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9 de março de 2009

Não se trata de "marolinha"; é crise mesmo

Aquela que um dia foi chamada de "marolinha" está agora mais do que configurada como crise. E em todo mundo, embora tenha sido dito que tal crise "não atravessaria o Atlântico". Falou-se muito sobre a geografia da crise, pois não época a "marolinha" ela não precisaria atravessar nenhum oceano, podendo vir mesmo por terra. Acontece que ela atravessou o Atlântico em direção à Europa e, outra vez, agora chegando até o Brasil;
Duas grandes empresas nacionais -Vale e Embraer - andaram demitindo funcionários para equilibrar suas finanças. Como era de se esperar, entidades sindicais e até o presidente Lula andaram tentando impedir que empregados das duas ex~estatais perdessem suas vagas. Também a própria Justiça do Trabalho andou anulando, mesmo que por alguns dias, as demissões da Embraer;
Há quem não entenda que a Vale e a Embraer, agora empresas privadas lucrativas, tenham que demitir empregados. Alegam que elas não estão tendo prejuízos mas sim diminuindo seus lucros. Mas é assim no capitalismo. Em alguns anos as empresas acabariam tendo prejuízos, se a cada ano seus lucros diminuírem;
Acontece que quando eram estatais, qualquer rombo era coberto com recursos da União, ou seja, com dinheiro de nossos impostos. Não havia nenhuma preocupação com lucro, mas sim com os empregos oriundos de verdadeiros "currais eleitorais" dos políticos que tinham o poder de indicar os dirigentes das estatais;
O que agora está ocorrendo com a Vale e a Embraer nada mais é do que o que acontece nos Estados Unidos e na Europa. Não se tratava de nenhuma "marolinha", mas sim de um grave crise financeira internacional. Temos mais é que torcer para que os dirigentes dos países mais ricos consigam achar o caminho da recuperação o quanto antes, fazendo com que o Brasil possa ter seus desempregados voltando o mais breve possível aos seus postos de trabalho.

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