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25 de março de 2009

A Petrobras precisa se explicar

O preço da gasolina no Brasil não vai ser reduzido, segundo afirma o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, alegando que nas refinarias "o litro da gasolina é mais barato do que o litro da água mineral engarrafada". Ele vai mais longe ao dizer: "O que encarece para o consumidor é a margem de lucro das distribuidoras e os altos tributos";
Segundo a direção da Petrobras, com base nos preços médios do ano passado, "a gasolina no Brasil não está mais cara que nos EUA". Não é bem assim, pois o litro nos Estados Unidos está custando R$ 0.88, contra R$ 1,10, preço na Petrobras, sem os impostos;
Parece-nos que o senhor Gabrielli tem que se dirigir à opinião pública e fazer um "mea culpa". É que afirmando que a alta do preço da gasolina nos postos fica em parte por conta da margem de lucro das distribuidoras, ele inclui entre elas a maior de todas, com 35% da distribuição que é a própria Petrobras. Ou, então, determina de imediato uma redução drástica na margem de lucro da estatal, aliviando o bolso do consumidor brasileiro e provocando a baixa do preço nas demais concorrentes;
Mesmo se tratando de uma estatal, por sinal a maior das ligadas ao Governo, Sérgio Grabielli também parece ter mandado um recado para o "patrão", pois também jogou parte da culpa no elevado preço aos tributos cobrados pela União. Ele deve, então, recomendar a Lula para que promova uma redução desses encargos tributários. Toda a população, com caro ou a pé, vai ter reflexos positivos, principalmente com a redução dos preços dos produtos que embutem nos mesmos o custo dos fretes;
Na realidade, continuam cobrando do consumidor brasileiro a manutenção da margem de lucro da Petrobras, sempre com a conotação ideológica de que quem paga para abastecer carro é a classe média, portanto, as chamadas elites. Esquecem que o alto custo do combustível se reflete em toda cadeia consumidora, onde se inclui os chamados pobres brasileiros.

2 comentários:

  1. No Brasil essa questão de preço tarifado, independente de qual seja o produto, sempre foi é e será um problema...

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  2. E vai ser assim também com a "Petrosal", com certeza...se ela passar a existir.
    Como bem destcou Ana Lúcia, os preços tarifados sempre existirão. Mas acho que deveria haver mais critério na escolha sobre o quê deve ser tarifado. O que se vê. no entanto, são as tarifas incidindo sobre produtos que pesam mais no dia-a-dia do povo.

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