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6 de março de 2009

Ganância e risco andam juntos

  • Existem empresários que ou são privilegiados por Deus ou pela sorte, ou, então, têm um alto poder de influência junto ao poder público (o que é mais provável), uma vez que estão sempre lucrando cada vez mais, mesmo que para isso pratiquem os mais estranhos procedimentos, mesmo que pondo em risco até a vida de muitos;
  • Um dos casos desse tipo está nas empresas de transporte coletivo de passageiros, em especial no Estado do Rio de Janeiro. Para terem um lucro maior, os empresários resolveram criar um novo modelo de ônibus nos quais foi abolida a figura do trocador. E não se trata dos tradicionais micro-ônibus, mas sim de ônibus de tamanho normal e de elevado número e passageiros, adaptados para funcionar sem o trocador, alguns sendo até apelidados de "Micrão"; 
  • Desde os tempos do bonde, onde havia a parceria do motorneiro com o condutor, ao surgirem os ônibus, formou-se um outra dupla em benefício do passageiro, que era o motorista e o trocador. Este, além de garantir a cobrança das passagens e ser responsável pela guarda do dinheiro do patrão, eram, sem dúvida, o principal auxiliar do motorista.Ultimamente, os novos modelos de ônibus não têm esse funcionário, cabendo ao motorista a responsabilidade, além da condução do veículo, a incumbência de cobrar também as passagens. Os empresários lucram mais um pouco porque não terão mais despesas com os salários e os encargos sociais da folha de pagamento;
  • Essa atitude do motorista/trocador tem se mostrado bastante inconveniente, pois se ele for cuidadoso, certamente seu ônibus ficará parado no ponto, atravancando o trânsito, enquanto ele providencia o recebimento do valor da passagem. Já o motorista, se for um irresponsável ou se estiver pressionado para o cumprimento de horários, e exercer a função de trocador com o ônibus em movimento, certamente está colocando a sua vida e a dos seus passageiros em risco;
  • Já é tempo de surgir um legislação proibindo tal prática, não só pelos prejuízos que causa ao trânsito nas cidades e os risco à vida dos passageiros, ainda tem o agravante de proporcionar risco de desemprego, com elevado número de trocadores entrando nas estatísticas no elevado número de postos de trabalho que se fecham no País.

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