar "correndo da sala pra cozinha", pois a representante do Acre está causando um verdadeiro rebuliço nas hostes oficiais, ainda mais pelo fato de que alguns petistas vêm nela alguém mais ligada à história do partido do que a candidata que Lula enfiou goela à baixo do PT, cuja ligação partidária antes de fazer parte do Governo era com o PDT;
  • A campanha presidencial à sucessão de Lula promete muito suspenses e sobressaltos. E não precisa nem esperar as convenções partidárias. Já começou há algum tempo.

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